Feriado de 1º de maio cai na quarta, dia de entrada grátis no Museu do Ipiranga, que tem mostra de longa duração dedicada ao trabalho
Marcelo Soido Paz Feriado de 1º de maio cai na quarta, dia de entrada grátis no Museu do Ipiranga, que tem mostra de longa duração dedicada ao trabalho
Inaugurada na reabertura do Museu, em 7 de setembro de 2022, “Mundos
do Trabalho” aborda universo profissional por meio da exibição de utensílios, ferramentas e obras que remetem a diversas ocupações e sua importância ao longo da História recente do Brasil
Em 2024, o feriado de 1º de maio, que marca o Dia do Trabalho, cai na próxima quarta-feira. É o mesmo dia da semana em que o Museu do Ipiranga tem entrada gratuita, com ingressos retirados na bilheteria a cada meia hora, sem possibilidade de retirada pelo site (podendo esgotar rapidamente em dias de grande demanda – recomenda-se chegar cedo).
Para quem for ao Museu neste dia tão simbólico, a sugestão é visitar a exposição de longa duração “Mundos do Trabalho”, que desde a reabertura do Museu (em 7 de setembro de 2022) apresenta os usos e costumes, os instrumentos e tecnologias utilizados pelos operários e operárias que ajudaram a construir o Brasil. A curadoria foi feita por Maria Aparecida de Menezes Borrego, com curadoria adjunta de Ana Paula Nascimento e assistência de Rogério Ricciluca Matiello Félix.
Entre os dias 1º e 5, serão promovidas visitas temáticas à exposição citada e também à mostra “Casas e Coisas”. Além das abordagens dos temas, serão realizadas dinâmicas de manuseio de objetos da reserva técnica didática. As ações acontecerão às 10h30 e 14h e para participar basta se dirigir às salas das exposições.
Distribuída em quatro salas, a exposição “Mundos do Trabalho” trata do universo do trabalho num amplo espectro de atividades desde o período colonial até os dias atuais. Por meio da exibição de pinturas de época, fotografias e inúmeros equipamentos de diversas categorias profissionais, a mostra enfoca o trabalho anônimo de indígenas, negros escravizados, forros, homens livres, migrantes, imigrantes e com isso traz questões centrais para a compreensão das configurações do trabalho no país nos dias de hoje. Uma delas é demonstrar que o trabalho manual ou seriado não pode ser desconectado do trabalho intelectual, divisão muito comum e que desvaloriza a produção dita “braçal”, feita com o uso intenso do corpo e especialmente das mãos.
Um dos destaques do núcleo é a coleção de ferramentas de marcenaria e mecânica de Santos Dumont, incluindo a moldura de um espelho de grandes dimensões entalhadas pelo pai da aviação. Por meio desses utensílios, é possível ver que mesmo um inventor consagrado pela História oficial buscou direcionar sua criatividade e capacidade de realização não só para grandes inventos mas também para o fabrico de itens utilitários e de seus protótipos, mostrando que o trabalho de invenção começa na produção manual.
A exposição contempla o trabalho rural, incluindo desde estribos e esporas usados nas montarias que puxavam o arado até pinturas ilustrando o cultivo da terra. O trabalho urbano aborda os aspectos da implementação de infraestruturas fundamentais para a cidade, como transporte e saneamento, imortalizando em objetos e fotografias os operários que erigiram a megalópole de São Paulo aos poucos, com os próprios punhos. Produções fundamentais para o cotidiano das pessoas, como a costura, a marcenaria e a sapataria, têm dimensão quase artesanal entre os séculos 19 e 20, período abrangido nessa exposição. O lazer também ganha menção na mostra, com objetos usados nas horas de descanso do trabalhador. No Museu do Ipiranga, o Dia do Trabalho ganha sentido social e remonta aos primórdios do país e da capital paulista.
SERVIÇO
Museu do Ipiranga no 1º de Maio (quarta)
Ingressos gratuitos (como em toda quarta-feira, veja regras de distribuição abaixo)
Exposição “Mundos do Trabalho” – localizada no piso A, ala Leste
Dias gratuitos para todos os públicos
• O acesso é gratuito às quartas-feiras, no primeiro domingo de cada mês e nos feriados do aniversário de São Paulo (25/1) e da Independência (7/9).
• O ingresso deve ser retirado na bilheteria, na própria data, sem possibilidade de agendamento pelo site.
• A distribuição ocorre a cada 30 minutos, para entrada na hora cheia seguinte. Por exemplo: o acesso às 14h terá ingressos liberados somente às 13h e 13h30. Entretanto, os ingressos podem esgotar em poucas horas em dias de grande demanda.
• Ingressos limitados, com possibilidade de esgotar em pouco tempo.
• Estamos com longas esperas para retirada dos ingressos nos dias gratuitos. Para conforto dos visitantes, recomendamos itens de proteção contra raios solares (protetores, chapéus, guarda sóis etc.)
Públicos com direito a ingresso gratuito
A gratuidade para os públicos citados abaixo é válida para qualquer dia de funcionamento do Museu. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria, na data da visita. Bilhetes sujeitos a disponibilidade.
• Crianças com menos de 6 anos.
• Comunidade USP (servidores, professores e alunos). A condição de estudante deve ser comprovada com carteirinha de estudante (física ou digital) ou atestado de matrícula.
• Servidores da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica, do estado de São Paulo, em atividade e seus familiares (cônjuge ou companheira/o, filhos e menores tutelados ou sob guarda), mediante último holerite e documento de identificação. Benefício determinado pela resolução SC-39, de 15 de julho de 2010.
• Guias de turismo credenciados.
• Membros ativos do ICOM.
Museu do Ipiranga
Endereço: Rua dos Patriotas, 100
Funcionamento: Terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h (última entrada às 16h)
Bilheteria a partir das 9h
Ingressos: R$ 30 (quartas e primeiro domingo do mês, grátis – ver regras acima)
