Memórias Vivas – Ofícios em Extinção: 11 artistas participam de exposição na Casa Firjan

Memórias Vivas – Ofícios em Extinção: 11 artistas participam de exposição na Casa Firjan

Na semana do trabalhador, exposição de fotografia sobre trabalhos manuais e ofícios em extinção estreia na Casa Firjan, em Botafogo

Um convite a refletir sobre o passado e o presente, sobre o ofício de costureiras, barbeiros, calceteiros, lavadeiras, ceramistas. Este é o mote que guia as obras de 11 artistas idealizadores e idealizadoras da exposição “Memórias Vivas – Ofícios em Extinção“, que estará em cartaz na Casa Firjan entre 04/05 e 26/06. Os trabalhos fotográficos, inéditos, são de profissionais das artes visuais que foram selecionados por meio do Edital de Cultura Firjan SESI 2024.
De diferentes regiões da cidade do Rio de Janeiro, artistas se debruçaram sobre profissões artífices para pensar suas obras durante a Semana da Fotografia, residência realizada no Centro de Referência em Cinema e Audiovisual Firjan SENAI Laranjeiras. Assim, junto à curadora da exposição, a arquiteta urbanista e expógrafa Gisele de Paula, foram convidados e convidadas a mergulhar nas histórias dos ofícios manuais e de suas narrativas, técnicas, significados simbólicos e legados.

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Obra de Laís Reverte :: A lavadeira vai ao centro

Gisele ressalta que “Memórias Vivas – Ofícios em Extinção” é uma ode a mestres e mestras de artes e ofícios, sobretudo em uma sociedade altamente tecnológica. “Tendo o consumo digital e a produção em massa mudado o contato com o ofício, a arte, a cultura do trabalho e produção de conhecimento, soa quase desafiador imaginar um mundo fora dos modos de produção da atualidade, onde o módulo em série vira a premissa, desumanizando a arte da feitura e de seus criadores”.

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Obra de Prìscila Costå :: Raízes Costuradas

A curadora explica ainda que a exposição é dividida em cinco

núcleos, que refletem o passado e o presente dos ofícios manuais: Histórico e Documental: Vestígios do Tempo, Retratos do Passado: Rostos da Tradição, Cenas do Cotidiano: Ofícios em Ação, Rastros e Relíquias: Marcas do Passado e Reinterpretação Contemporânea: Herança Reimaginada.

O gerente de Cultura e Arte da Firjan, Antenor Oliveira, reforça que a exposição também é um convite para refletir sobre o futuro das profissões, temática em constante discussão. “Além de dar visibilidade a trabalhos fotográficos autorais e inéditos, buscamos promover, por meio do encontro entre artistas e a curadora da exposição, a troca de experiências com conteúdos e temas relevantes para a contemporaneidade. Esta é uma das premissas que guiam a seleção do Edital de Cultura Firjan SESI”, afirma ele.

Lista de artistas e obras participantes da exposição:

Lais Reverte: A Lavadeira vai ao centro
Tiago Petrik: Calceteiros
Priscìla Costå: Raízes Costuradas
João Teodoro Ribeiro: Fundição interrompida – Samba para dois ou mais
Filipi Dahrlan: Cerol
Leonardo Leoni: Efun Òjíse | Assentamento
Felipe Amancio: Sobre as cabeças do Rio | Sem ponteiros
Lucas Cesário: Alvenaria: Entulho | Manuel da Moringa
Raquel Gandra Minúcias: Afetivas | Barbearias / de uma Feira à outra
Dani Dacorso: mar leva, mar traz | Classificados
Thiago dos Santos: Sempre retorno ao a(mar) das passagens

Horários de visitação:
Terça a domingo: 9h às 19h

*Entrada encerrada às 18h30

Casa Firjan:
Rua Guilhermina Guinle, 211, Botafogo – Rio de Janeiro, RJ

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Obra de Felipe Amancio :: Sobre as cabeças do Rio