O mar serenou … Um conto de Clara

Boa tarde meus amigos,

Olha a coluna Teatro Capivara de volta ao A Capivara deu Cria.

Fiquei um mês descansando mas voltei com a corda toda.

E para recomeçar vou falar de um musical que assisti ontem à noite, no Teatro Municipal Maria Clara Machado, na Gávea.

Vamos falar sobre a vida e a obra de uma saudosa estrela da música popular brasileira, a guerreira Clara Nunes,  que recebeu uma belíssima homenagem em um musical que diverte e emociona na medida certa.

O Teatro Capivara apresenta “O mar serenou… Um conto de Clara”.

 

Desde a minha infância, tenho uma forte memória sonora com as músicas de Clara Nunes, acho que já escutava na barriga da minha mãe para falar a verdade, e acabo me interessando sobre tudo o que é relacionado com essa grande artista.

Quando me convidaram para assistir esse musical, aceitei rapidamente, sem pestanejar, sem pesquisar como era o musical, apenas aceitei o convite e pensei comigo mesmo, se é sobre a Clara, não tem como ser ruim.

Entrei no teatro sem saber ao certo o que encontrar e já me surpreendi logo na entrada.

O cenário remetia a um terreiro de candomblé, com diversas imagens em um altar, em uma homenagem a religiosidade afro-brasileira.

Foi dessa maneira que o espetáculo começou, fomos todos levados para a comunidade do Alto da Sé, na cidade de Olinda, em Pernambuco.

Mais precisamente para o terreiro do Pai Dudu, uma singela reverência ao Babalorixá Pai Edu, fundador do Palácio de Iemanjá, a quem Clara Nunes respeitava e considerava como líder espiritual.

A notícia é que Clara estava chegando para realizar uma visita ao terreiro e Pai Dudu e seus filhos no terreiro precisam organizar uma bela festa para homenagear a sua filha querida.

Durante os preparativos da festa, a vida e a obra da grande cantora que nos deixou aos 40 anos é representada no palco.

Se não perdi a conta, são cerca de 30 canções que reproduzidas em cena, prestando uma linda homenagem a diversas figuras da cultura brasileira como Dolores Duran, Alcione, Beth Carvalho e Chacrinha, o velho-guerreiro.

Como escrevi no começo do texto, a peça consegue divertir bastante, com pequenas esquetes leves e divertidas, principalmente com a participação da personagem “Abigail”, uma evangélica fervorosa que é vizinha do terreiro.

Mas a emoção não foi esquecida, longe disso, impossível não se sentir tocado no trecho que fala sobre o  desejo de ter filhos que a cantora jamais pode concretizar.

O momento que mais me tocou foi quando, após a notícia da morte de Clara Nunes, os personagens de Pai Dudu e da evangélica Abigail se unem e pedem, cada um dentro da sua crença, à Deus por Clara.

Meus amigos, o coração ficou apertado, a garganta secou e a emoção tomou conta do lugar. Foi lindo, não dá para explicar direito.

Uma coisa que me chamou muito a atenção foi o figurino que estava muito bonito, representando muito bem as religiões afro-brasileiras e tornando a atuação das três atrizes principais ainda mais espetacular.

Falando nessas, tenho um recadinho para vocês:

 

Eu recomendo a peça “O mar serenou…Um conto de Clara” a todos, daqui a pouco tem sessão às 19h, corre que dá tempo.

 

“O mar serenou…Um conto de Clara”

Teatro Municipal Maria Clara Machado

Avenida Padre Manoel França, 240 – Gávea

Rio de Janeiro – RJ

 

Sessões:

25/02/2018 – 19h

02/03/2018 – 20h

03/03/2018 – 20h

04/03/2018 – 19h

 

Ingressos: https://www.peixeurbano.com.br/rio-de-janeiro/fazzarte-producoes-artisticas/o-mar-serenouincx?preview_portal=true&utm_source=portal&utm_campaign=deal&utm_medium=portal

 

Facebook: https://www.facebook.com/omarserenouumcontodeclara/

 

Instagram: https://www.instagram.com/omarserenou/

 

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Sinopse: No Alto da Sé, Olinda, Pernambuco, onde fica o Palácio Iemanjá, a comunidade local se organiza para a recepção de Clara Nunes. Entre os preparativos, a carreira da cantora é contada por Pai Dudu. Ansiosos com a sua chegada, os moradores empreendem uma verdadeira viagem no universo musical da intérprete misturando suas próprias vidas aos muitos contos de Clara.

 

 

FICHA TÉCNICA

Elenco: Andreia Mota, Bruno Rasa, Dilene Prado, Fernanda Sabot, Pablo Dutra, Renata Tavares, Tyago Caetano e Zeza

Músicos – Luizinho Croset – China Show – Deivison Olinda – Márcio Mello

Texto de Cazé Neto

Direção: Cazé Neto e Milton Filho

Direção de Movimentos/Coreografia: Raphael Rodrigues

Supervisão e Direção Musical: Márcio Eduardo Mello

Maestro Regente: Guilherme Lessa

Cenário: Sérgio Cezar

Figurino: Teresa Abreu

Iluminação: Chapinha

Fotografia: Luiz Paulo Silva

Assessoria de imprensa: Alexandre Carvalho

Gestão Cultural: Jumá Barbosa

Design Gráfico: Frederico AugustoCoordenação Geral: Mônica Lucas

Produção: Fazzarte Produções Artísticas

 

 

 

 

Pessoal, eu vou ficando por aqui.

Até o próximo Teatro Capivara.

Teremos nas próximas edições o stand up comedy com o Sérgio Malandro e os musicais Cauby e A bela e a fera

Se tiver alguma sugestão, reclamação, observação, recado ou apenas quer me indicar um espetáculo legal, fique à vontade para usar a caixa de comentários no fim da página.

Um beijão do Paladino

Marcelo Soido Paz

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