LEONARDO MIGGIORIN mescla humor, Drummond e ficção científica em espetáculo ínédito de GIOVANI TOZI
Peça estreia dia 8 de agosto noCCBB Rio
“Não Se Mate” terá sua estreia nacional em um dos palcos mais tradicionais do Brasil, o teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. A peça – que marca a estreia do ator, diretor e produtor Giovani Tozi como dramaturgo – faz temporada de 8 a 26 de agosto, com sessões de quinta a sábado e às segundas às 19h, e aos domingos, às 18h. O título é inspirado no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, lançado em 1962 como parte da “Antologia Poética” organizada pelo próprio autor. A narrativa também incorpora outros poemas icônicos de Drummond, como “Poema das Sete Faces”, “E agora José” e “Uma Pedra”, entrelaçando-os com a história.
Drummond é um dos mais importantes autores brasileiros e um grande colaborador para a vanguarda modernista que revolucionou a literatura no Brasil. Equilibrar a fluência entre o erudito e o popular é o primeiro desafio de Leonardo Miggiorin, que busca alinhar a frequência dos poemas de Drummond à dramaturgia humorada e futurista de Tozi. O autor conta que “os poemas foram sendo incorporados ao texto de forma muito natural. Tentei fazer com que minha vontade pessoal não se sobressaísse ao que a obra me pedia. Dessa forma, procurei escutar o personagem e, mesmo sendo muito fã dos poemas de Drummond, me contive ao que era indispensável na condução da história.”
Outros dois elementos norteiam o texto escrito por Tozi: a noção de causalidade, levantando questões sobre livre-arbítrio, determinismo e a natureza da realidade; e as viagens no tempo, trazendo a hipótese de mudar passado e futuro mutuamente, criando uma rede intrincada de causalidade circular onde tudo está conectado.
Psicologia e teatro
Na história, Leonardo Miggiorin interpreta Carlos, um artista plástico que atravessa um momento complexo de perdas que afetam diretamente seu equilíbrio emocional. Apesar do tom humorado, em que o personagem ainda consegue rir de si mesmo, o texto propõe um mergulho psicológico e traz à tona o drama dos jovens que, por não enxergarem razões para viver, decidem tirar a própria vida.
A abordagem psicológica do texto ganha força graças ao entendimento e à intimidade de Miggiorin com o tema, já que ele é formado em psicologia. Atualmente, Miggiorin concilia a carreira de ator com atendimentos clínicos e, durante a pandemia, realizou uma pós-graduação em psicodrama. Sobre esse interesse, o ator comenta: “Sempre quis estudar psicologia antes mesmo de pensar em ser ator. Mas a carreira na atuação surgiu de surpresa e deu certo, então aproveitei ao máximo, pois é algo que amo e me realiza muito. Neste momento da minha vida, a psicologia está a serviço da arte.”
“Não Se Mate” tem suas origens nos tempos de pandemia, quando foi lançada uma primeira versão. Leonardo Miggiorin divide a cena, de forma virtual, com o veterano Luiz Damasceno, que completou 80 anos em 2021. Consagrado nos palcos, Damasceno interpreta José, um homem misterioso que começa a enviar mensagens para o celular de Carlos.
Parceria com Damasceno
Damasceno e Tozi já são parceiros de trabalho há tempos. Em 2009, estrearam como pai e filho em “O Colecionador de Crepúsculos”, de Vladimir Capella; interpretaram o mesmo homem em diferentes idades em “Pergunte ao Tempo”, de Otavio Martins; foram dirigidos por Jô Soares, lutando em lados opostos em “Tróilo e Créssida”, de William Shakespeare; e participaram juntos de várias outras produções.
Sobre a parceria, Tozi comenta: “Os trabalhos de teatro que mais me fizeram feliz sempre têm a participação do Damasceno. Eu brinco que ele é meu pai teatral, porque aprendo tudo com ele. Nunca pensei que um dia eu fosse dirigi-lo, e agora que aconteceu, percebo que os grandes atores, além dos recursos técnicos e do talento nato, possuem uma generosidade imensa e um respeito absoluto em transmitir o essencial deste ofício.”
Tozi, que além de uma sólida carreira como ator, neste trabalho idealiza, produz, dirige e agora assina a dramaturgia: não vê fronteira entre um ofício e outro. “Sei que sou um homem de teatro e que no teatro e do teatro quero viver. Enquanto os deuses me permitirem fazer tantas coisas, me oferecendo oportunidades e saúde, vou aproveitar. Como bem disse Drummond: ‘Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.'”
Sinopse curta
Uma pedra no meio do caminho pode ser um problema que imobiliza ou apenas um motivo de desvio por uma rota surpreendente. Carlos enfrenta um momento complicado de perdas e não consegue se livrar da sensação e imobilidade. Não se sente motivado pra nada. A partida da mãe, o término com a namorada e a dispensa do trabalho foram gatilhos para um quadro depressivo que quase o fez desistir de tudo. As mensagens inesperadas de um homem misterioso acendem uma nova luz nas perspectivas do jovem e mudam o rumo da história.
Repercussão da versão digital
“Não Se Mate” teve uma primeira versão virtual que estreou em 2021, atraindo a atenção da imprensa e sendo destaque no caderno de cultura dos principais veículos do país, como O Estado de S.Paulo e O Estado de Minas.
O espetáculo foi um sucesso de crítica, recebendo cinco estrelas no UOL com a afirmação: “Não Se Mate se destaca como uma das principais obras da temporada.”
José Cetra, da APCA, observou que “Leonardo Miggiorin interpreta com total entrega e muito talento, regido pelo diretor Giovani Tozi, também autor desse importante espetáculo.”
Entre o público especializado, “Não Se Mate” recebeu elogios como:”Uma viagem estética, poética, humana e muito, muito emocionante. Tozi aponta um caminho com esta obra, já antológica.”Marco Antônio Pâmio, ator e diretor teatral
“Denso, terrível, engraçado, quase trágico. Adorei o espetáculo, ótimo!” Juca de Oliveira, ator e dramaturgo
“Excepcionalmente bem feito, uma loucura.” Jô Soares, ator, diretor, apresentador e humorista
Ficha Técnica
Texto e direção: Giovani Tozi. Com poemas de Carlos Drummond de Andrade. Com Leonardo Miggiorin. Participação especial: Luiz Damasceno e Caio Paduan. Cenário: Duda Arruk. Design de Luz: Cesar Pivetti. Figurino: Fábio Namatame. Trilha Sonora Original: DW Ribatski. Vídeo: Luz Audiovisual. Fotografia: Priscila Prade.Redes Sociais: Gigi Prade. Assessoria de Imprensa: Fernanda Teixeira, Macida Joachim e Maurício Barreira – Arte Plural. Produção Executiva: Bruno Tozi. Assistente de Produção: Ana Nicássia. Produção eadministração financeira: Carlos Gustavo Poggio. Contadora: Andressa Cherione. Produção: Tozi Produções.Idealização: Giovani Tozi.
SOBRE O CCBB RJ:
Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro marca o início do investimento do Banco do Brasil em cultura. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, é um marco da revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. Em 2024 serão 35 anos ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura com uma programação relevante, diversa e regular nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e ideias. Quando a cultura gera conexão ela inspira, sensibiliza, gera repertório, promove o pensamento crítico e tem o poder de impactar vidas. A cultura transforma o Brasil e os brasileiros e o CCBB promove o acesso às produções culturais nacionais e internacionais de maneira simples, inclusiva, com identificação e representatividade que celebram a pluralidade das manifestações culturais e a inovação que a sociedade manifesta. Acessível, contemporâneo, acolhedor, surpreendente: pra tudo o que você imaginar.
Serviço
Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro II. Temporada: 8 a 26 de agosto 2024. Segunda, quinta, sexta e sábado 19h Domingo 18h. Classificação: 10 anos | Duração: 75 minutos.Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) à venda na bilheteria ou pelo site bb.com.br/cultura. *Clientes Ourocard tem 50% de desconto com pagamento utilizando o cartão.
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Centro Cultural Banco do Brasil
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