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Individual de Janet Vollebregt na Usina Luis Maluf

Individual de Janet Vollebregt na Usina Luis Maluf

Individual de Janet Vollebregt na Usina Luis Maluf

Paisagem em calcita mangano I_série Ming Tang_2024_óleo sobre tela, latão e mangano calcita

 

Artista holandesa apresenta trabalhos inéditos em mostra que aborda consciências individuais e coletivas 

 

“Na Simples e Suave Coisa – Suave, coisa Nenhuma”, marca exposição individual da artista holandesa Janet Vollebregt, a partir de 3 de abril na Usina Luis Maluf. Sob a curadoria de Galciani Neves, a exposição, nas palavras da artista, “foca no invisível, porém sensível, sendo energia sutil. Ela oferece um cenário para experimentar e contemplar a consciência elevada das energias dentro e ao nosso redor.” A exposição se desenvolve a partir da ideia de “energia sutil”, algo que está disponível, vibrando e em troca com o ambiente. Para Janet, pintura e escultura se conectam por suas energias e assim se mantêm numa rede de energias. Vem daí o título da mostra. Ao tomar emprestado os versos da música “Amor” da banda Secos e Molhados, Janet evoca a leveza e a contradição da vida, refletindo a essência de sua exposição como uma celebração das energias sutis que nos cercam e nos conectam.

 

A paixão em criar motivou a artista multidisciplinar a se graduar em Arquitetura e Urbanismo, mas as restrições das normas de construção a levaram a explorar novas formas de expressão, gerando obras que transcendem as fronteiras que limitam a arte e a arquitetura, pontuando uma poética singular em sua trajetória. Uma grande jornada pelo mundo, vivendo em diversos países e explorando diferentes culturas, aprofundou sua busca por conhecimento, incluindo práticas como o Feng Shui e o Jin Shin Jyutsu, uma arte de cura ancestral. Tais experiências lhe conferiram bagagem para essa individual, na qual Janet traz obras que produzem experiências espaciais e corporais em que são induzidas por várias instalações e oferecem material para reflexão.

 

Uma série de “Spirit Houses” (Casas Espirituais) modernas, destinadas a honrar a terra, sua energia e os espíritos ancestrais, oferecem um local para oferendas à comunidade. Uma grande Spirit House será colocada no domínio público, com o objetivo de estudar como as pessoas a utilizarão e para ver se a Spirit House é aceita e se transforma em um altar para compartilhar alimentos excedentes dos cidadãos. Janet explica que as “Spirit Houses” são inspiradas em muitas viagens que realizou à Ásia, antes de chegar ao Brasil. Ao adotar o Jin Shin Jyutsu como parte de sua prática artística, a artista busca criar espaços que estimulem a cura e o bem-estar, utilizando a arte como um meio de facilitar a conexão pessoal e o cuidado consigo mesmo. No entanto, importante destacar que, para ela, esses trabalhos representam uma linguagem além da cultura, localização e religião. São obras que transcendem nacionalidades e dogmas religiosos.

 

Além das “Spirit Houses”, a mostra também apresentará 25 novas ‘esculturas’ de parede com pinturas integradas e algumas instalações recentes. Trata-se da série “Ming Tang” que contempla pinturas com pedras integradas. São representações bidimensionais de paisagens etéreas que espelham pedras como quartzo rosa, quartzo verde, angelita, malaquita, magano calcita, fluorita. No Feng Shui, Ming Tang é a vista ampla que se tem da casa onde se habita. Uma vista ampla de sua própria casa influencia a sua visão de mundo. E é possível ampliar a vista da casa por meio da arte.

 

O trabalho de Janet tem uma especificidade quando discutido a partir de uma perspectiva multidisciplinar, segundo a curadora da mostra, Galciani: “não se trata de um diálogo entre arte e arquitetura, mas talvez de um fluxo, de um trânsito nada estável, tampouco reconhecível em seus limites conceituais, entre os dois modos de produzir. Há em seu fazer uma inquietude em definir os seus campos de atuação. E a dimensão objetual de suas obras de arte nos diz sobre essa concentração em gestos e tempos de criação e acerca da perspectiva projetual que se alia a um outro campo de conhecimento.”

Descrições de obras

 

Paisagem em calcita mangano I, da série Ming Tang, 2024
óleo sobre tela, latão e mangano calcita
31,5 x 25,5 x 11,5 cm
crédito da imagem: Janet Vollebregt

 

Love Hurts, 2021

latão e quartzo rosa

190 cm

Crédito da imagem: Janet Vollebregt

 

Serviço
Título: “Na Simples e Suave Coisa – Suave, coisa Nenhuma”

Artista – Janet Vollebregt – @janetvollebregt
Curadoria: Galciani Neves – @galcianineves
Local: Usina Luis Maluf – @luis_maluf

Período expositivo: 03 de abril a 18 de maio

Rua Brigadeiro Galvão, 996, Barra Funda
Horário: segunda – sexta 10h – 19h e sábado 11h – 17h – fecha aos domingos e feriados