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Palácio dos Correios abriga exposições e 100 anos de história

Palácio dos Correios abriga exposições e 100 anos de história

Palácio dos Correios abriga exposições e 100 anos de história

Roteiro no Vale do Anhangabaú permite conhecer um ícone da transformação arquitetônica e urbana de São Paulo e admirar pinturas que mostram a relação do brasileiro com o dinheiro

 

 

Um dos prédios mais clássicos e icônicos de São Paulo, o Palácio dos Correios abriga em seu hall de entrada a primeira exposição de arte organizada com o tema da educação financeira. Acomodadas no elegante hall de entrada do prédio de 102 anos e 15 mil metros quadrados, as telas formam um mosaico nacional produzido por artistas de todas as regiões do país, por onde passou, no ano passado, a caravana do Projeto Serasa na Estrada, que percorreu o país levando negociações de dívidas e dicas de educação financeira.

Construído entre 1920 e 1922, o prédio de quatro andares foi concebido no final do Século XIX, quando o movimento desenvolvimentista arregaçava suas mangas em São Paulo. Projetada pelo Escritório Ramos de Azevedo, e assinada pelos arquitetos Domiziano Rossi e Felisberto Ranzini, a obra entre a Avenida São João e a Rua do Seminário representou uma das rupturas da cidade com seu passado colonial. A nova estética, mais europeizada, queria se mostrar à altura das transformações políticas e econômicas daquele Brasil do Século XX.

Integração do país

O prédio construído para abrigar a sede dos Correios ganhou suas fundações quando o Governo Federal começou a investir em infraestrutura de transporte e comunicações a fim de promover a integração do país. “Com essa política, a modernização do serviço postal e do serviço telegráfico recebe incentivos”, explica o folheto que ajuda os visitantes a conhecer a história do Palácio do Vale do Anhangabaú, hoje administrado pela prefeitura.

No saguão principal, com pé-direito elevado e pilastras de inspiração grega, uma exposição permanente dos Correios conta que o prédio é dos poucos edifícios de porte que restam como testemunho da fase de transformação de São Paulo no período pós-Proclamação da República. Transformado em Centro Cultural em 2013, abriga até 28 de março a exposição Arte na Lona, com obras de 18 pintores, ilustradores, muralistas ou grafiteiros que retratam sua visão sobre a importância da organização financeira e a relação do brasileiro com dinheiro.