×

Truffaut em 35mm: Uma semana de cinefilia

Truffaut em 35mm: Uma semana de cinefilia

 

Salve, salve minhas queridas capivaras.

Se encerra na terça-feira, dia 29 de outubro, a mostra Truffaut em 35mm: Uma semana de cinefilia, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Quando se pensa em François Truffaut, a primeira coisa que vem à mente é sua cinefilia. São 35 anos sem os 35 milímetros de suas películas. Material, por sinal, símbolo de uma estética própria: com um novo negativo, antes exclusivo à fotografia fixa, a câmera separada do tripé passa a acompanhar atrizes e atores pelas ruas francesas. Era o início da Nouvelle Vague, um movimento de jovens cineastas que alimentava o respeito máximo pelo cinema.

O realizador francês era, acima de tudo, um apaixonado pela Sétima Arte. Para ele, o ato de assistir a um filme representava um prazer aos olhos. Em 1954, seu polêmico panfleto “Uma certa tendência no cinema francês” agitou o número 31 da revista Cahiers du Cinéma. O jovem crítico debatia obras premiadas em festivais, desprezando a dita “tradição de qualidade”.

Inspirados na paixão de Truffaut pelo cinema, os também críticos Fabricio Duque e Luiz Baez organizam a mostra Truffaut em 35mm: uma semana de cinefilia, uma homenagem ao mestre mais americano dos franceses. Celebram-se 35 anos de uma ausência tornada viva por tantos filmes: em ordem do último ao primeiro, privilegiando a vida sobre a morte.

Entre 21 de outubro, data exata de sua partida em 1984, e o dia 29 do mesmo mês, a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, detentora das cópias, promove debate e exibições gratuitos sobre dois curtas e dezesseis longas-metragens. São 35 anos sem Truffaut, agora revividos em 35 milímetros.

A mostra, idealizada pelo site Vertentes do Cinema (em comemoração aos dez anos de existência), é uma realização da Cinemateca do MAM RJ, com produção da BLG Entretenimento; Cavídeo Produções; e da Rosebud Club. Como a cinefilia é um gesto coletivo, convidamos críticos e pesquisadores a contribuir com textos para um catálogo nostalgicamente inspirado nos Cahiers.

Programação Completa

seg 21
19h – De repente, num domingo

ter 22
17h – A mulher do lado
19h – O último metrô

qua 23
17h – O amor em fuga
19h O quarto verde

qui 24
18h30 – Beijos proibidos
Sessão seguida de roda de conversa com Hernani Heffner e Julhia Quadros, com mediação de Fabrício Duque e Luiz Baez.

sex 25
18h – O homem que amava as mulheres

sab 26

14h – A história de Adèle H.
16h30 – As duas inglesas e o amor
19h A sereia do Mississipi

dom 27
15h – Domicílio conjugal
17h – A noiva estava de preto
19h – Um só pecado

seg 28
16h – Na idade da inocência
18h O amor aos vinte anos: Antoine e Colette e Os pivetes
19h – Jules e Jim

ter 29
19h – Atirem no pianista

*Entrada gratuita*