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Cobertor curto

Cobertor curto

DICAS EMPREENDEDORAS

 

Cobertor Curto

        Todo mundo na vida pode ter um cobertor curto, no meio empresarial não é diferente muitos já passaram ou passam por isso, mas o grande x da questão é como se preparar para este momento.

         Na vida o planejamento é a base de tudo, seja pessoal ou profissional, quando abrimos uma empresa o principal objetivo é ter lucro, mas o que fazer com este dinheiro tão esperado. Em um primeiro momento muitos desavisados pensam em desfrutar, mas vamos lá atrás, a grande maioria dos empreendedores não ganha um negócio de mão beijada e sim estoura todas as suas economias ou pega algum capital emprestado com alguém ou banco. Se você começa a ter lucro a minha dica é que você pense que isso é uma reserva que tem de voltar ou pagar caso tenha adquirido empréstimo, no caso da reserva ela antes de retornar para seu fundo pessoal tem uma questão muito importante a abordarmos que é o reinvestimento no negócio. No caso do banco pague logo e não fique com dívidas, a não ser que o seu cobertor curto esteja no reinvestimento do negócio, mais a frente vamos falar das dívidas de certa forma saudáveis.

Reinvestir no negócio é primordial para seu crescimento, muitos empreendedores retiram o mínimo de lucro para seu sustento e reinvestem em sua ideia fazendo cada dia mais tomar corpo, o reinvestimento ocorre com treinamentos, equipamentos, pessoal, infraestrutura, marketing entre outros.

Nunca podemos esquecer que devemos fazer um planejamento dos custos deste reinvestimento, se vamos reinvestir em pessoal, quantos vamos provisionar para o ano corrente em cursos e capacitação, se queremos ampliar quantos e quais equipamentos vamos adquirir, que obras de infra almejamos fazer, quais campanhas de marketing serão lançadas, então planejar é preciso, pois na hora que o dinheiro está disponível saberemos como usá-lo.

Outra questão com o lucro é saber provisionar alguns reais para as depreciações e verbas de pessoal, imagine que no decorrer do tempo provavelmente você demitirá alguém ou alguns, faz parte da vida de qualquer empreendedor, mas muitos se deparam nesta hora com a seguinte questão… “Não tenho dinheiro para as verbas rescisórias”, existe uma forma disso não acontecer se você conseguir provisionar dinheiro para isso, faça um fundo ou poupança com as verbas de cada funcionário que você tem, no momento da rescisão este dinheiro estará lá com juros e correção e a dor de cabeça será ZERO.

Equipamento de uso diário depreciam, pois tem vida útil, por exemplo um computador tem uma vida útil aproximada de 2 anos, alguns dependendo da aplicação mesmo obsoletos podem durar mais, provisione este custo e não terá surpresas.

Quem consegue operar com o um planejamento orçamentário sai na frente, sabendo seu custo fixo mensal, somado aos custos variáveis lhe ajudam e muito a planejar seu ano. Com a economia em retomada de crescimento e juros em baixa teremos taxas mais atrativas na concessão de créditos, principalmente em bancos públicos através de fundos do governo para geração de emprego, os famosos proger (assim esperamos).

Quando falamos de dinheiro supostamente barato as vezes estas dívidas valem a pena para impulsionar seu negócio, para aquisição de algum equipamento mais caro, sem descapitalizar em um primeiro momento, mas se você conseguir operar sem dívidas é melhor, as antecipações de recebíveis são uma alternativa boa se este percentual que você vai perder para a operadora estiver embutido em sua venda, pois você tem o capital disponível em vez de esperar 28 dias, alguns empreendedores se dão ao luxo de operar somente com dinheiro ou débito, eu acho uma estratégia muito arriscada, a não ser que você tenha muita exclusividade ou uma agressividade em sua política de preços.

Uma das maiores preocupações que você deve ter é no longo prazo, quais suas metas de 1, 3, 5 e 10 anos? Como todas as economias no mundo passam por ciclos a nossa não é diferente e neste momento quem não se provisionou ao longo do tempo, com certeza não está de pé, muitos quebram por falta de folego financeiro, mas a prudência em manter reservas é o dever de casa de todo empreendedor.

 

Alexandre Serrão é formado em Ciências da Computação, Consultor de pequenas empresas e varejo, empreende há mais de 15 anos no segmento de T.I.

alexandreserrao@hotmail.com

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