Salve, salve minhas queridas capivaras.
Nas últimas duas semanas o nosso site tem dado bastante destaque para a luta contra a intolerância religiosa, seja através da Semana Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, quanto pelo lançamento do II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe.
Para jogar mais um pouco de luz sobre esse tema, convidamos o Prof. Doutor Babalawô Ivanir dos Santos, um dos organizadores do II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, para uma rápida entrevista.
Prof. Ivanir, qual a importância de um documento como o II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe para um país como o Brasil, com tamanha diversidade religiosa?
*R*: O Brasil ainda é um país racista e intolerância, por isso ter um relatório como esse evidência o problema social, político e econômico que ainda faz parte de boa parte da sociedade brasileira. Os dados apresentados no Relatório não só apontam para a necessidade de criarmos uma política inclusiva voltada para um Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
Qual o balanço que o senhor faz da Semana Nacional de Combate àIntolerância Religiosa?
*R*: A Semana foi extremamente expressiva e importante e, obviamente, nos fortaleceu para que possamos pensar nos próximo evento e ações voltadas para o combate à intolerância religiosa
3 – Nesse momento em que assistimos desolados a situação do povoYanomami, lembro que o II Relatório sobre Intolerância Religiosa inovouapresentando denúncias de intolerância contra os povos indígenas. Qual nociva é essa realidade?
*R*: Infelizmente a violência, o genocídio e as ações de tentativas de extermínio dos povos indígenas ainda é real e constante nossa sociedade. Os terríveis crimes contra o povo Yanomami é um dos pontos presente do racismo no Estado Brasileiro. Desumanizar, dividir e destruir para dominar é uma das estratégias da colonização que ainda faz parte da cultura de extermínio de alguns seguimentos sociais.
4 – Sobre a intolerância religiosa, quais as principais diferençasencontradas entre a realidade brasileira e a realidade dos demais paísesda América Latina e Caribe?
*R*: O modo de ação da intolerância é a mesma, seja no Brasil ou na América Latina e no Caribe. O que vai, e pode, variar é o seguimento religioso das vítimas.
5 – Para fechar a nossa entrevista, qual o recado que o senhor gostariade dar para os nossos leitores? Caso tenham interesse, como podem ajudar nessa luta contra a intolerância religiosa? Quais as associações devemos procurar para nos filiarmos?
*R*: Primeiro que pontuar que e relembrar que intolerância religiosa e racismo é crime. Denunciem! Caso queiram conhecer mais os trabalhos realizados em prol da tolerância religiosa vocês podem acessar as redes do CEAP e da CCIR.
CEAP – Centro de Articulação de Populações Marginalizadas – @ceap.org
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https://www.instagram.com/ceap.oficial/
Prof. Doutor Babalawô Ivanir dos Santos – @ivanirdossantos.rio
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https://www.instagram.com/babalawoivanirdossantos/
O II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, foi lançado na Semana Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, no CCJF (que aconteceu de 18 a 21 de janeiro).
Para ter acesso aos dados, basta clicar em: https://articles.unesco.org/pt/articles/relatorio-sobre-casos-crescentes-de-intolerancia-e-lancado-na-semana-nacional-de-combate