Mural em gigantesco silo será seu primeiro trabalho executado em Curitiba e vai celebrar a importância do mais universal dos alimentos e de todos os trabalhadores envolvidos em sua produção
Créditos da imagem: @drone.cyrillo |
Reconhecido mundialmente pela grandiosidade e pelo impacto visual de seus trabalhos, o artista Eduardo Kobra está executando em Curitiba aquela que deve ser a segunda maior obra de sua carreira: ‘Ciclos’, com 5 mil metros quadrados, que envolverá enormes silos de uma fabricante de farinhas.
“Quero destacar aqui os processos, do plantio do trigo à produção do pão, que fazem com que este alimento universal chegue à mesa das pessoas”, diz Kobra.
Esta é a maior obra do artista em solo paranaense. “Isto me enche de orgulho, porque sei da importância dessa cidade e também do valor dos artistas da street art local, a quem respeito muito”, comenta. “Também é a primeira vez que pinto uma obra que abarca simultaneamente dez silos. Tanto as dimensões como o formato são um desafio que tornam este trabalho ainda mais interessante para mim.”
‘Ciclos’ envolverá dez dos grandes silos mantidos pela empresa. Nesse espaço diferenciado, Kobra vai ilustrar as três fases principais que simbolizam a transformação do cereal em icônico alimento. Na primeira imagem, calejadas mãos estarão trabalhando na colheita do trigo. Na segunda, será mostrada a farinha manuseada e transformada em massa para o pão. Por fim, a cena final exaltará o pão já assado em um gesto de oferecimento.
A obra é uma iniciativa do Moinho Anaconda, tradicional empresa do setor de alimentos, e é produzida nas instalações da unidade de Curitiba, no bairro Jardim Botânico, pertencente à empresa desde 1957. Prestes a completar 75 anos, a Anaconda se consolidou como um nome de confiança na indústria de farinhas, sempre inovando em seus processos e garantindo a qualidade de seus produtos. Sua localização estratégica no coração de Curitiba contribui para a conexão com os principais centros de distribuição e acesso facilitado a fornecedores e clientes.
“É com grande satisfação que o Moinho Anaconda apresenta um artista de tamanha expertise e renome internacional para esta iniciativa, uma homenagem à cidade que nos acolhe com tanto carinho há décadas”, diz Maximiliano Piermartiri, Diretor-Presidente do Moinho Anaconda.
Não é a primeira vez que Kobra empresta seu talento para ressaltar um processo produtivo de alimentos. Na sua maior obra, por exemplo, que desde 2017 detém o recorde de maior mural do mundo segundo o Guinness, ele exaltou o cacau e a produção do chocolate — o trabalho fica às margens da Rodovia Castelo Branco, na Região Metropolitana de São Paulo, e mede 5,8 mil metros quadrados.
Mais recentemente, no ano passado, ele executou na cidade de São Paulo um mural chamado de ‘A Arte da Lavoura’, por meio do qual expressou um carinho e uma gratidão especial àqueles que se dedicam à agricultura, garantindo a produção de alimentos.
“No caso desta obra em Curitiba, quero mostrar o trigo que é transformado em pão, mas também valorizar o trabalhador, aquele que cultiva a matéria-prima, aquele que trabalha na fábrica de farinha, aquele que faz o pão”, destaca. “E devemos nos lembrar de todo o simbolismo do pão para a humanidade: é praticamente sinônimo de alimento e, como vemos na Bíblia, está ligado às ideias de partilha, de comunidade, de fraternidade”, finaliza o artista.
“Este projeto, que muito nos honra, faz parte das comemorações dos 75 anos da empresa, a serem celebrados em 2026. Produzir farinha de alta qualidade é uma arte, e envolve conhecimento e experiência, atributos muito alinhados com a iniciativa”, comenta Isa Telles, Gerente de Marketing e Trade do Moinho Anaconda.
Sobre Eduardo Kobra
Nascido na periferia de São Paulo em 1975, Eduardo Kobra alcançou reconhecimento global como um dos artistas mais renomados da atualidade. Sua jornada artística começou como pichador na adolescência. Ao longo dos anos, Kobra desenvolveu seu estilo marcante de muralismo, caracterizado por cores vibrantes e contrastantes, e sua habilidade em retratar personalidades, fatos históricos e questões sociais em murais gigantescos.
Com obras em cinco continentes, Kobra quebrou recordes em tamanho de murais, incluindo o maior mural grafitado do mundo. Seu trabalho ganhou visibilidade internacional, com destaque para a obra “O Beijo” em Nova York. Além disso, ele recebeu convites de galerias, museus e organizações, incluindo a ONU, para exibir suas obras e participar de projetos de prestígio.
Kobra também se envolve em causas sociais, usando a arte como veículo para promover mudanças positivas. O Instituto Kobra busca aproximar a cultura de quem tem menos acesso e apoiar causas humanitárias, enquanto suas parcerias com empresas contribuem para viabilizar seus projetos públicos de grande escala. Sua trajetória é um exemplo inspirador de como a arte pode transcender fronteiras e causar impacto positivo no mundo.
Sobre o Moinho Anaconda
O Moinho Anaconda surgiu em 1951 em São Paulo, onde inaugurou sua primeira unidade fabril. Em 1957 foi a vez da inauguração da unidade de Curitiba, localizada no bairro Jardim Botânico, com a mesma capacidade de produção e quantidade de produtos.
Desde o início, o moinho investe em equipamentos de ponta e trabalha com grãos selecionados disponíveis no mercado nacional e internacional, aperfeiçoando continuamente a qualidade e excelência de seus produtos. Para atender seus mais de oito mil clientes, oferecendo um amplo portfólio com quatro linhas diferentes do produto – uso geral, especialidades ,pré-mistura e profissional – com produtos para indústrias, panificadoras, pizzarias, food service e consumidores.
Recentemente, o moinho investiu numa renovação total de sua identidade visual, adotando uma nova marca e modernizando todas as suas embalagens, para uma percepção mais atual e impactante. As duas unidades da empresa possuem práticas de produção ambiental e socialmente responsáveis, como a adoção da energia solar em suas fábricas. A unidade de Curitiba ocupa uma área aproximada de 25.800 metros quadrados, emprega 250 funcionários e tem capacidade de produzir 900 toneladas por dia de farinha.