CPT_SESC lança nova coleção com acervo histórico de “Marguerite, mon amour-Recital.Duras”
Espetáculo é livremente inspirado nos ciclos indiano e indochinês da obra da escritora Marguerite Duras
A partir de 27 de junho (quinta-feira), o espetáculo teatral Marguerite, mon amour – Recital.Duras (2016) passa a integrar as Coleções e Acervos Históricos do CPT_SESC, realizado pelo Sesc Memórias, na plataforma do Sesc Digital.
Fotos dos figurinos, feitas por Bob Sousa, após trabalho de higienização e reparos dos itens realizado pelo Sesc Memórias, fazem parte da coleção. Além disso, o conteúdo contempla fotos de cena, programa do espetáculo e entrevistas com Emerson Danesi, diretor da peça, e com dois integrantes do elenco. A 22ª Coleção da série conta ainda com trechos da encenação.
A criação do espetáculo partiu de aproximadamente dois anos de pesquisa do grupo de teatro Macunaíma e do Centro de Pesquisa Teatral, no Sesc Consolação. A provocação inicial foi do diretor e coordenador Antunes Filho, que trouxe a obra da autora francesa Marguerite Duras para o grupo estudar, com foco em dramaturgia e montagem de cena.
A construção do espetáculo se deu, ainda, por meio do estudo de entrevistas e documentários sobre a autora, incluindo a apreciação de uma mostra de filmes sobre o tema, que aconteceu no Cinesesc em 2009. O filme “O Amante” (1992), do diretor Jean-Jacques Annaud, baseado no livro homônimo de Duras, o qual Antunes costumava exibir para os atores que chegavam ao CPT, foi especialmente inspirador.
O processo culminou em uma dramaturgia baseada na vida e obra da autora, como forma de homenageá-la, cruzando personagens e temas dos romances situados na Índia e Indochina. O espetáculo estreou em 28 abril de 2016, no auditório do Sesc Pinheiros, e teve outras temporadas em 2017 e 2018 no Espaço CPT, no Sesc Consolação.
A direção da montagem ficou a cargo de Emerson Danesi, com Nara Chaib Mendes e Jui Huang nos papéis principais. Thais Velasques, Kaio J. C. Pezzutti, Rafaela Cassol, Fabio Martinelli e Evandro Netto completavam o elenco.
A supervisão de figurinos e adereços foi de Telumi Hellen, com Noeme Costa atuando como costureira. As peças de vestuário remetem aos anos 1920, com tecidos crus, ternos, vestidos e chapéus panamá, aludindo também ao clima tropical da região da indochina. Os figurinos podem ser vistos em detalhes na nova coleção da plataforma Sesc.digital, com exposição virtual a partir dos registros feitos pelo fotógrafo Bob Sousa.
Serviço
Marguerite, mon amour – Recital.Duras
A partir de 27 de junho de 2024
[Disponível na plataforma Sesc Digital]
Acervo digital composto de fotos dos figurinos – feitas pelo fotógrafo Bob Sousa, a partir do trabalho de higienização e reparos do acervo realizado pelo Sesc Memórias -, peças gráficas, fotos de cena e entrevistas com o elenco da peça.
Sobre as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC
As Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC trazem ao público seleções dos figurinos e outros itens de peças encenadas pelo CPT. Um minucioso trabalho de pesquisa possibilitou a recomposição e reparos de mais de 420 trajes cênicos compostos e 350 acessórios, em um total aproximado de 2000 itens de 28 espetáculos. Em seguida, os figurinos foram registrados pelo fotógrafo Bob Sousa, e essas fotos são hoje o fio condutor das Coleções. Já estão disponíveis as das montagens Nova Velha Estória, Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse, Lamartine Babo, A Falecida Vapt-Vupt, Senhora dos Afogados, Macunaíma, A Hora e Vez de Augusto Matraga, Antígona, Foi Carmen, Fragmentos Troianos, Gilgamesh, Medeia, Medeia 2, Nossa Cidade, Toda Nudez Será Castigada, Trono de Sangue, A Pedra do Reino, Vereda da Salvação, Xica da Silva, Blanche e Drácula e outros vampirose Romeu e Julieta. Também está disponível uma Coleção dedicada aos Cartazes produzidos para a divulgação das montagens do grupo.
Sobre o Sesc Memórias
O Sesc Memórias atua, desde 2006, na coleta, higienização, organização, guarda e disponibilização da documentação produzida pela instituição, com o propósito de preservar e difundir suas memórias. Integram seu acervo os registros produzidos desde a criação do Sesc, em 1946. São diversos gêneros, suportes e formatos de documentos que assinalam a ação finalística da instituição e seus processos de trabalho, como materiais de divulgação, fotografias, produtos institucionais, relatórios, entre outros. Seu acervo contribui para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido pela instituição, bem como para a promoção de pesquisas e de produção de conhecimentos, na medida em que é acessível ao público interno e externo, reforçando a memória como um valor a ser cultivado.
CPT_SESC
O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo de quatro décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado. A programação apresenta ciclos de debates, mostras digitais, cursos, podcasts, oficinas, entre outras atividades, com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs o CPT_SESC.
Consulte a programação completa no site , nas redes sociais do CPT_SESC: /cptsesc e no instagram do Sesc Memórias: /sescmemorias
Informações sobre as Coleções Digitais, Pesquisa e Memória do Sesc: