ANDERSON PRIMO LANÇA ‘OCÊ, OCEANO | SEGUNDA ONDA’
Cantor e compositor (e ator) mineiro assina oito faixas que escoam toda a água de seu repertório
Em um momento em que as águas vêm decidindo o destino do nosso dia a dia, chega às plataformas digitais o segundo volume de um álbum que fala sobre essa substância que nos rege. Em “Ocê, Oceano | Segunda Onda”, o cantor e compositor Anderson Primo continua escoando temas que começou a abordar em seu trabalho anterior, o disco de estreia “Ocê, Oceano”. Ao todo são oito faixas que misturam referências da MPB, do rock, do pop e de diversos outros gêneros da música brasileira: “Ocê, Oceano (intro)”, “Cor-de-preto-choque”, “Fabricando seca ou Quando a chuva chega no sertão (Mande Oxum)”, “Capitânio ou Paris (incidental: Non, je ne regrette rien)”, “Numa outra estação”, “Adiamento”, “Eu sou James Dean” e “Numa outra estação (só)”.
A produção e a direção musical são de Gleison Túlio, que já produziu trilhas sonoras para novelas da Rede Globo e produziu e tocou com Pato Fu, Emmerson Nogueira, Marcelo D2 e outros. Gleison é o responsável também pelos instrumentos, alguns vocais e pela mixagem e masterização. O acordeon em “Capitânio ou Paris” é de Nilson Silva Miranda. A direção de arte é de Anderson Primo, Marcio de Andrade e Rafael Haranaka (autor também da foto da capa) e o figurino – um diferencial na imagem do artista – foi assinado por Renato Gremião.
Mineiro radicado no Rio desde 2011, Anderson Primo também é ator – com passagem recente pelo elenco do musical “Morte e Vida Severina”, dirigido por Luiz Fernando Lobo. No início de 2018, estreou o “Show Ocê, Oceano” no Teatro Café Pequeno, no Leblon, Rio de Janeiro (RJ). Em 2019, foi selecionado para participar do Rio2C – maior evento de criatividade e inovação da América Latina – sendo destaque na grande imprensa. No Rio de Janeiro, Primo já se apresentou em palcos como o do Morro da Urca, Beco das Garrafas, Teatro Rival, Clube Manouche (Casa Camolese). Em 2023, foi convidado a abrir o show de Zeca Baleiro no FENAR (Festival Nacional de Arte de Rua) em Minas Gerais e foi convidado pelo cantor maranhense para cantarem juntos seu grande sucesso: “Lenha”.
LINKS
Álbum “Ocê, Oceano | Segunda Onda”:
https://open.spotify.com/album/02hF91V6DfF62e28x1ZlFa?si=lmH4qVL3RI231FSVZBOwSA
Clipe “Capitânio ou Paris”:
https://www.youtube.com/watch?v=w4SnIIvM0uY
Clipe “Adiamento”:
https://www.youtube.com/watch?v=QS9kyg2LGQM
Visualizer “Cor-de-preto-choque”:
https://www.youtube.com/watch?v=8Xm5tacff_s
Visualizer “Fabricando seca ou Quando a chuva chega no sertão (Mande Oxum)”:
https://www.youtube.com/watch?v=tuVOiKUl4dU
Visualizer “Numa outra estação”:
https://www.youtube.com/watch?v=OCGujv2B3ZA
PALAVRAS DE ANDERSON PRIMO
Lancei o EP “Ocê, Oceano” em janeiro de 2020, dois meses antes da pandemia e comecei esse novo álbum em dezembro desse mesmo ano, já em cenário pandêmico. Sempre soube que “Ocê, Oceano | Segunda onda” seria uma continuação do primeiro trabalho, um escoar desse oceano que continua arremessando ondas no litoral.
Mandei mensagem pra Gleison Tulio, produtor do primeiro EP, e o chamei para moldarmos a segunda onda. Ele prontamente topou e passamos toda pandemia criando esse novo projeto à distância, dentre tragédias mundiais e autodescobertas, dentre encontros e despedidas, dentre começos e fins.
Compus todas as oito canções desse álbum, algumas sozinho, algumas com parceiros-amigos queridos, pensei nas capas dos singles, na capa do álbum e no roteiro das canções. Não sabia quando iria lançar, nem se iria lançar, em meio ao caos que o mundo vivia.
Não queria que o trabalho tivesse o meu rosto, mas queria que tivesse a minha cara. O meu rosto está submerso em todas as capas dos singles e do álbum e eu quis isso… talvez porque ainda estou submerso na segunda onda desse Oceano.
Atravessamos uma catástrofe, esse álbum também. Somos sobreviventes e agora é hora de dar mais um mergulho, mais profundo, na segunda onda.
TRACK LIST OCÊ, OCEANO | SEGUNDA ONDA
1. Ocê, Oceano (intro)
2. Cor-de-preto-choque
3. Fabricando seca ou Quando a chuva chega no sertão (Mande Oxum)
4. Capitânio ou Paris (incidental: Non, je ne regrette rien)
5. Numa outra estação
6. Adiamento
7. Eu sou James Dean
8. Numa outra estação (só)
OBSERVAÇÕES SOBRE ALGUMAS FAIXAS
Fabricando seca ou Quando a chuva chega no Sertão (Mande Oxum)
Essa canção discorre sobre uma ‘nuvem de chuva que vai’, sobre a iminência de uma chuva que nunca chega. Chuva esta que traria esperança para o povo sofrido, povo brasileiro – do Nordeste, do interior de Minas Gerais (que apesar de pouco falado, também sofre com a falta d’água). A letra cita ‘a indústria da seca’ termo usado para designar a estratégia de alguns políticos que se aproveitam da tragédia em favor próprio. É uma canção imagética, traz personagens palpáveis como Donana, Seu Ari… gente humilde, de sabedoria popular.
A melodia, por sua vez, faz referência ao congado de Minas Gerais, com seus tambores e percussões e ao Maracatu. Fabricando seca ou Quando a chuva chega no sertão (Mande Oxum) é uma canção reflexiva, porém dançante, com uma batida eletrônica que traz modernidade à canção.
Capitânio ou Paris
Capitânio ou Paris (incidental: Non, je ne regrette rien)
Se tudo der errado e se esse barco naufragar, que seja em Paris, nadando pelado no Rio Sena, cantando ‘Non, je ne regrette rien’ – Esse é o roteiro de Capitânio ou Paris.
A canção discorre sobre a desorientação do Paraguai, as silhuetas de Malibu e seu eu-lírico, pedindo socorro em plena Zona Sul da solidão do Rio de Janeiro, ansiando caminhar pelas ruas de Paris, dançando e tomando calmamente o seu Château Margaux.
É uma canção que dá vontade de escutar e sair dançando, dançando muito, antes do barco afundar em pleno Réveillon.
Com um acordeon que remete à canções francesas, Capitânio ou Paris traz uma batida envolvente, com pitadas de Black Music e uma letra irônica, debochando do ‘sonho europeu’ da vida perfeita, longe das terras Tupiniquins.
Numa outra estação
Gravada à capela, num gravador de celular, enquanto caminhava na rua: Numa outra estação é uma canção circular – começa e termina e começa de novo, como um mantra. A música passa pelo frio, pelo estio, pela seca e pela chuva para numa outra estação recomeçar a viver.
Uma balada de amor singela, cantada ao pé do ouvido, com um piano que costura a melodia às sensações que o tempo traz: No frio, juntinhos. No estio, o mar. Na seca, a alma. Na chuva, tua casa. No outono, a queda. Para no frio, o reencontro.
Uma canção calma, que traz o sentimento de paz e relaxamento.
Cor-de-preto-choque
A composição transcende o óbvio e mergulha em camadas de significado. Ao fazer alusão ao conceito de “cor-de-rosa-choque”, que representa um rosa mais vibrante, a música nos apresenta sua contraparte: o “cor-de-preto-choque”, o preto mais profundo e marcante que se possa imaginar. Essa escolha cromática não é apenas estética; é uma reflexão sobre colorismo e suas complexidades. Com uma linguagem imagética, encontramos referências a elementos históricos e culturais como quilombos e a figura de Noel (Rosa). Essas referências instigam uma reflexão sobre herança e luta contínua do povo negro.
Adiamento
Adiamento é sobre ir postergando a vida e não se atentar às possibilidades, que pode ser um grande amor.
É uma canção de amor, que caberia perfeitamente em playlists pop românticas, de músicas para escutar ao acordar ou canções para se ouvir na praia ou luau. A canção será o single trabalhado no lançamento do álbum, com investimento em plano de mídia e impulsionamento em redes sociais e assessoria de imprensa.