Superlativa, Alaíde Costa faz show no Sesc Santana
|
Show acontece no dia 1º de maio e traz repertório do disco lançado em 2022; Erasmo Carlos, Ivan Lins, João Bosco, Joyce, Céu, Nando Reis, Fátima Guedes e Guilherme Arantes estão entre os compositores; Produção ficou a cargo de Emicida, Marcus Preto e Pupillo, que também assina a direção musical
Pode-se dizer que “O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim”, álbum que Alaíde Costa lançou em 2022 é o primeiro trabalho da cantora e compositora carioca cujo repertório foi todo pensado especificamente para ela. No dia (1º), feriado do trabalhador, o Sesc Santana recebe a elegância singular de Alaíde, num show que permitirá ao público sentir a doçura e a força exuberante da afinação vocal dessa artista superlativa.
Nos últimos anos, enfim, Alaíde tem recebido as láureas que sublinham a sua grandeza como intérprete e compositora, não apenas ligada à Bossa Nova, movimento que surgiu para o Brasil ao mesmo tempo em que a própria artista no final da década de 1950, mas como cantora popular maiúscula que apesar de transitar de forma independente, quase sempre à margem do grande público, manteve um padrão artístico refinado.
Alaíde é a única mulher na ficha técnica do clássico “Clube da Esquina” (1972), de Milton Nascimento e Lô Borges. Compositora sofisticada, escreveu canções com Vinicius de Moraes e Geraldo Vandré, entre outros grandes. Interpretou como ninguém as obras de Hermínio Bello de Carvalho e Johnny Alf. Atravessou os anos 1980 lançando álbuns independentes, já que gravadoras queriam dela o que ela não queria dar – e fazer concessão nunca foi uma possibilidade para Alaíde. Por isso, pagou o preço de ver a repercussão de seus trabalhos minimizada. Mas, em contrapartida, pôde criar uma obra à sua imagem e semelhança, mesmo que limitada aos padrões modestos de artista independente – isso nos tempos em que o conceito de indie ainda nem existia.
Em alguma medida, o álbum “O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim” vale como uma espécie de biografia musical da octogenária artista carioca, quase todos eles dedicados à música. A produção, manteve o padrão de excelência, ficou a cargo de Emicida, Marcus Preto e Pupillo, que também assina a direção musical.
Das oito canções gravadas, sete foram escritas especialmente para este projeto, unindo compositores de diversas gerações. Joyce Moreno e Ivan Lins abrem parcerias com Emicida, uma máquina de fazer letras tão poéticas quanto contundentes. Erasmo Carlos (1941-2022) compôs sua primeira canção a quatro mãos com o jovem Tim Bernardes, outro gigante gentil, 50 anos mais novo. Juntos, os irmãos Céu e Diogo Poças escrevem aquela que se tornaria a faixa de abertura do álbum. Canções inteiras, e muito alaideanas, chegam de Fátima Guedes e Guilherme Arantes. E João Bosco vem com a única não inédita do álbum, com letra do filho Francisco Bosco. A essas sete, junta-se Tristonho, melodia de Alaíde Costa letrada por Nando Reis.
Essa é Alaíde Costa, aos 88, que, vivendo o melhor de sua história, brinda o público do Sesc Santana com o show espetacular. Ingressos à venda online através do aplicativo Credencial Sesc SP, na central de relacionamento digital e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc.
SERVIÇO
Dia 01/05, quarta, às 18hs.
Sesc Santana – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo.
Local: Teatro. 330 lugares. 12 anos.
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia) R$ 15,00 (credencial plena)
Duração: 90 minutos
Acesso para pessoas com deficiência
Estacionamento – R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 a hora adicional – desconto para credenciados.
Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 19 vagas
Para informações sobre outras programações, acesse o portal Sesc SP