Adriana Novaes e Adriano Correia conversam sobre a obra de Hannah Arendt em lançamento da nova edição do livro Crises da república
O evento acontece na quinta-feira (01), na Livraria Megafauna, em São Paulo, e bate-papo contará com a mediação do professor Diego Ferracini
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Na quinta-feira (1), a Livraria Megafauna recebe o evento de lançamento do livro Crises da república, de Hannah Arendt, publicado pelo selo Crítica da Editora Planeta. O professor Diego Ferracini mediará um bate-papo entre a tradutora Adriana Novaes e o revisor técnico da nova edição da obra Adriano Correia. Considerada uma das maiores filósofas do século XX, Hannah Arendt se tornou tornou referência nos estudos relacionados à política e regimes totalitários, além de ter influenciado as obras de grandes nomes como Jürgen Habermas, Maurice Merleau-Ponty e Quentin Skinner.
SERVIÇO:
Lançamento do livro Crises da república com bate-papo entre Adriana Novaes e Adriano Correia com mediação de Diego Ferracini
Dia 01 de fevereiro, a partir das 19h
Livraria Megafauna
Endereço: Av. Ipiranga, 200 – loja 53 – República, São Paulo – SP, 01046-010
SAIBA MAIS SOBRE O LIVRO:
Para Hannah Arendt, filósofa alemã de origem judaica, um dos elementos centrais da vida humana é o fato político, conceito que define a necessidade que uma sociedade institucionalizada por um poder normativo e coercitivo tem de impor regras e utilizar a força de forma disciplinadora. Este pensamento é o que norteia os três ensaios e uma entrevista concedida por Arendt reunidos na obra Crises da república, que chega às livrarias brasileiras em nova edição e revisão técnica pelo selo Crítica da Editora Planeta.
Publicado originalmente em 1972, os textos que compõem o livro foram escritos entre 1968 e 1971, época que ficou marcada pelas lutas por direitos civis, pela Guerra do Vietnã e a efervescência dos movimentos estudantis. Naquele momento, os episódios abalaram as fundações das instituições norte-americanas e impactaram de maneira significativa e irreversível todo o restante do mundo. Atravessada pelos acontecimentos que marcaram o século, Hannah Arendt se debruçou para examinar detalhadamente a distorção da política pela imagem.
Segundo Arendt, o conceito de poder é diferente de violência, assim como a desobediência civil é um direito dos cidadãos. “Somos livres para mudar o mundo e começar algo novo nele. Sem a liberdade mental para negar ou afirmar a existência, para dizer ‘sim’ ou ‘não’ – não apenas a afirmações ou proposições para expressar concordância ou discordância, mas também às coisas como elas são dadas, para além da concordância ou discordância, a nossos órgãos de percepção e cognição –, nenhuma ação seria possível; e ação, é claro, é a verdadeira matéria de que é feita a política.”, escreve a filósofa.
À frente de seu tempo, em Crises da república, Hannah Arendt debate questões políticas latentes para época em que viveu, mas que também estão intrinsecamente conectadas com a conjuntura política contemporânea. Ainda que não se considerasse uma filósofa, mesmo tendo estudado Filosofia, a pensadora se tornou referência nos estudos relacionados à política e regimes totalitários, além de ter influenciado as obras de grandes nomes como Jürgen Habermas, Maurice Merleau-Ponty e Quentin Skinner.
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FICHA TÉCNICA
Título: Crises da república
Autora: Hannah Arendt
Tradução: Adriana Novaes
Revisão técnica: Adriano Correia
Páginas: 208 p.
Preço livro físico: R$72 ,90
Selo Crítica, Editora Planeta
SOBRE A AUTORA
Hannah Arendt nasceu na Alemanha, em 1906, e viveu nos Estados Unidos desde 1941 até sua morte, em 1975. Sua vida abrangeu o tumultuoso século XX, assim como seu pensamento. Ela não se considerava uma filósofa, apesar de ter estudado filosofia. Arendt era uma pensadora que buscava não uma verdade metafísica, mas sim o significado por trás das aparências e de eventos. Ela questionava mais do que oferecia respostas e escreveu o que pensava, em especial para encorajar outros a refletirem por si mesmos. Destemida diante das consequências de suas ideias, Arendt encontrou coragem entrelaçada em cada fio da liberdade humana.
SOBRE O SELO CRÍTICA
Criado na Espanha, em 1976, e disponível no Brasil desde 2016, o selo Crítica é conhecido pela qualidade de seus títulos na área de história, ensaios e divulgação científica. Niall Ferguson, Mary Beard, Miguel Nicolelis, Noam Chomsky e Antony Beevor estão entre os principais autores no Brasil.