JULIANA ROJAS FAZ ESTREIA MUNDIAL DE
CIDADE; CAMPO NO FESTIVAL DE BERLIM
Diretora vai apresentar seu novo longa-metragem na BERLINALE ENCOUNTERS, seção competitiva criada como complemento à competição oficial
Cidade; Campo conta duas histórias de migração e é protagonizado por Fernanda Vianna, Mirella Façanha e Bruna Linzmeyer. Também estão no elenco Andrea Marquee, Preta Ferreira, Marcos de Andrade, Nilcéia Vicente e o estreante Kalleb Oliveira
Com equipe formada majoritariamente por mulheres, o filme é produzido pela Dezenove Som e Imagens e coproduzido por Canal Brasil, Globo Filmes, Telecine, Spcine, Quanta, O2 Pós, Vitrine Filmes, Sutor Kolonko (Alemanha) e Good Fortune Films (França)
Cidade; Campo, o mais recente longa da diretora Juliana Rojas, terá estreia mundial no Festival de Berlim. Rodado na cidade de São Paulo e na zona rural do Mato Grosso do Sul, o filme fala sobre migração entre o meio urbano e o rural e será apresentado na BERLINALE ENCOUNTERS, concebida para fomentar trabalhos ousados de cineastas independentes e inovadores.
Os títulos selecionados para a ENCOUNTERS concorrem aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção e Prêmio Especial do Júri. Here (Bas Devos) e Tatiana Huezo (El Eco), foram premiados no ano passado. A seção é ponto de encontro de cineastas, produtores, programadores, críticos de cinema e cinéfilos.
Sobre o filme
Na primeira história de Cidade; Campo, a trabalhadora rural Joana migra para São Paulo, após o rompimento de uma barragem de dejetos de mineração inundar sua cidade natal. Ela vai ao encontro de sua irmã Tânia, que mora em um bairro periférico junto com seu neto Jaime. Joana busca prosperar na maior cidade da América do Sul, conhecida como a “cidade do trabalho”. Ela adentra o universo dos subempregos por aplicativos, trabalhando como faxineira.
Na segunda história do filme, Flávia se muda com Mara, sua companheira, para a fazenda que herdou do pai, falecido recentemente. As duas mulheres buscam uma nova oportunidade de vida no campo. O contato com a casa abandonada revela a Flávia aspectos desconhecidos de seu pai, com quem mantinha uma relação distante. O casal sofre um choque de realidade ao enfrentar a dureza do cotidiano rural. A natureza as obriga a enfrentar frustrações e a lidar com memórias e fantasmas.
Sobre a Diretora e Roteirista JULIANA ROJAS
Diretora, roteirista e montadora de curtas e longas metragens e séries de ficção. Dentre seus trabalhos solo como roteirista e diretora de cinema, se destacam os premiados curtas O Duplo (Menção Especial – Semana da Crítica, Cannes 2012), Pra eu dormir tranquilo (Melhor Curta – Grande Prêmio do Cinema Brasileiro), A Passagem do Cometa (Seleção Oficial – Festival de Rotterdam 2018), e o longa Sinfonia da Necrópole (Prêmio FIPRESCI em Mar del Plata IFF e Prêmio da crítica no Festival de Gramado 2014).
Em parceria com Marco Dutra, realizou os curtas O Lençol Branco (Cinéfondation, Cannes 2005) e Um Ramo (Prêmio Descoberta Kodak – Semana da Crítica, Cannes 2007), e os longas Trabalhar Cansa (Un Certain Regard, Cannes 2011) e As Boas Maneiras (Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno e Melhor Filme no Festival do Rio, ambos em 2017).
Como roteirista de séries de ficção, participou de Supermax (Rede Globo), 3% (2a. Temporada – Netflix) e Boca a Boca (Netflix). Dirigiu episódios de Boca a Boca (Netflix), Terrores Urbanos (Record) e Tarã (Disney Plus – em finalização).
Cidade; Campo é seu quarto longa-metragem de ficção, produzido pela Dezenove Som Imagens, em co-produção com a Sutor Kolonko, da Alemanha, onde em 2021 foi contemplado com o prêmio do World Cinema Fund e com o Film- und Medienstiftung NRW. O projeto foi selecionado para o fundo The Films After Tomorrow do festival de Locarno 2020 e ganhou o Prêmio de melhor projeto internacional pelo júri jovem. O filme também é co-produzido por Good Fortune Films, da França, onde conseguiu o apoio Aide aux cinémas du monde, do CNC.
No Brasil, o filme conta com apoios da Ancine, Spcine, Fundo Setorial do Audiovisual e do Instituto Olga Rabinovich, com o Projeto Paradiso.
Sobre o elenco principal
FERNANDA VIANNA
Atriz e bailarina profissional. Como integrante do Grupo Galpão fez personagens como Julieta, do icônico Romeu e Julieta e Helena, da peça Tio Vânia. Na TV atuou, entre outros, na minissérie Justiça e no especial Natal de Rita, no papel da protagonista. No cinema, atuou em filmes como Moscou, Meu Pé de Laranja Lima, O que se move, Lodo e Fogaréu. Em 2010 fundou com Rodolfo Vaz a Oitis Produções Culturais, produzindo espetáculos premiados como Antes do Silêncio, O Capote e os musicais O boi e o burro no caminho de Belém e Berenice e Soriano, ambos sob sua direção. Em 2023 dirigiu a Ópera “Blue Monday e afluentes” para o Theatro Municipal de São Paulo. Recebeu o Prêmio Sated 1992 de melhor bailarina, prêmio de melhor atriz no Festival de Fortaleza 1999 e pelo filme O que se move recebeu o Kikito 2012 de melhor atriz em Gramado.
MIRELLA FAÇANHA
Brasiliense vivendo há 12 anos em São Paulo, é atriz, performer, diretora e dramaturga. Tem como pesquisa em seu trabalho a interseccionalidade como zona disparadora para novas construções de destituição de fala e subjetividades. Cursou Artes Cênicas na Universidade de Brasília e na Escola de Arte Dramática – EAD/ECA/USP. No teatro trabalhou com diversos diretores como Cristiane Paoli Quito, Hugo Rodas, Celso Frateschi entre outros. Seus últimos trabalhos incluem a peça Isto é um negro? onde é atriz e dramaturga. É diretora e roteirista do videoclipe Psiu, de Liniker, e do documentário Noiz é sempre um Ruído, onde registra o processo de desmontagem do grupo E Quem É Gosta? – grupo de teatro do qual foi fundadora com mais oito artistas.
BRUNA LINZMEYER
Bruna Linzmeyer é atriz e conquistou o Brasil desde a sua primeira aparição na televisão, em 2010. Desde lá, sua personalidade emblemática se expressa através da construção de suas personagens em mais de 18 filmes, entre longas e curtas, e cerca de 12 produções televisivas. Recebeu inúmeras indicações e prêmios, com destaque para o Prêmio Especial do Júri por sua atuação em “Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui”, recebido no Festival de Sundance em 2022, nos EUA, e para o Prêmio Félix no Festival de Cinema do Rio de Personalidade do Ano em 2018, por seu ativismo junto à comunidade LGBTQIAPN+, à qual pertence.
Cidade; Campo
Ficção / Drama / 119′ / Brasil / 2024
Roteiro e direção: Juliana Rojas
Produtora: Dezenove Som e Imagens
Produzido por: Sara Silveira e Maria Ionescu
Direção de fotografia: Cris Lyra, DAFB e Alice Andrade Drummond, DAFB
Direção de Arte: Juliana Lobo e Daniela Aldrovandi
Montagem: Cristina Amaral
Música Original: Rita Zart
Co-produtoras: Canal Brasil, Globo Filmes, Telecine, Spcine, Quanta, O2 Pós, Vitrine Filmes, Sutor Kolonko (Alemanha) e Good Fortune Films (França)
Elenco: Fernanda Vianna (JOANA), Mirella Façanha (FLÁVIA), Bruna Linzmeyer (MARA), Andrea Marquee (TÂNIA), Preta Ferreira (ÂNGELA), Marcos de Andrade (CELINO) e Nilcéia Vicente (DIRCE). Apresentando Kalleb Oliveira como JAIME
Distribuição: Vitrine Filmes
Sinopse
O filme apresenta duas histórias sobre migração entre a cidade e o campo. Na primeira parte, após o rompimento de uma barragem inundar sua terra natal, a trabalhadora rural Joana se muda para São Paulo para encontrar sua irmã Tânia, que mora com o neto Jaime. Joana luta para sobreviver na “cidade do trabalho”. Na segunda parte, Flávia se muda com Mara, sua companheira, para a fazenda que herdou do pai, falecido recentemente. A natureza obriga as duas mulheres a enfrentar frustrações e lidar com memórias e fantasmas.
Sobre a produtora DEZENOVE SOM E IMAGENS
A Dezenove Som e Imagens foi fundada pelo cineasta Carlos Reichenbach e a produtora Sara Silveira em 1991. Desde então, em parceria com a produtora Maria Ionescu, produz curtas e longas-metragens independentes para o mercado nacional e internacional. Por mais de 30 anos, como produtora ou coprodutora, com parceiros brasileiros ou estrangeiros, a Dezenove vem constantemente apresentando seus filmes ao redor do mundo, em festivais de cinema internacionais.
Entre as várias produções da Dezenove estão: Todos os Mortos, de Caetano Gotardo & Marco Dutra, selecionado para a competição oficial do 70º Festival de Berlim e ganhador do Prêmio Silvestre do Festival Indie Lisboa 2020; As Boas Maneiras, de Juliana Rojas & Marco Dutra, premiado com o Leopardo de Prata (Prêmio Especial do Júri) no 70º Festival de Locarno; Vazante, de Daniela Thomas, première mundial no Panorama Special do 67º Festival de Berlim; Pela Janela, de Caroline Leone, premiado no 46º Festival de Rotterdam com o FIPRESCI; Mãe só há uma, de Anna Muylaert, que participou da 66ª edição do Festival de Berlim, na seção Panorama; Avanti Popolo, de Michael Wahrmann, vencedor do prêmio de Melhor Filme na Mostra CinemaXXI, do Festival de Roma 2012; Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes, Menção Honrosa do Júri Oficial na competição Horizontes Latinos do 60º Festival de San Sebastian; Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra, selecionado para a seção Un Certain Regard do Festival de Cannes 2011; Girimunho, de Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina, que participou da seção Orizzonti do Festival de Veneza; Os Famosos e os Duendes da Morte, de Esmir Filho, selecionado para a competição oficial da Mostra Generation do Festival de Cinema de Berlim 2009; Insolação, de Felipe Hirsch e Daniela Thomas, competição oficial na Mostra Orizzonti do Festival de Veneza; Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes, Prêmio Nacional de Educação na Mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes 2005, representante oficial do Brasil no Oscar 2007.
Sobre a Distribuidora VITRINE FILMES
Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; O Processo, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e Druk: Mais Uma Rodada, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.
Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, está o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa e o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021. A criação, em 2022, do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo e, finalmente, a Vitrine Produções, braço estratégico para o desenvolvimento, produção ecoprodução de títulos próprios. Neste sentido, o primeiro lançamento da casa foi o documentário Amigo Secreto (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, e atualmente já conta com cinco projetos realizados e oito em desenvolvimento.
A Vitrine Filmes fecha o ano de 2023 com ótimos indicadores de retomada, alcançando os melhores resultados desde a pandemia. Entre as estreias do ano, estão filmes como Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, lançado pelo selo Manequim Filmes e que obteve a maior bilheteria entre os filmes nacionais do ano, com mais de 515.000 espectadores. Também figuram no catálogo anual a animação Perlimps, de Alê Abreu, o vencedor do Festival de Gramado, Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, e a indicação brasileira para o Oscar, Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, que acumula mais de 80.000 espectadores em salas de cinema e é mais uma coprodução Vitrine Filmes. Mais de 20 filmes foram lançados pelo grupo no ano de 2023.