PARCERIA COM A FLIP LEVA MOSTRA A CINEMATECA É BRASILEIRA A PARATY
Parte do Projeto Viva Cinemateca, evento exibe na cidade nove filmes importantes do cinema nacional, que terão sessões gratuitas no Cinema da Praça de 23 a 26 de novembro
Exposição reúne os momentos mais marcantes da trajetória da Cinemateca Brasileira e da história do cinema nacional
Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e copatrocínio do Itaú Unibanco
A Cinemateca Brasileira está percorrendo o país com a mostra e a exposição A CINEMATECA É BRASILEIRA, com o objetivo de apresentar parte da rica produção audiovisual, levando uma seleção de títulos importantes para a história do cinema no Brasil. Em Paraty, a mostra acontece de 23 a 26 de novembro no Cinema da Praça, em parceria com a FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty.
A mostra e a exposição A CINEMATECA É BRASILEIRA já passaram por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa e Recife, está em exibição em Fortaleza e Brumadinho, e vai visitar espaços culturais e salas de Belém (PA), Brasília (DF), Canaã dos Carajás (PA), Salvador (BA) e São Luís (MA). Para Paraty, além da programação de clássicos do cinema nacional, está prevista também a exibição do curta-metragem Eh, Pagu, Eh. Trata-se do primeiro filme sobre a jornalista, escritora, feminista e militante de esquerda Patrícia Galvão, escrito e dirigido por Ivo Branco, vencedor do prêmio de melhor filme e melhor roteiro no Festival de Brasília. Pagu é a escritora homenageada desta edição da Flip
“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável“, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.
O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica.
“Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.
CURADORIA DE FILMES
Para a mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de nove filmes que repassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.
Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, estão São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário, e o mitológico e vanguardista Limite (Mário Peixoto, 1931).
Da década de 1960, foram selecionadas três produções: o mais conhecido filme de Glauber Rocha, Deus e o diabo na terra do sol (1964), o longa que melhor representa o Cinema Marginal, O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968), e Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, cineasta associado ao Cinema Novo, que se afasta das propostas do movimento para realizar um filme influenciado pelo tropicalismo, baseado na obra clássica de Mário de Andrade.
Da década seguinte, a curadoria da Mostra escolheu um filme que fez números impressionantes de bilheteria e foi sucesso de crítica: o longa Dona Flor e seus dois maridos (Bruno Barreto, 1979), com roteiro adaptado da obra do grande autor Jorge Amado,
Dos anos 1980, entra na seleção o curta-metragem, Eh, Pagu, Eh (1982), sobre a escritora homenageada da atual edição da Flip. Escrito e dirigido por Ivo Branco, o filme que retrata a jornalista, feminista e militante de esquerda Patrícia Galvão, venceu o prêmio de melhor filme e melhor roteiro no Festival de Brasília. Outro representante mesma década é a ficção A Hora da Estrela (Suzana Amaral, 1985), adaptação da obra de Clarice Lispector que revelou o talento de Marcélia Cartaxo, vencedora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Berlim,
Central do Brasil (Walter Salles, 1998), uma das obras mais importantes da chamada retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, vencedor do Urso de Ouro e do prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998, completa a seleção de filmes que serão exibidos na FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty.
EXPOSIÇÃO A CINEMATECA É BRASILEIRA
Com curadoria da Cinemateca Brasileira e da Sociedade Amigos da Cinemateca, a exposição reconta os mais de 70 anos de história da instituição.
A exposição acompanhará a mostra de filmes em 15 cidades do país, apresentando uma linha do tempo construída por meio de cerca de 200 imagens – documentos, fotografias, cartazes e frames de filmes, além de recursos de realidade aumentada. O projeto expográfico é assinado por Renato Theobaldo.
É um convite à imersão nas camadas da trajetória da Cinemateca Brasileira, que se misturam aos feitos e às agruras do cinema brasileiro e, ao mesmo tempo, evocam os avanços e retrocessos do país.
PROJETO VIVA CINEMATECA
O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.
Além da mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA, as ações de difusão também incluíram o FESTIVAL CULTURA E SUSTENTABILIDADE, nos dias 10 e 11 de julho, e a MOSTRA POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA, de 11 a 16 de julho.
PATROCINADORES
O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú Unibanco, como copatrocinador.
Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale.
SOBRE A SHELL BRASIL
Há 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira é um órgão vinculado à Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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Mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA
FLIP – FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY
23 a 26 de novembro – quinta-feira a domingo
Cinema da Praça – R. Mal. Deodoro, 3 – Centro Histórico, Paraty – RJ
Entrada gratuita
Retirada de ingresso para a sessões de cinema: uma hora antes do início de cada sessão
23 de novembro, quinta-feira
14h – EH, PAGU, EH
Brasil (SP), 1982, 15min, p&b,
Direção: Ivo Branco
Elenco: Edith Siqueira, Clodomiro Bacellar, Aldo Bueno, Julio Calasso
Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Casada com Oswald de Andrade, participou do Movimento Antropofágico. Jornalista, escritora e tradutora, entre outras coisas, ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas por ser militante do PCB.
SÃO PAULO: A SINFONIA DA METRÓPOLE
Brasil (SP), 1929, 90 min, p&b, livre
Direção: Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny
Sinopse: A cidade de São Paulo no final da década de 20. Urbanismo, moda, esportes, monumentos públicos, industrialização, fatos históricos, expansão do café, educação, o burburinho do cotidiano.
18h – EH, PAGU, EH
Brasil (SP), 1982, 15min, p&b,
Direção: Ivo Branco
Elenco: Edith Siqueira, Clodomiro Bacellar, Aldo Bueno, Julio Calasso
Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Casada com Oswald de Andrade, participou do Movimento Antropofágico. Jornalista, escritora e tradutora, entre outras coisas, ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas por ser militante do PCB
LIMITE
Brasil (RJ), 1931, p&b, 120 min, 12 anos
Direção: Mário Peixoto
Elenco: Olga Breno, Taciana Rei, Carmen Santos, Raul Schnoor, Brutu Pedreira, Mário Peixoto, Edgar Brazil
Sinopse: Duas mulheres e um homem estão à deriva num pequeno barco. Por meio de flashbacks, a história de cada um deles é contada. Enquanto suas narrativas pessoais ganham corpo, a situação dentro do barco se esfacela.
24 de novembro, sexta-feira
14h – EH, PAGU, EH
Brasil (SP), 1982, 15min,p/b,
Direção: Ivo Branco
Elenco: Edith Siqueira, Clodomiro Bacellar, Aldo Bueno, Julio Calasso
Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Casada com Oswald de Andrade, participou do Movimento Antropofágico. Jornalista, escritora e tradutora, entre outras coisas, ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas por ser militante do PCB.
MACUNAÍMA
Brasil (RJ), 1969, 108 min, cor, 12 anos
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Jardel Filho, Milton Gonçalves, Dina Sfat, Rodolfo Arena, Joana Fomm, Maria do Rosário
Sinopse: Macunaíma, o “herói sem nenhum caráter”, vive diversas aventuras acompanhado de seus irmãos, se apaixonando e enfrentando vilões em seu caminho zombeteiro.
18h – DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
Brasil (RJ/BA), 1964, 118 min, p&b, 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Elenco: Geraldo del Rey, Yoná Magalhães, Othon Bastos, Maurício do Valle, Lídio Silva, Sônia dos Humildes, Marrom, Antônio Pinto, João Gama, Milton Roda
Sinopse: O vaqueiro Manuel mata seu chefe em uma disputa por partilha de gado. Enquanto fogem dos jagunços, ele e sua esposa, Rosa, encontram o beato Sebastião, que prega um catolicismo místico, Corisco, o diabo loiro, e Antônio das Mortes, um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região.
25 de novembro, sábado
15h30 – EH, PAGU, EH
Brasil (SP), 1982, 15min,p/b,
Direção: Ivo Branco
Elenco: Edith Siqueira, Clodomiro Bacellar, Aldo Bueno, Julio Calasso
Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Casada com Oswald de Andrade, participou do Movimento Antropofágico. Jornalista, escritora e tradutora, entre outras coisas, ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas por ser militante do PCB.
O BANDIDO DA LUZ VERMELHA
Brasil (SP), 1968, 92 min, p&b, 16 anos
Direção: Rogério Sganzerla
Elenco: Paulo Villaça, Luiz Linhares, Helena Ignez, Pagano Sobrinho, Roberto Luna, José Marinho, Ezequiel Neves, Sérgio Mamberti, Renato Consorte
Sinopse: Um marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer crimes requintados, ao mesmo tempo em que se apaixona pela provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo.
17h30 – DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
Brasil (RJ), 1976, 118 min, cor, 16 anos
Direção: Bruno Barreto
Elenco: Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier, Nelson Dantas, Rui Resende, Mário Gusmão, Haydil Linhares, Nilda Spencer, Arthur Costa Filho
Sinopse: Inconsolada pela morte repentina de seu divertido marido Vadinho e entediada com a estabilidade que seu novo esposo Teodoro oferece, Dona Flor chama tanto por Vadinho que ele aparece nu em sua cama. Agora, ela tem que decidir com qual marido quer ficar.
26 de novembro, domingo
14h – EH, PAGU, EH
Brasil (SP), 1982, 15min,p/b,
Direção: Ivo Branco
Elenco: Edith Siqueira, Clodomiro Bacellar, Aldo Bueno, Julio Calasso
Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Jornalista, escritora e tradutora, foi casada com Oswald de Andrade, participou do movimento antropofágico e ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas, por ser militante do PCB.
A HORA DA ESTRELA
Brasil, 1985, cor, 96min, 12 anos
Direção: Suzana Amaral
Elenco: Marcélia Cartaxo, José Dumont, Fernanda Montenegro
Sinopse: Macabéa, uma imigrante nordestina, divide um quarto miserável com outras três mulheres em São Paulo. Sem ambições, ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma, e a única motivação que a anima na vida é o desejo de ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico, um operário metalúrgico com quem inicia namoro, mas tudo muda quando a colega dela, Glória, decide consultar uma cartomante.
16h – CENTRAL DO BRASIL
Brasil (RJ), 1998, 112 min, cor, 10 anos
Direção: Walter Salles
Elenco: Fernanda Montenegro, Vinícius de Oliveira, Marília Pêra, Othon Bastos, Matheus Nachtergaele, Caio Junqueira, Otávio Augusto, Stella Freitas, Soia Lira, Harildo Deda, Berto Filho
Sinopse: Dora escreve cartas para os analfabetos na estação de trens Central do Brasil, no Rio de Janeiro por uma pequena quantia. A inesperada morte de uma de suas clientes sela o encontro de Dora e o menino Josué, que terão seus destinos entrelaçados numa viagem por um Brasil despojado e duro.