A Cinemateca Brasileira, em parceria com o 33º Cine Ceará e o Cineteatro São Luiz, traz a Fortaleza a mostra itinerante “A Cinemateca é Brasileira”
Parte do Projeto Viva Cinemateca, evento leva à cidade 19 filmes importantes do cinema nacional, que serão exibidos gratuitamente no Cine Teatro São Luiz de 14 a 25 de novembro
Exposição reúne os momentos mais marcantes da trajetória da Cinemateca Brasileira e da história do cinema nacional
Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e copatrocínio do Itaú Unibanco
A Cinemateca Brasileira está percorrendo o país com a mostra itinerante A CINEMATECA É BRASILEIRA, com o objetivo de estreitar os laços com instituições afins e apresentar parte da rica produção audiovisual brasileira, levando uma seleção de títulos importantes para a história do cinema brasileiro. Em Fortaleza, a mostra acontecerá de 14 a 22/11 e encerramento no dia 25/11, numa parceria da instituição com o 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema e o Cineteatro São Luiz, equipamento público da Secretaria da Cultura do Ceará, gerido pelo Instituto Dragão do Mar. O encerramento da mostra será na noite de abertura oficial do 33º Cine Ceará, dia 25/11 com a exibição do curta “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado e a presença da Diretora Geral da Cinemateca Brasileira, Maria Dora Mourão.
A mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA já passou por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa e Recife e vai visitar espaços culturais e salas de Brasília (DF), Brumadinho, Canaã dos Carajás (PA), Salvador (BA) e São Luís (MA). A exibição da Mostra em Fortaleza acontece simultaneamente à de Belém (PA).
“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável“, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.
O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica.
“Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.
CURADORIA DE FILMES
Para a Mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de 19 filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.
Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, estão São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário, e o mitológico e vanguardista Limite (Mário Peixoto, 1931). O desejo de estabelecer uma indústria cinematográfica forte no Brasil, que culmina na fundação dos estúdios Atlântida e Vera Cruz, pode ser visto em Carnaval Atlântida (José Carlos Burle, 1952), com a “dupla do barulho” Grande Otelo e Oscarito; em Jeca Tatu (Milton Amaral, 1959), título no qual Amácio Mazzaropi desenvolveu a figura do caipira, seu personagem mais conhecido; e na superprodução da Vera Cruz O cangaceiro (Lima Barreto, 1953). Cinco vezes favela (Marcos Farias; Carlos Diegues; Miguel Borges; Joaquim Pedro de Andrade; Leon Hirszmann, 1962) e o mais conhecido filme de Glauber Rocha, Deus e o diabo na terra do sol (1964), mostram a preocupação do Cinema Novo em representar a classe trabalhadora e as desigualdades sociais, enquanto o Cinema Marginal e seu O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968) desafiam a estética e linguagem cinemanovista.
O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), a partir de uma narrativa clássica aprimorada desde as produções da Vera Cruz, evoca o sincretismo religioso e a cultura popular. Produzido por Oswaldo Massaini, o filme conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil. Por sua vez, com suas produções independentes, José Mojica Marins cria seu icônico personagem Zé do Caixão em À meia-noite levarei sua alma (1964).
Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, cineasta associado ao Cinema Novo, se afasta das propostas do movimento para realizar um filme influenciado pelo tropicalismo, baseado na obra clássica de Mário de Andrade. Na década de 1970, Dona Flor e seus dois maridos (Bruno Barreto, 1979) adapta outro grande autor – Jorge Amado – e faz números de bilheteria impressionantes. Integram a seleção dois documentários de grande impacto nos anos 1980: Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984) e Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989); e a ficção A Hora da Estrela (Suzana Amaral, 1985), adaptação da obra homônima de Clarice Lispector que revelou o talento de Marcélia Cartaxo, vencedora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Berlim.
Uma das obras mais importantes da chamada retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, é Central do Brasil (Walter Salles, 1998), que venceu o Urso de Ouro e o prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998. Vencedor de dezenas de prêmios nacionais e internacionais e indicado ao Oscar em quatro categorias, Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002) é até hoje o filme brasileiro com maior número de indicações ao prêmio da Academia. Títulos mais recentes da seleção, Bacurau (Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, 2019), prêmio do júri na competição oficial do Festival de Cannes, mistura crítica social e distopia para contar a história de um povoado nordestino que subitamente some do mapa; e Marte Um (Gabriel Martins, 2023), produzido na periferia de Contagem (MG), mostra o cotidiano de uma família negra de baixa renda e o sonho do filho caçula em viajar para Marte. O longa estreou no Festival de Sundance e foi o Melhor Filme, na escolha do público, do Festival de Gramado.
EXPOSIÇÃO A CINEMATECA É BRASILEIRA
Com curadoria da Cinemateca Brasileira e da Sociedade Amigos da Cinemateca, a exposição reconta os mais de 70 anos de história da instituição.
A exposição acompanhará a mostra de filmes em 15 cidades do país, apresentando uma linha do tempo construída por meio de cerca de 200 imagens – documentos, fotografias, cartazes e frames de filmes, além de recursos de realidade aumentada. O projeto expográfico é assinado por Renato Theobaldo.
É um convite à imersão nas camadas da trajetória da Cinemateca Brasileira, que se misturam aos feitos e às agruras do cinema brasileiro e, ao mesmo tempo, evocam os avanços e retrocessos do país.
PROJETO VIVA CINEMATECA
O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.
Além da mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA, as ações de difusão também incluíram o FESTIVAL CULTURA E SUSTENTABILIDADE, nos dias 10 e 11 de julho, e a MOSTRA POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA, de 11 a 16 de julho.
Mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA
33º CINE CEARÁ | CINE TEATRO SÃO LUIZ
14 a 25 de novembro sexta-feira a quarta-feira
Rua Major Facundo, 500 Centro, Fortaleza – CE
Entrada gratuita
Retirada de ingresso para a sessões de cinema: uma hora antes do início de cada sessão
14 de novembro, terça-feira
14h – SÃO PAULO: A SINFONIA DA METRÓPOLE
Brasil (SP), 1929, 90 min, p&b, livre
Direção: Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny
Sinopse: A cidade de São Paulo no final da década de 20. Urbanismo, moda, esportes, monumentos públicos, industrialização, fatos históricos, expansão do café, educação, o burburinho do cotidiano.
16h30 – LIMITE
Brasil (RJ), 1931, p&b, 120 min, 12 anos
Direção: Mário Peixoto
Elenco: Olga Breno, Taciana Rei, Carmen Santos, Raul Schnoor, Brutu Pedreira, Mário Peixoto, Edgar Brazil
Sinopse: Duas mulheres e um homem estão à deriva num pequeno barco. Por meio de flashbacks, a história de cada um deles é contada. Enquanto suas narrativas pessoais ganham corpo, a situação dentro do barco se esfacela.
19h – CARNAVAL ATLÂNTIDA
Brasil (RJ), 1952, 92 min, p&b, 10 anos
Direção: José Carlos Burle
Elenco: Oscarito, Grande Otelo, Cyll Farney, Eliana, José Lewgoy, Colé, Renato Restier, Wilson Grey, Iracema Vitória, Carlos Alberto, Maria Antonieta Pons
Sinopse: Xenofontes, um sisudo professor de mitologia grega, é contratado pelo produtor Cecílio B. de Milho como consultor da adaptação do clássico Helena de Troia para o cinema. Ao mesmo tempo, dois empregados do estúdio, que trabalham como faxineiros, sonham em transformar o épico grego numa comédia carnavalesca.
15 de novembro, quarta-feira
14h – O CANGACEIRO
Brasil (RJ), 1953, p&b, 94 min, 10 anos
Direção: Lima Barreto
Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Ricardo Campos, Adoniran Barbosa, Neusa Veras, Zé do Norte, Nicolau Sala
Sinopse: O bando de cangaceiros do capitão Gaudino semeia o terror pela caatinga nordestina. Num de seus ataques ele rapta a professora Olívia, mas ele e seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela bonita cativa e a discórdia se instaura no bando.
16h – O PAGADOR DE PROMESSAS
Brasil (SP), 1962, 96 min, p&b, livre
Direção: Anselmo Duarte
Produção: Oswaldo Massaini
Elenco: Leonardo Vilar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Geraldo del Rey, Roberto Ferreira, Norma Bengell
Sinopse: Quando seu burro é atingido por um raio, Zé do Burro faz uma promessa a Santa Bárbara que o leva a uma jornada que irá mudar sua vida completamente.
19h – BACURAU
Brasil / França, 2019, 133 min, cor, 16 anos
Direção: Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles
Elenco: Sonia Braga, Udo Kier, Bárbara Colen, Thomás Aquino, Silvero Pereira, Wilson Rabelo, Carlos Francisco, Karine Teles
Sinopse: Num futuro próximo, o povoado de Bacurau some misteriosamente do mapa. Depois de uma série de assassinatos inexplicáveis, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável?
16 de novembro, quinta-feira
16h30 – JECA TATU
Brasil (SP), 1959, 90 min, p&b, 12 anos
Direção: Milton Amaral
Elenco: Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Roberto Duval, Nicolau Guzzardi, Nena Viana, Marlene França, Francisco de Souza, Miriam Rony
Sinopse: Jeca Tatu, um homem simples e preguiçoso, encontra um aliado inesperado quando suas terras são ameaçadas pelo seu vizinho, o ambicioso agricultor Giovanni.
19h – À MEIA-NOITE LEVAREI SUA ALMA
Brasil (SP), 1964, 81 min, p&b, 16 anos
Direção: José Mojica Marins
Elenco: José Mojica Marins, Laercio Laurelli, Magda Mei, Nivaldo de Lima, Valéria Vasquez, Ilídio Martins, Arildo Iruam, Eucaris de Morais, Genê Carvalho, Vânia Rangel
Sinopse: O cruel e sádico coveiro Zé do Caixão é obcecado por gerar o filho perfeito, que possa lhe dar a continuidade de seu sangue. Sua esposa não pode engravidar e ele acredita que a namorada de seu amigo seja a mulher que procura.
17 de novembro, sexta-feira
16h30 – O BANDIDO DA LUZ VERMELHA
Brasil (SP), 1968, 92 min, p&b, 16 anos
Direção: Rogério Sganzerla
Elenco: Paulo Villaça, Luiz Linhares, Helena Ignez, Pagano Sobrinho, Roberto Luna, José Marinho, Ezequiel Neves, Sérgio Mamberti, Renato Consorte
Sinopse: Um marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer crimes requintados, ao mesmo tempo em que se apaixona pela provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo.
19h – MACUNAÍMA
Brasil (RJ), 1969, 108 min, cor, 12 anos
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Jardel Filho, Milton Gonçalves, Dina Sfat, Rodolfo Arena, Joana Fomm, Maria do Rosário
Sinopse: Macunaíma, o “herói sem nenhum caráter”, vive diversas aventuras acompanhado de seus irmãos, se apaixonando e enfrentando vilões em seu caminho zombeteiro.
18 de novembro, sábado
10h – A HORA DA ESTRELA
Brasil, 1985, cor, 96min, 12 anos
Direção: Suzana Amaral
Elenco: Marcélia Cartaxo, José Dumont, Fernanda Montenegro
Sinopse: Macabéa, uma imigrante nordestina, divide um quarto miserável com outras três mulheres em São Paulo. Sem ambições, ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma, e a única motivação que a anima na vida é o desejo de ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico, um operário metalúrgico com quem inicia namoro, mas tudo muda quando a colega dela, Glória, decide consultar uma cartomante.
14h – DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
Brasil (RJ/BA), 1964, 118 min, p&b, 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Elenco: Geraldo del Rey, Yoná Magalhães, Othon Bastos, Maurício do Valle, Lídio Silva, Sônia dos Humildes, Marrom, Antônio Pinto, João Gama, Milton Roda
Sinopse: O vaqueiro Manuel mata seu chefe em uma disputa por partilha de gado. Enquanto fogem dos jagunços, ele e sua esposa, Rosa, encontram o beato Sebastião, que prega um catolicismo místico, Corisco, o diabo loiro, e Antônio das Mortes, um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região.
16h30 – DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
Brasil (RJ), 1976, 118 min, cor, 16 anos
Direção: Bruno Barreto
Elenco: Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier, Nelson Dantas, Rui Resende, Mário Gusmão, Haydil Linhares, Nilda Spencer, Arthur Costa Filho
Sinopse: Inconsolada pela morte repentina de seu divertido marido Vadinho e entediada com a estabilidade que seu novo esposo Teodoro oferece, Dona Flor chama tanto por Vadinho que ele aparece nu em sua cama. Agora, ela tem que decidir com qual marido quer ficar.
20 de novembro, segunda-feira
14h – CINCO VEZES FAVELA
Brasil (RJ), 1962, 99 min, p&b, 12 anos
Direção: Marcos Farias, Carlos Diegues, Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman
Elenco: Flávio Migliaccio, Waldir Onofre, Oduvaldo Viana Filho, Sadi Cabral
Sinopse: Cinco histórias sobre as possibilidades do desenvolvimento da consciência política na favela do Brasil dos anos 60.
16h30 – CIDADE DE DEUS
Brasil (RJ), 2002, 130 min, cor, 16 anos
Direção: Fernando Meirelles, Kátia Lund
Elenco: Alexandre Rodrigues, Douglas Silva, Alice Braga, Michel Gomes, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Renato de Souza, Roberta Rodrigues, Babu Santana
Sinopse: O crescimento do conjunto habitacional de Cidade de Deus entre o fim dos anos 60 e o começo dos anos 80, pelo olhar de dois jovens da comunidade: Buscapé, que sonha em ser fotógrafo, e Dadinho, que se torna um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro. Quando estoura a guerra na comunidade, Buscapé registra a violência com sua primeira câmera profissional.
19h – MARTE UM
Brasil, 2022, cor, 115min, 16 anos
Direção: Gabriel Martins
Elenco: Rejane Faria, Carlos Francisco, Camilla Damião, Cícero Lucas, Ana Hilário, Russo APR, Dircinha Macedo, Tokinho e Juan Pablo Sorrin
Sinopse: Os Martins, família negra de classe média baixa, seguem a vida entre seus compromissos do dia-a-dia e seus desejos e expectativas, mesmo com a tensão de um governo conservador que acaba de assumir o poder no país. Em meio a esse cotidiano, Tércia cuida da casa enquanto passa por crises de angústia, Wellington quer ver o filho virar jogador de futebol profissional, Eunice tem um novo amor e o pequeno Deivinho sonha em colonizar Marte.
21 de novembro, terça-feira
16h30 – CABRA MARCADO PARA MORRER
Brasil (RJ), 1984, 119 min, cor/p&b, 12 anos
Direção: Eduardo Coutinho
Elenco: Eduardo Coutinho, Elizabete Altino Teixeira, João Virgílio Silva, José Daniel do Nascimento, João José do Nascimento, Cícero Anastácio da Silva, Braz Francisco da Silva, Severino Coutinho
Sinopse: As filmagens sobre a vida do líder da Liga Camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira, assassinado em 1962, são interrompidas pelo golpe militar em 1964. Dezessete anos depois, o diretor Eduardo Coutinho retoma o projeto, e as personagens do filme interrompido se tornam protagonistas.
19h – CENTRAL DO BRASIL
Brasil (RJ), 1998, 112 min, cor, 10 anos
Direção: Walter Salles
Elenco: Fernanda Montenegro, Vinícius de Oliveira, Marília Pêra, Othon Bastos, Matheus Nachtergaele, Caio Junqueira, Otávio Augusto, Stella Freitas, Soia Lira, Harildo Deda, Berto Filho
Sinopse: Dora escreve cartas para os analfabetos na estação de trens Central do Brasil, no Rio de Janeiro por uma pequena quantia. A inesperada morte de uma de suas clientes sela o encontro de Dora e o menino Josué, que terão seus destinos entrelaçados numa viagem por um Brasil despojado e duro.
25 de novembro, sábado
19h45 – ILHA DAS FLORES
Brasil (RS), 1989, 13 min, cor, 10 anos
Direção: Jorge Furtado
Elenco: Paulo José, Ciça Reckziegel, Douglas Trainini, Júlia Barth, Igor Costa, Irene Schmidt, Gosei Kitajima, Takehiro Suzuki, Luciane Azevedo
Sinopse: Um tomate é plantado, colhido, transportado e colocado à venda num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. Ilha das Flores segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.
PATROCINADORES
O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú Unibanco, como copatrocinador.
Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale.
SOBRE A SHELL BRASIL
Há 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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33º CINE CEARÁ
O 33º Cine Ceará é uma realização do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual, da Associação Cultural Cine Ceará e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), apoio da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), e da Universidade Federal do Ceará, via Casa Amarela Eusélio Oliveira. Conta ainda com apoio de empresas públicas e privadas através da Lei Rouanet.