Rádio Nacional estreia nova temporada do programa Memória Nacional
Produção utiliza vasto acervo com materiais raros e exclusivos da emissora
O célebre acervo da Rádio Nacional com preciosidades da radiodifusão brasileiras e produções históricas fica mais acessível ao ouvinte com a estreia da nova temporada do Memória Nacional neste domingo (8), às 22h, em rede pela emissora pública.
O programa apresenta uma coletânea semanal com registros icônicos e lembranças marcantes das produções exclusivas transmitidas pela rádio e preservadas em seu acervo. O Memória Nacional mescla conteúdos raros de radionovelas, programas de humor, de auditório, atrações jornalísticas e esportivas.
A proposta é levar o ouvinte a viajar no tempo a cada noite de domingo ao passear por momentos inesquecíveis guardados na memória afetiva. O programa resgata e valoriza gravações que fizeram do rádio um companheiro de jornada, geração após geração. O público pode cruzar espaço e tempo para recordar as vozes que ajudaram a construir o imaginário popular da cultura brasileira.
A estreia da nova temporada do Memória Nacional traça um painel de atrações radiofônicas. A primeira edição da sequência leva ao ar uma seleção variada, com bate-papo trivial a entrevista mais afiada, vibrando os sons da saudade. O conteúdo fica disponível no site da emissora e no app Rádios EBC.
Programa inicial da nova temporada
O primeiro episódio da leva de programa do Memória Nacional começa ao celebrar uma das estrelas dos anos dourados do veículo: a diva Marlene. Quatro décadas depois da estreia na Rádio Nacional, a estrela voltou a um programa diário. O Marlene Total foi apresentado pela artista na Rádio MEC de 1987 a 1990. Esta edição resgata um trecho do animado papo com o sambista Martinho da Vila.
País em que o talento fez multiplicar realezas, o Brasil acompanhou pelo rádio disputas apaixonantes. Lembrada Marlene, ato contínuo, é necessário mencionar a rival e amiga, Emilinha. O Memória Nacional recupera uma passagem do programa Noite de Estrelas.
Sucesso no começo dos anos 1950, a produção Histórias do Vovô Camarada foi escrito por Mário Faccini e narrado por Barbosa Júnior. Famílias se reuniam na sala para acompanhar radionovelas e séries da Rádio Nacional do Rio de Janeiro reverenciadas neste espaço.
O humor era um item obrigatório na programação da emissora. O rádio tinha papel importante na padronização da fala. Com piadas que talvez soem hoje ingênuas, mas reforçavam padrões de higiene, etiqueta e uso da língua, o programa Manduca tinha tom de galhofa.
Criado por Renato Murce, o Manduca ficou no ar por vinte anos. O talento de pioneiros como o próprio Murce e Brandão Filho, consagrado depois como o Primo Pobre no Balança Mas Não Ca, driblou até a censura do Estado Novo. O formato da obra associa o programa de Murce, nascido Cenas Escolares, às sucessivas reproduções da famosa Escolinha do Professor Raimundo.
Nos anos 1950, o rádio vivia ainda o auge da popularidade, com a televisão chegando ao país somente durante aquela década. A ideia da missão educativa do veículo, mesmo depois de o rádio passar a movimentar cifras milionárias, fez uma vítima ilustre: a franquia Acredite Se Quiser
Criada em 1918, numa cadeia de jornais, ainda existe até hoje em outras partes do mundo, mas saiu do ar na emissora, no início da década de 1950. Baseado em testemunhos de fatos de difícil explicação, a produção deixou de ser transmitida naquele período. O Memória Nacional recupera um trecho.
O humor irreverente, nonsense, de ritmo intenso, persiste, reconhecido pelos autores, estava presente no badalado programa PRK-30, com Lauro Borges e Castro Barbosa. O título é considerado até hoje o mais influente programa de humor do rádio.
Jogo de cintura não faltava. Ao todo, foram 22 anos no ar, desde a estreia como um quadro na Rádio Clube, em 1942. Dois anos depois, Lauro Borges transferiu-se para a Mayrink Veiga, mas precisou rebatizar a atração, pois não tinha os direitos do nome original.
O PRK-30 entrou no ar pela Rádio Nacional, então maior emissora do país, em 1946. Entre idas e vindas, com passagens por outras emissoras e até pela TV Paulista, o PRK-30 foi transmitido na Rádio Nacional até 1964.
Ficha técnica
Roteiro e produção: Cezar Faccioli
Locução: Cirilo Reis
Coordenação de produção: Cynthia Cruz
Serviço
Memória Nacional – estreia – domingo, dia 8/10, às 22h, na Rádio Nacional
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