Jornalista Sônia Bridi é homenageada na 45ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos
Repórter, escritora e documentarista é reconhecida pela carreira nas causas relevantes da justiça social, meio ambiente, direitos humanos e democracia
O 45º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos vai homenagear a jornalista, escritora e documentarista Sônia Bridi, repórter especial da TV Globo há mais de três décadas.
A cerimônia de entrega do troféu especial será em 24 de outubro, às 20h, no Tucarena, em São Paulo
Sônia afirma que ficou muito feliz e assustada quando recebeu a notícia sobre a homenagem. “É preciso muita responsabilidade para honrar essa homenagem”. Para ela, o Prêmio Vladimir Herzog é o maior reconhecimento profissional que um jornalista pode ter no Brasil. “Por ser um prêmio que leva o nome e a história de um jornalista morto pela ditadura, por ser fruto de um conselho que reúne as principais entidades relacionadas a democracia, direitos humanos e liberdade de informação, e ser um prêmio dos jornalistas para jornalistas”, disse.
Confira entrevista com a jornalista pelo site
Desde 2009, a comissão organizadora retomou a proposta original do Prêmio de homenagear em todas as edições personalidades e profissionais com atuação destacada nas causas relevantes da democracia, da justiça social e dos direitos humanos. Neste ano, serão também homenageados os jornalistas Fernando Morais e Glória Maria (in memoriam).
Sônia Bridi foi correspondente da Rede Globo em Londres, Nova Iorque, Pequim e Paris, e é reconhecida como uma das principais vozes do jornalismo ambiental no Brasil.
Lançou em 2008 o livro “Laowai – histórias de uma repórter brasileira na China” (Editora Letras Brasileiras) e “Diário do Clima – Efeitos do aquecimento global: um relato em cinco continentes” (Globo Livros, 2012) com relatos de suas viagens pelo mundo em busca de respostas para as alterações climáticas.
Trabalhou com o jornalista Glenn Greenwald nos Snowden Papers, revelando no Fantástico a espionagem dos Estados Unidos e seus aliados que teve como alvos a então presidente Dilma Rousseff, a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia, além de empresas internacionais, o sistema Swift de transferências financeiras e o Ministério das Relações Exteriores da França.
Liderou a equipe de reportagem que denunciou o crime humanitário contra indígenas da tribo Yanomami, em Roraima, vítimas do garimpo ilegal. Cenas do resgate de crianças reféns da fome, desnutrição, malária e descaso do poder público na Terra Indígena Yanomami impressionaram o Brasil e o mundo quando veiculadas no programa Fantástico, da TV Globo, em janeiro deste ano.
Seu primeiro documentário – “Vale dos Isolados: O Assassinato de Bruno e Dom”, foi lançado em junho de 2023 pela Globoplay. Com direção de fotografia de Paulo Zero e roteiro de Cristine Kist, o filme é parte de “O Projeto Bruno e Dom – Uma Investigação sobre a Pilhagem da Amazônia”, que reúne 16 veículos e organizações jornalísticas de dez países, entre eles, a Folha de S. Paulo. A iniciativa é capitaneada pela Forbidden Stories, entidade dedicada a dar continuidade ao trabalho de jornalistas assassinados no exercício da profissão.
Finalistas – os finalistas desta edição serão anunciados em 3 de outubro. Neste ano, o Prêmio, de abrangência nacional, obteve 630 trabalhos inscritos. A iniciativa reconhece jornalistas, repórteres fotográficos, escritores e artistas do traço que, por meio do trabalho cotidiano, defendem a democracia, a cidadania e os direitos humanos. O Prêmio contempla sete categorias: Produção jornalística em texto, Produção jornalística em áudio, Produção jornalística em vídeo, Produção jornalística em multimídia, Fotografia, Arte e Livro-reportagem.
O Prêmio – O Prêmio Vladimir Herzog foi criado em 1978 como uma das resoluções aprovadas no Congresso Brasileiro de Anistia realizado em Belo Horizonte (MG). O objetivo era homenagear jornalistas, repórteres fotográficos e artistas que, com seu trabalho cotidiano, registravam as violações aos Direitos Humanos no continente sul-americano, assim como as mobilizações sociais pela Anistia no Brasil. A ideia de dar o nome de Vladimir Herzog ao prêmio foi de Perseu Abramo, à época diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e representante da entidade no Congresso.
Atualmente, integram a Comissão Organizadora, ao lado da Família Herzog, as seguintes instituições: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI); Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Coletivo Periferia em Movimento; Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e Instituto Vladimir Herzog.
Instituto Prêmio Vladimir Herzog
A partir desta edição, o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog passa a ser promovido e organizado pelo recém-criado Instituto Prêmio Vladimir Herzog, associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou político-partidários, fundada em novembro de 2022, em São Paulo.
Serviço:
- Divulgação Finalistas – 3 de outubro de 2023
- Divulgação dos Vencedores – 10 de outubro, terça-feira, das 14h às 18h, sessão pública de julgamento com transmissão ao vivo pelo Canal do Prêmio no YouTube
- 12ª Roda de Conversa com os Vencedores – 24 de outubro, terça-feira, das 14h às 17h, no Tucarena, em São Paulo.
- Cerimônia de Premiação – 24 de outubro, terça-feira, às 20h, no Tucarena, em São Paulo.
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