Álbum faz narrativa do luto do ponto de vista da nostalgia
A banda gaúcha Transit in the Ryes transforma uma experiência de luto e perdas em seis canções no seu novo EP, “After the Sun Collides”. O grupo explora um conjunto de influências que atravessam décadas e gêneros, em um caldeirão musical guiado pelo rock. Psicodelia, alternativo, indie e folk surgem em canções que dialogam com dramas modernos de uma geração em busca de um lugar no mundo. O EP já está disponível para streaming.
Ouça “After The Sun Collides”: http://hyperurl.co/afterthesuncollides
Entre o moderno e o retrô, surge a sonoridade de Transit in the Ryes, quarteto porto-alegrense que inicia uma nova fase com este EP, onde o atual e o nostálgico se fundem para dar vazão a composições sobre questões humanas.
A abertura “Aftershock” e “What Do I Do Now?” se apoiam em baladas típicas dos anos 70, com camadas orquestrais que aparecem também em faixas como o single mais recente, “The World’s Not Talking”, e na dramática “The Fall (Symphony of an Overdue Epiphany)” – a mais experimental do EP, que serve como continuação à letra de “Aftershock”. O primeiro single, “Take Your Time”, e “Change” exploram o lado mais perto do coração da estética da banda, na junção do new wave com o indie rock moderno.
Assista ao lyric video “The World’s Not Talking”: https://youtu.be/z7DeVBi66hs
Assista ao clipe “Take Your Time”: https://youtu.be/p-qiH6h1SFA
Transit in the Ryes já reflete um amadurecimento estético para um projeto recente, iniciado em 2018 a partir do desejo comum de gravar as próprias canções. Desde então, o grupo passou por várias reformulações que fizeram parte do processo de seu estabelecimento artístico. Mais recentemente, marcando essa nova fase, em 2021 foram lançados dois singles: “Bored Out Of My Mind” faz uma reflexão sobre os tempos pandêmicos e “2017” um mergulho nostálgico na adolescência, remetendo às épocas mais simples do período escolar. Agora, “After the Sun Collides” é a primeira parte de um ciclo que será contado em três atos, na forma de dois EPs e um álbum.
“Nessa primeira etapa, não se trata de uma narrativa na forma de um álbum conceitual estritamente dito, mas de uma temática em comum que explora o impacto imediato de uma perda significativa. Sentir qualquer coisa depois de um choque como o falecimento de alguém próximo parece impossível, seja isso um sentimento positivo como uma nova paixão ou em contrapartida, um amor em ruínas. Contudo, nós voltamos a sentir, e talvez estranhamente, é mais aliviante ainda saber que isso inclui a experiência de novas dores. O EP não pretende necessariamente contar uma história de superação de um grande luto, tão quanto documentar e encontrar o conforto na volta das pequenas dores e anseios do dia a dia. After the Sun Collides é dedicado ao nosso melhor amigo, Dudu”, entrega Henrik Karlholm (vocal, guitarra, sintetizadores, mixagem, masterização). Além dele, Transit in the Ryes conta com André Silveira (baixo), Santi Madeira (guitarra, piano, vocais) e Thomas Gomes (bateria e percussão).
A banda desponta no cenário do indie rock nacional com uma combinação de nostalgia e forte personalidade, da sonoridade às letras confessionais. Entre a familiaridade e a perspectiva única na abordagem dos temas e gêneros musicais, Transit in the Ryes se firma como uma potência do novo rock gaúcho e nacional.
Ficha técnica
Arte da capa por Isadora Klein
Mixagem e masterização por Henrik Karlholm
André Silveira: Baixo
Henrik Karlholm: Guitarra, sintetizadores, vocal principal (todas as músicas)
Santi Madeira: Guitarra, piano, vocal secundário, vocal principal (6)
Thomas Gomes: Bateria e percussão
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