“Ninguém” chega com um clipe performático e antecipa debut “Dilúvio/Deserto”
Um clima de rádio de fim de noite sendo ouvida por solitários é revisitado por “Ninguém”, single da banda mineira Dada Hotel. Olhando o isolamento da vida urbana com um viés que une indie, pós-punk, lo-fi e um olhar bem brasileiro, o power trio se prepara para lançar o disco de estreia “Dilúvio/Deserto”. Com um clipe estrelado pela bailarina e performer Sara Marchezini, a faixa está disponível em todas as plataformas de música digital.
“‘Ninguém’ é uma espécie de balada decadente, com um toque de psicodelia. A letra fala sobre a sensação de liberdade de se estar sozinho, mas, ao mesmo tempo, do gosto meio amargo disso e da necessidade que temos de ser vistos. No som, tentamos trazer um pouco de um pop radiofônico, mas ao mesmo tempo estranho, que remete a lugares perdidos como hotéis de beira de estrada, boates no centro da cidade vazia ou um rádio de pilha, tocando sozinho, em algum lugar do país”, conta Fabio Walter, vocalista e guitarrista da banda e que co-produziu a faixa.
Dada Hotel conta ainda com Marcus Soares (baixo) e Victor Piva Schiavon (bateria) e teve seu embrião na banda Paraná Avenue, onde parte das canções foram criadas. As múltiplas facetas da terra natal do novo grupo dá o tom do álbum e ficam expostas até em seu título. O projeto, previsto para setembro, foi antecipado pela luta contra os demônios internos do primeiro single, “In Sane Days”.
“Belo Horizonte é uma cidade que tem só duas estações, dilúvio e deserto. De cinco a sete meses sem chuva nenhuma, tempo seco, sol, rinite; e os outros meses de muita chuva. Comecei a pensar nisso como um conceito, como uma forma de expressão da própria cidade. Quase como se fosse o yin-yang dos belo-horizontinos. E dá para ir além, já que todo mundo passa por momentos de dilúvio e deserto na vida. Acho que o mesmo acontece com o disco. As músicas também seguem esse fluxo. De muito e pouco. De certa forma, tudo vai passar e vai ficar”, reflete Walter.
Com co-produção, mixagem e masterização de Fabrício Galvani (Estúdio Galvani), o disco foi finalizado com recursos da Lei Aldir Blanc do Governo do Estado de Minas Gerais e será lançado de forma digital e em vinil. “Ninguém” está disponível em todas as plataformas de streaming de música e no canal do YouTube da banda.
Assista ao clipe “Ninguém”: https://youtu.be/IIqfiP7WQcg
Ouça “Ninguém”: https://smarturl.it/
Assista ao clipe “In Sane Days”: https://youtu.be/PIREzH6P6lc
Ficha Técnica:
Produção: Fabrício Galvani e Fabio Walter
Mixagem e masterização: Fabrício Galvani
Bateria e baixo gravados no Estúdio Minotauro, por Vinikov de Morais e Daniel Saavedra
Composição: Fabio Walter
Guitarra, sintetizador e vocais: Fabio Walter
Baixo: Marcus Soares
Bateria: Victor Piva Schiavon
Direção e filmagem: Otávio Rangel
Atuação e performance: Sara Marchezini
Edição e finalização: Fabio Walter
Iluminação: Richard Zaira e Pedro Paulino (Cia Tecno)
Produção: Dada Hotel
Capa do single
Fotografia e cianotipia: Malu Teodoro
Design: Caio Lourenço
Letra:
Solidão arrasa
no meio da pista
os olhos cansados
a alma ferida
No passo da dor
na noite incolor
os demônios descem até o chão
E ninguém
te viu dançando
No céu estrelas
brilham em neon
um corpo sujo
inventa o som
E bocas caladas
Soando em coro
Olha só quem é que também vem
E ninguém
te viu dançando
Solidão arrasta
pro meio da rua
espíritos soltos
mendigos de vida
Cabelos ao vento
sapatos em chamas
hoje eu só quero me esquecer