Salve, salve minhas queridas capivaras.
Mais recente espetáculo da Lunática Companhia de Teatro, a comédia dramática “O Cego e o Louco”, volta à cena para temporada no Teatro PetraGold.
Com texto da poetisa, roteirista e dramaturga Claudia Barral, é a primeira incursão do grupo por um texto brasileiro.
A direção é de Gustavo Wabner e no elenco estão Alexandre Lino (“O Porteiro”) e Daniel Dias da Silva.
Dois irmãos vivem juntos uma vida reclusa: o mais velho é um pintor que não exerce mais a profissão desde que perdeu a visão, e o mais novo, um jovem frágil a quem coube a prematura responsabilidade de cuidar de si e do irmão deficiente visual. O cotidiano solitário dos irmãos sofre uma reviravolta com a chegada de uma nova vizinha, e um simples chá de boas vindas se transforma num thriller psicológico.
A peça vai ficar em cartaz no Teatro Petra Gold de 12 de Agosto a 2 de Setembro, sempre às quintas feiras, às 19h.
SINOPSE
Dois irmãos moram juntos e dividem há anos um cotidiano de reclusão. O mais velho, Nestor (Alexandre Lino), é um pintor que não exerce mais a profissão desde que perdeu a visão, e o mais novo, o frágil e taciturno Lázaro (Daniel Dias da Silva), a quem coube a prematura responsabilidade de cuidar de si e do irmão deficiente visual. Mas a tediosa rotina dos irmãos sofre uma reviravolta com a chegada da nova vizinha Lucia, a quem convidam para tomar chá. Enquanto esperam a visita, traumas do passado vêm à tona, embalados por delírios e culpas.
“A peça toca em temas universais, como os limites e barreiras que nos impomos durante a vida e que, muitas vezes, nos impedem de sermos felizes, de ir em busca do que acreditamos. O texto é extremamente poético, com momentos de riso e de reflexão, e uma reviravolta que provoca no espectador o desejo de ver a peça mais uma vez. (…) Apesar de ter apenas 16 páginas, a peça é extremamente rica e aborda a fronteira entre a loucura e a arte, uma questão que me instiga há muito tempo”, conta o ator e produtor Daniel Dias da Silva, que interpreta Lázaro.
“Para nós, essa volta tem um valor simbólico muito forte, de retomada, a Cultura como um bálsamo necessário e uma esperança de novos dias. São apenas 40 lugares na plateia por sessão, mas com transmissão ao vivo, simultaneamente. O espectador pode comprar um ingresso e optar por assistir ao espetáculo em casa, com a família. Não é maravilhoso?”, completa o diretor, Gustavo Wabner.
Alexandre Lino, que interpreta Nestor, revive e expande uma experiência iniciada na peça “Asilo Paraíso”, em que também deu vida a um deficiente visual, somada ao trabalho de diretor da peça “Volúpia da cegueira”, que contava com atores cegos no elenco.
SERVIÇO
“O Cego e o Louco”
REESTREIA: dia 12 de agosto (5ªf), às 19h
APRESENTAÇÕES: DIAS 12, 19 e 26 de Agosto e dia 2 de Setembro
Teatro PetraGold – Rua Conde de Bernadote, 26, Leblon Tel: 21 2529-7700
. apresentações em transmissão ao vivo e presenciais (com plateia)
HORÁRIOS: sempre às quintas feiras, às 19h
INGRESSOS PARA TRANSMISSÃO AO VIVO E ON-LINE: a partir de R$20,00
INGRESSOS PARA PLATEIA PRESENCIAL: R$50 E R$25 (meia)
– o espetáculo com plateia presencial segue as normas de segurança sanitária para a covid-19 e recebe 40 espectadores por sessão (10% da capacidade da sala)
ONDE COMPRAR E ASSISTIR: https://www.sympla.com.br/produtor/TeatroPetraGoldONLINE ou na bilheteria com até 1h de antecedência para plateia presencial
DURAÇÃO: 60 minutos / CLASS. INDICATIVA: 12 anos / GÊNERO: comédia dramática / TEMPORADA: até 02 de setembro
A CRÍTICA
“Na fronteira artaudiana da dubiedade do ser e do não ser de personagens sustentados entre a arte e a loucura, a artesanal conduta diretora de Gustavo Wabner sabe, enfim, como manter aceso o suspense de um jogo teatral vivo a caminho do inesperado.”
(Wagner Corrêa de Araújo, crítico)
“Lino e Dani são dois dos melhores atores de sua geração. Aqui, os talentos se juntam, numa química perfeita, num equilíbrio de forças, as quais se unem e nunca se opõem. (…) Ao lado de um precioso e bem escrito texto, temos uma sensível direção, dois esplêndidos atores em cena, uma ambientação, reunindo cenografia e iluminação impecáveis, assim como uma formidável trilha sonora.” (Gilberto Bartholo, crítico)
FICHA TÉCNICA
Texto: Claudia Barral
Direção: Gustavo Wabner
Elenco: Alexandre Lino e Daniel Dias da Silva
Figurino: Victor Guedes
Cenografia: Sergio Marimba
Iluminação: Mantovaniluz
Trilha Sonora: Tibor Fittel
Direção de Movimento / Coreografia: Sueli Guerra
Direção de palco: Renato Rodolfo
Estagiária de Direção: Juliana Thiré
Design Gráfico: Gamba Jr.
Produção Executiva: Bruno Jahu
Assessoria de Imprensa: Bernadete Duarte
Direção de Produção: Daniel Dias da Silva
Realização: Territórios Produções Artísticas e Lunática Companhia de Teatro
Assessoria de Imprensa do Teatro PetraGold: JSPontes Comunicação
CLAUDIA BARRAL – autora
Nascida em Salvador e radicada em São Paulo, Claudia é poetisa, roteirista e dramaturga. Formada em Interpretação Teatral pela Universidade Federal da Bahia, com estágio de aperfeiçoamento na Academia Russa de Arte de Moscou e formação em Roteiro pela Academia Internacional de Cinema. Na sua produção em dramaturgia destacam-se “O cego e o louco” (Prêmio Copene 2000, com versão roteirizada para a TV Cultura em 2007). Por “Cordel do Amor sem Fim”, recebeu o prêmio Funarte 2004 e foi indicada ao prêmio de Melhor Texto na Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis em 2013). “Hotel Jasmim”, que em 2013 recebeu o Prêmio Heleny Guariba de Dramaturgia Feminina, foi encenado sob direção de Denise Weinberg e inspirou o curta de mesmo nome.
GUSTAVO WABNER – diretor
Gustavo Wabner é ator, diretor e produtor teatral. Dirigiu recentemente as montagens de “Sylvia”, de A.R. Gurney, “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, “O Cego e o Louco” de Claudia Barral. Codirigiu com Sergio Módena “Os Vilões de Shakespeare” (de Steven Berkoff), “Uma Revista do Ano – politicamente incorretos” (de Ana Velloso), “Paletó de Lamê” e “Mulheres do Brasil”. Também trabalhou como diretor assistente ao lado de Naum Alves de Souza, Gabriel Vilella, Pedro Paulo Rangel, Pedro Brício, Guilherme Leme e Deborah Colker.
Como ator, dividiu o palco com Marco Nanini na peça “Um Circo de Rins e Fígados”, direção de Gerald Thomas; atuou em “Cine-Teatro Limite”, com direção de Pedro Brício e Sergio Módena; “Medida por Medida”, de William Shakespeare e direção Gilberto Gawronski; “O Doente Imaginário”, de Molière e direção de Jacqueline Laurence; “A Revista do Ano” e “Bossa Novinha” (de Ana Velloso); “Como me Tornei Estúpido”, de Martin Page; no premiado “A Arte da Comédia” e “Estes Fantasmas!” (ambos de Eduardo De Filippo), todos com direção de Sergio Módena. Em 2018, fez parte do elenco de “O Princípio de Arquimedes”, de Josep Maria Miró e direção de Daniel Dias da Silva.
TERRITÓRIO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E LUNÁTICA COMPANHIA DE TEATRO
De 2012 a 2014, a Território Produções Artísticas, fundada por Daniel Dias da Silva e Gustavo Falcão, apresentou “O Matador”, seu primeiro projeto solo em parceria com a Lunática Companhia de Teatro. Texto do premiado autor venezuelano Rodolfo Santana com direção de Herson Capri e Susana Garcia, o espetáculo foi selecionado no Edital Cultural Eletrobrás e patrocinado pela CHESF. Com Gustavo Falcão e Daniel Dias da Silva no elenco, a peça estreou em Recife, fez temporadas em Fortaleza e no Rio de Janeiro. Foi considerado pela revista Veja Rio um dos melhores espetáculos da temporada, e participou da FITA 2014 – Festa Internacional do Teatro de Angra dos Reis, onde foi indicado ao Prêmio de Melhor Cenografia e Prêmio Especial do Júri pela Direção de Movimento assinado por Sueli Guerra.
Na sequência, a produtora montou o segundo trabalho em parceria com a Lunática Companhia de Teatro – “Esse Vazio”, com texto do argentino Juan Pablo Gómez e direção de Sergio Módena. A peça, com Gustavo Falcão, Daniel Dias da Silva e Sávio Moll, cumpriu temporadas no Rio e participou do Circuito SESC (Rio). A produtora e a cia também apresentaram “O Princípio de Arquimedes”, pelo qual a atriz Helena Varvaki foi indicada ao Prêmio Botequim Cultural de Melhor Atriz (categoria Drama/Comédia). No elenco, além de Helena, estavam Cirillo Luna, Gustavo Wabner e Sávio Moll. A tradução e direção foram de Daniel Dias da Silva.