Salve, salve minhas lindas capivaras.
Olha o decreto da capivara chegando com as dicas de lazer do paladino da boemia para o seu fim de semana.
Só quem vai ficar em casa é a geladeira.
A banda Pietá fará quatro apresentações nos dias 29 e 30 de novembro e 01 e 02 de dezembro, quinta a domingo, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, com quatro ilustres convidados confirmados a fim de tornar cada show único. Caio Prado (29 de novembro), Doralyce (30 de novembro), Lívia Nestrovski (1º de dezembro) e Duda Brack (2 de dezembro) abrilhantarão a temporada.
“Vamos fazer girar a roda do Teatro de Arena da Caixa apresentando um repertório novo e recebendo participações especialíssimas da nova cena, jovem e necessária. Serão quatro noites em que faremos de tudo pra despertar consciência e beleza nos corações de quem vier”, defende a cantora potiguar Juliana Linhares, que forma o badalado trio com os músicos cariocas Frederico Demarca e Rafael Lorga.
No roteiro dos shows, novos singles: “Virará” e “Jabaculê”. O primeiro revela uma forte transformação na sonoridade da banda e versa sobre a cidade que nos acolhe e nos distorce, mote do próximo álbum da Pietá. A madeira do cajón foi estalando à medida que se tornou necessário tocar mais alto nas ruas. As cordas do violão viraram aço porque foi preciso. A voz se empoderou do ser urbano, deslocando o canto, antes de tintas regionais, para uma leitura pop e cosmopolita da canção.
Seguindo esse fio condutor, o segundo single, “Jabaculê”, traz uma letra que brinca com sinônimos da onipresente palavra “propina”, como lambugem e xixica, prática marcadamente popular, tão combatida quanto consagrada pelo que se convencionou como “jeitinho brasileiro”. A música também traz o trecho de um texto da dramaturga escocesa Jo Clifford, autora da polêmica peça teatral “O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu”, na qual o personagem de Cristo é interpretado pela atriz e mulher trans Renata Carvalho.
Assim como o disco de estreia – “Leve o que quiser” (2015) -, a gravação da próxima bolacha está sendo realizada via financiamento coletivo, com produção musical de Jr. Tostoi e o reforço dos músicos Ivo Senra (synth) e Elisio Freitas (guitarras). O repertório dos shows inclui, ainda, as músicas mais badaladas desse primeiro álbum, como “A vingança de cunhã”, “Funk vermelho” e a faixa-título, todas de autoria dos três.
“Desde que a banda surgiu, em 2012, acumulamos experiências intensas na cidade. Não se pode passar ileso por tanta vida. O segundo álbum que vamos lançar no início do ano carrega muitas inquietações e alguns sonhos que vamos começar a cantar nestes shows, com o auxílio potente dos nossos quatro convidados”, adianta Rafael.
Com esta temporada, a banda começa a estabelecer sua nova fase, mostrando e testando ao vivo a sonoridade e as canções inéditas, lapidadas pela contemporaneidade, que integrarão o próximo trabalho de estúdio.
Serviço:
Horário: de quinta a sábado, às 19h; domingo às 18h
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Av. Almirante Barroso, nº 25, Centro
Valor do Ingresso: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia
Nesse fim de semana tem a edição 2018 da FliSamba – Festa Literária do Samba e Resistência Cultural, no Renascença Clube.
O primeiro e mais tradicional evento literário do gênero no Brasil montou para 2018 uma fantástica programação.
– Homenagens especiais a ícones do samba, da MPB e da resistência cultural negra;
– Exposições, cinema, palestras, interação direta com ícones da literatura e das artes;
– Muita música com incríveis releituras do samba e da MPB;
– Gastronomia de primeira;
– Lazer para adultos e crianças
Olha só a programação do evento:
Sexta, 30 de novembro de 2018
18:00 – Abertura com a participação de DJ Bieta
18:30 – Exposições: “Personalidades do Samba: de Tia Ciata a Martinho da Vila” (desenhista Mike) e “As Artes de Sérgio Vidal”
19:00 – Palestra da historiadora Lili Rose – “História do samba”
20:00 – RenaCine (cinema negro) – “1976-1982 Partido Alto” – Documentário de Leon Hirszman.
20:30 – 22:00 – Grupo Soul Guanabara, e em seguida a homenagem a Almir Guineto, com a participação de familiares do sambista.
Sábado, 1 de dezembro de 2018
10:00 – 12:30 – FliSambinha – Literatura infanto-juvenil
10:00 – Atividades recreativas
10:00 – 22:00 – Feira Literária
11:00 – Roda de conversa com Sonia Rosa, autora do livro “Quando a Escrava Esperança Garcia escreveu uma Carta Zum Zum Zumbi”
11:30 – Roda de conversa “Ninguém é igual a ninguém” com a escritora e educadora Clarissa Lima
12:00 – “Histórias de Veralinda” com Veralinda Menezes, autora do livro “Princesa Violeta” com uma heroína meta-humana negra
13:00 – 15:00 – Festival de ensopados: carne seca com abóbora, frango com quiabo, frango ao molho pardo e costela com aipim
13:00 – 14:30 – Djs Nenném e Bieta
14:30 – Relançamento do Livro “Água de Barrela”, de Eliana Alves da Cruz
15:00 – Lançamento do Livro “Música e Letramento”, de Carlos Carvalho
15:30 – Relançamento do livro “Samba de Griot”, de Macedo Griot
16:00 – Roda de conversa com a escritora cubana Teresa Cárdenas, autora de romances juvenis, que fará uma leitura de fragmentos
17:00 – Roda de Jongo, com o Jongo da Serrinha, seguido de homenagem a Tia Maria do Jongo
18:00 – Lançamento do livro “Carolina, uma biografia”, de Tom Farias
18:30 – 20:00 – Roda de samba – Terreiro de Crioulo
20:00 – Lançamento do livro “Áurea Martins – A invisibilidade visível”, de Lúcia Neves
20:30 – 22:00 – Roda de samba – Terreiro de Crioulo, seguindo de homenagem a Áurea Martins
Domingo, 2 de dezembro de 2018
10:00 – 12:30 – FliSambinha – Literatura infanto-juvenil
10:00 – Atividades Recreativas
10:00 – 22:00 – Feira Literária
11:00 – Workshop “Todos sabem desenhar” com o artista plástico Sérgio Vidal
12:00 – Lançamento do livro “Lendas e Deuses da África”, de Maurício Pestana
13:00 – 15:00 – Feijoada
13:00 – 14:30 – Djs Bieta e Nenném
14:30 – Roda de poesia com poetas e escritores convidados
15:00 – Relançamento do Livro “Cor da demanda”, de Éle Semog
16:00 – Roda de conversa – “Cultura e resistência- A história social do samba”, com historiadores renomados
17:30 – Roda de poesia – “Desakato Lírico”, com os poetas Ele Semog, Cizinho Afreeka e Lia Vieira
18:00 – Apresentação do cantor, compositor e escritor Altay Veloso
18:30 – 20:00 – Roda de samba – Arruda
19:00 – Homenagem a Monarco
20:00 – Lançamento do livro “Martinho da Vila, reflexos no espelho”, de Helena Theodoro
20:15 – 20:45 – Grupo Soul Guanabara com releituras de clássicos do samba e MPB
20:45 – 22:00 – Roda de samba – Arruda
Importante:
– A Flisamba tem entrada gratuita na sexta-feira
– No Sábado e no domingo a entrada é franca até as 12 horas.
– Após às 12 horas, o ingresso custa 10 Reais.
– O preço da mesa é de 20 Reais, somente em dinheiro.
– Para quem quiser participar do Festival de Ensopados no sábado, o preço é de 25 Reais.
– Para quem quiser participar da Feijoada no domingo, o preço também é de 25 Reais
O Renascença Clube fica na rua Barão de São Francisco, 54 – Andarai, Rio de Janeiro – RJ
A mostra África(s). Cinema e memória em construção é uma homenagem ao cinema criado no contexto de independência e revolução dos países africanos. Com curadoria da pesquisadora e professora Lúcia Ramos Monteiro, a programação conta com 42 filmes de diversos países e épocas, entre curtas, médias e longas-metragens. Também serão realizadas sessões acompanhadas de debates com cineastas e especialistas.
O projeto será realizado justamente no mês da independência de Angola, conquistada em 11 de novembro de 1975. Dentre os títulos da programação, vários deles são ligados à data, como Monangambée (1968), de Sarah Maldoror, restaurado recentemente. África(s). Cinema e memória em construção também traz à capital fluminense alguns filmes de Santiago Álvarez, figura central do cinema revolucionário cubano, que dedicou a Angola e Moçambique documentários realizados logo após as independências: O milagre da terra morena (1975), Maputo, meridiano novo (1976) e Nova sinfonia (1982).
Da produção africana mais recente, um dos destaques é o filme Na cidade vazia (2004), de Maria João Ganga. Foi o segundo filme feito em Angola depois da independência e o primeiro feito por uma mulher no país. Há também o premiado A república dos meninos (2012), de Flora Gomes, um dos mais importantes cineastas da Guiné-Bissau junto a Sana Na N’Hada, que tem dois longas na mostra: Xime (1994) e Kadjike (2013) – além de ser um colaborador-chave nas obras da multiartista portuguesa Filipa César, que faz um impressionante trabalho de arquivo em Transmissão das zonas libertadas (2016) e Spell Reel (2017).
A maioria dos filmes nunca foi vista no Rio de Janeiro e mesmo no Brasil. Títulos como os de Maldoror e de Álvarez, assim como os de Raquel Schefer (que vem trabalhando a memória colonial a partir de arquivos familiares) e de Mathieu Kleyebe Abonnenc (que também se dedica ao imaginário colonial e pós-colonial), só foram projetados na mostra África(s) de 2016. Outras atrações foram exibidas em ocasiões muito raras, como 25 (1975), de Zé Celso Martinez Corrêa e Celso Luccas, em cartaz na primeira edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 1977.
Diversos filmes em cartaz retratam a contribuição das mulheres nas lutas de independência. É o caso do documentário Mulheres da guerra (1984), da cineasta holandesa Ike Bertels, e de Yvone Kane (2014), de Margarida Cardoso. O longa de ficção Yvone Kane retrata a busca por uma importante guerrilheira africana, e tem Irene Ravache como uma das protagonistas. Margarida Cardoso é também realizadora do premiado documentário Kuxa Kanema. O nascimento do cinema (2003), que narra a história da fundação do cinema moçambicano através dos cinejornais Kuxa Kanema.
A cineasta Sarah Maldoror, que nasceu na ilha caribenha de Guadalupe, estudou em Moscou e foi fundadora do cinema de Angola, estará representada por três de seus filmes, o já citado Monangambée, e os documentários realizados para a televisão Fogo, uma ilha em chamas (1979) e Em Bissau, o carnaval (1980). Sua obra é caracterizada por um caráter combativo, e por isso tem um famoso histórico de censuras. Um de seus filmes foi queimado e as fotografias que restaram são a base de Prefácio a Fuzis para Banta (2011), de Mathieu Abonnenc, também em cartaz na mostra.
Na programação paralela, estão confirmadas as presenças de Jocelyne Rouch, presidenta da Fundação Rouch, que preserva e difunde o legado do cineasta francês Jean Rouch, que participou de um grande projeto cinematográfico idealizado durante os primeiros passos de Moçambique independente; Murilo Salles, que filmou em Moçambique nos anos 1970; Celso Luccas que, junto a Zé Celso, codirigiu, durante o exílio do Teatro Oficina, aquele que é talvez o primeiro longa-metragem moçambicano, 25; e dos pesquisadores Alexsandro de Sousa e Silva (Universidade de São Paulo) e Jusciele Oliveira (Universidade do Algarve), especialistas no cinema Guiné-Bissau, Alex Santana França (Universidade Federal da Bahia), que se dedica à obra de Licínio Azevedo, e Juliano Gomes (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Segue a programação para esse fim de semana
29 de novembro (quinta-feira)
16h – Travessia (2017), de Safira Moreira, Brasil, 4 min, Blu-ray, Livre; Avó (Muidumbe) (2009), de Raquel Schefer, Portugal/ França, 11 min, Blu-ray, Livre; Mueda, memória e massacre (1979-1980), de Ruy Guerra, Moçambique, 80 min, DVD, 14 anos
18h – Os comprometidos (1983), de Ike Bertels, Holanda, 51 min, DVD, Livre; Estas são as armas (1978), de Murilo Salles, Moçambique, 60 min, Blu-ray, 16 anos. Sessão seguida de debate com o cineasta Murilo Salles e com a curadora Lúcia Ramos Monteiro
30 de novembro (sexta-feira)
16h – Kadjike (2013), de Sana Na N’Hada, Guiné-Bissau/ Portugal, 115 min, DVD, 12 anos
18h30 – A minha fala (2002), de Flora Gomes, Guiné-Bissau/ Portugal/ França/ Luxemburgo, 85 min, DVD, 12 anos. Sessão comentada pela curadora Lúcia Ramos Monteiro e pela pesquisadora Jusciele Oliveira
1º de dezembro (sábado)
16h – Mc Soffia (2015), de Renata Martins, Brasil, 5 min, Blu-ray, Livre; A república dos meninos (2012), de Flora Gomes, Portugal/ França/ Guiné-Bissau/Bélgica/ Alemanha, 78 min, Blu-ray, 14 anos
18h – Nshajo (O jogo) (2010), de Raquel Schefer, Portugal, 8 min, Blu-ray, Livre; Tudo bem, tudo bem, vamos continuar (2013), de Mathieu Kleyebe Abonnenc, Portugal/ França, 31 min, Blu-ray, Livre; Makwayela (1977), de Jean Rouch, Moçambique/ França, 19 min, DVD, Livre. Sessão seguida de debate com Jocelyne Rouch, presidenta da Fundação Rouch, com a pesquisadora Jusciele Oliveira e com a curadora Lúcia Ramos Monteiro
2 de dezembro (domingo)
16h – Monangambée (1968), de Sarah Maldoror, Angola/ França, 15 min, Blu-ray, 14 anos; Fogo, uma ilha em chamas (1979), de Sarah Maldoror, Cabo Verde, 34 min, Blu-ray, Livre; Prefácio a Fuzis para Banta (2011), de Mathieu Kleyebe Abonnenc, França, 25 min. Blu-ray, Livre; Kbela (2015), de Yasmin Thayná, Brasil, 22’, Blu-ray, 12 anos
18h – Quilombo das Brotas (2017), de Renata Martins, Brasil, 8 min, Blu-ray, Livre; Monga, retrato de café (2017), de Everlane Moraes, Cuba, 13 min, Blu-ray, Livre; Na dobra da capulana (2014), de Isabel Noronha e Camilo de Sousa, Moçambique, 30 min, DVD, Livre; Mulheres da guerra (1984), de Ike Bertels, Holanda, 50 min, DVD, Livre
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Av. Almirante Barroso, nº 25, Centro
Valor do Ingresso: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia
Pessoal, eu vou ficando por aqui.
Até o próximo Decreto da Capivara.
Se tiver alguma sugestão, reclamação, observação, recado ou apenas quer me convidar para um chopinho, fique à vontade para usar a caixa de comentários no fim da página.
Um beijão do Paladino da Boemia
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