Fábio Araújo 
DICAS EMPREENDEDORAS
Conveniência e Conforto
Na coluna anterior falamos de atendimento, da importância de excelentes experiências dos clientes e que preço não é tudo, com a concorrência acirrada e o preço não falando mais alto, temos que avaliar que práticas adotaremos e o que vemos no mercado, se olharmos para trás talvez em poucas décadas a revolução no atendimento e em conveniência foi grande, me lembro de irmos a restaurantes e tínhamos de praxe o garçom vestido de preto e branco e gravata borboleta, mesa, cadeira e só, o que temos hoje?
Mudanças de cultura, temos redes de restaurantes que o atendente se agacha para falar na altura que você está sentado, por que será? Locais destinados a você consumir enquanto espera sua mesa, atendentes que sabem sua preferência de mesa, tipo de prato e bebida, temos manobrista, espaço kids, área reservada para reuniões, entre outros, isso gera conveniência, já pensou em oferecer algo que traga conforto ao seu cliente, se pensou faça!
Tudo que ele menos se importará será o preço, claro se o mesmo for honesto com o que você oferece. Conheço lojas que levam aos seus clientes coleções de roupa para o mesmo experimentar em sua casa com calma, isso não só é conveniência mas uma estratégia de vendas sensacional.
Supermercado com checkout sem colaborador, o cliente passa o produto e paga sozinho, funciona? Claro, não vou entrar no mérito honestidade no Brasil, pois não cabe a coluna, mas são avanços sensacionais de conveniência e conforto, por que do nome “CONVENIÊNCIA” ser atrelado em lojas nos postos de gasolina e ser uma estratégia de Marketing impressionante de uma distribuidora de combustíveis, ora se você vai ao posto X, abastece, compra jornal, bebida, comida, retira dinheiro, toma café e lancha, acho que você faz muita coisa em um único lugar, isso é conveniência.
O que você pode oferecer de conveniência ao seu cliente em seu negócio? As experiências de conveniência são inúmeras, as livrarias que a todo momento estão em “cheque” como a bola da vez para acabar criaram nas últimas décadas mega stores de conveniência, com área kids, cafeteria, espaço de entretenimento, gadgets disponíveis para uso e testes, encontros culturais, pessoas passam tardes sentadas em sofás confortáveis lendo livros sem custo, opa!
Mas sem custo como o assim? Não existe almoço grátis, tenha certeza que a grande maioria destes consumidores que passam tardes por lá, consomem e gastam. A conveniência chegou pela internet, hoje algumas redes americanas têm pontos de retirada em locais físicos que não necessariamente é a própria loja da rede, pois nem sempre você está em casa para receber uma encomenda e pode direcionar para um local mais próximo de seu trabalho.
Uma rede de supermercado do RJ e SP está envolvendo clientes com programas de fidelização atrelados a conveniência, eu sou um que virei cliente assíduo, nela você soma pontos do que você compra, troca por produtos na mesma rede, você marca hora no caixa e basta se dirigir no horário programado que não tem ninguém na sua frente e quanto mais você compra, mais descontos são oferecidos.
No Brasil culturalmente gostamos de ter algum tipo de vantagem, se for no bom sentido é valido, um exemplo honesto disso é uma rede de padarias de alto nível em São Paulo que você toma o Suco e o atendente já está preparado para lhe dar aquele chorinho do suco, ou seja, você é agraciado com mais, sem mesmo pedir, isso é um mimo para o cliente, ele sente que levou algum benefício.
Uma cultura de vendas dos americanos são os cupons de desconto, mas será que só eles gostam de desconto? Claro que não, falta cultura neste sentido em nossas vendas, oferecer um cupom de desconto para a próxima compra é um mimo e tanto que aos poucos está pegando por aqui com força.
A dica é… Dá uma parada para rever seu negócio ou estratégia de negócio e defina o que você pode fazer de conveniência para seu cliente, diferente do seu concorrente e que vai atrair likes e mais likes no seu negócio, pense um pouquinho mude algo, experimente!
Por Alexandre Serrão
Alexandre Serrão é formado em Ciências da Computação, Consultor de pequenas empresas e varejo, empreende há mais de 15 anos.
