INOVA-UFRJ e Parque Tecnológico levam ao Rio Innovation Week estande de tecnologias com
foguete, satélite, avião e órgãos humanos quase reais
Público poderá interagir com as invenções e participar de apresentações de alunos e professores da Universidade
A INOVA-UFRJ, núcleo de inovação tecnológica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está levando para o Rio Innovation Week, que acontece de 13 a 16 de agosto no Píer Mauá, um estande de tecnologias da UFRJ em parceria com o Parque Tecnológico. Na exposição, que ficará no espaço Kobra, haverá foguete, satélite, avião, recursos inéditos de tecnologia assistiva, órgãos do corpo humano plastinados (já pensou poder tocar num coração e ter a sensação de que é real?), entre outras invenções. Os alunos autores de cada projeto farão também rápidas apresentações para o público do que consiste o trabalho e de como ele pode ser revolucionário, além de oficinas interativas com a participação de professores e estudantes da Universidade. A Coppe, da UFRJ, também estará presente com tecnologias inovadoras.
O foguete faz parte da equipe da Minerva Rockets, que desenvolve veículos lançadores para o transporte de nanossatélites. É um produto de altíssimo nível tecnológico. O objetivo do projeto é formar profissionalmente os alunos para o desenvolvimento, o projeto, a fabricação e a operacionalização de foguetes de sondagem. A ideia é alcançar o espaço, criar cursos de graduação e pós-graduação em engenharia aeroespacial e trazer investimento para a cidade e o estado do Rio de Janeiro em tecnologias espaciais.
Os CubeSats também são satélites, mas miniaturizados e projetados para operar em órbita baixa da Terra. Embora pequenos, são extremamente eficientes na coleta, no armazenamento e na transmissão de dados por meio de sensoriamento remoto. Com formato cúbico e dimensões padronizadas em unidades de 1U, 2U, 3U e 6U (em que cada unidade equivale a um volume de 10x10x10 cm³), os CubeSats têm democratizado o acesso ao espaço devido ao seu baixo custo de desenvolvimento, construção e lançamento, em comparação aos satélites tradicionais.
O avião, batizado de Mestre Jonas, é um projeto da Minerva Aerodesign. É um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) construído pelos alunos da equipe de competição com materiais específicos, como madeira balsa e fibra de carbono. Apesar da leveza estrutural, para a competição, a aeronave foi projetada com o objetivo de carregar a maior carga possível em seu compartimento interno, já tendo voado com mais de 5 quilos.
Outro trabalho presente no estande da INOVA é o de produtos e outros dispositivos criados digitalmente para a inclusão de pessoas com deficiência. São soluções de baixo custo e centradas nos usuários com uso de Tecnologia Assistiva. Durante os dias da feira, os estudantes levarão uma impressora aberta (Ender V3) e dispositivos diversos fabricados pelo projeto. Alguns dispositivos serão produzidos na hora. O projeto se chama “Fabricando Independência e Autonomia – Uso da Fabricação Digital no Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas para Pessoas com Deficiência” (Fab.T.A.).
Já o Museu de Anatomia “Por dentro do Corpo”, com a exposição de peças plastinadas, pretende esclarecer dúvidas como: qual a forma do coração humano? Qual o tamanho do cérebro? Qual a textura de um pulmão de verdade? No estande da UFRJ, o público poderá ver e tocar em órgãos humanos reais através da tecnologia da Plastinação, uma técnica de conservação de material biológico implantada na UFRJ pela professora Suzanne Queiroz de forma pioneira no Brasil. As peças anatômicas plastinadas são produzidas na Unidade de Plastinação do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-UFRJ). As principais vantagens da plastinação são: alta fidelidade à forma e à estrutura original da peça, ausência de toxicidade e de odores alergênicos, seco ao toque, baixa susceptibilidade a infestações fúngicas, fácil manuseio e armazenamento.
Outra inovação que será apresentada no Rio Innovation Week é o Contato-01, um instrumento musical eletrônico feito para ser dançado. Funciona assim: sensores inerciais serão vestidos no corpo dos bailarinos e a conversão da informação será obtida em tempo real. Com isso, é gerada uma resposta sonora configurável para determinados movimentos. Além das aplicações artísticas, o equipamento pode ser usado com finalidades didáticas, terapêuticas, como ferramenta de acessibilidade e de treinamento.