Fligê 2024 promoveu cinco dias de efervescência cultural em Mucugê
A sétima edição da Feira Literária de Mucigê (Fligê) reuniu 15 mil pessoas
e trará impacto econômico de até R$ 20 milhões para a região da Chapada Diamantina
Mucugê foi palco, mais uma vez, de uma Feira Literária que movimenta cada canto da cidade inspiradora e acolhedora localizada na Chapada Diamantina. Com tema Memórias e Trilhas das Letras Diamantinas, a sétima edição da Feira Literária de Mucugê 2024 (Fligê) aconteceu entre os dias 24 e 28 de julho, na cidade de Mucugê e na Vila de Igatu, na Bahia. Com uma extensa programação que ocupou variados espaços da pequena cidade, o evento homenageou o escritor baiano Itamar Vieira Junior que, além de palestra e participação em mesa, teve disposição para atender durante quase três horas leitores que fizeram fila em busca de autógrafos.
Fila também no estande da Assembleia Legislativa. Por inciativa do programa Alba Cultural foram distribuídos quase 4 mil livros. Estudantes puderam levar para casa as publicações Lavras Diamantinas, recém-lançada por Marcelino Jose das Neves, Mucugê por Mucugê, de Rebeca Serra e Maria Dusá, de Lindolfo Rocha. A literatura produzida na Chapada Diamantina e por seus territórios e imaginários foi o fio condutor das conversas e mesas literárias da Fligê 2024. Da prosa à poesia, a feira explorou o rico acervo literário da produção baiana e mineira desde obras regionais até reflexões contemporâneas. “A Fligê é um evento literário que impacta neste fluxo de conhecimento da literatura no campo nacional, porque é tratada também como um politica de incentivo à leitura, à produção literária e formação do público leitor integrando diferentes públicos”.
Além das mesas literárias, debates, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, espaços destinados ao público infantil (Fligezinha), adolescentes (Fligê +), espetáculos, shows musicais, exposições de artes visuais integraram a programação. Os encontros promovidos pela cuidadosa curadoria de Ester Figueiredo foram o ponto alto da programação. Da interseção entre palavras e música, a conversa literária entre Itamar Vieira Júnior e o compositor e músico Rubel lotou a Praça dos Garimpeiros. “Eu fui vendo a Fligê crescendo ao longo do tempo. Eu fico impressionado como uma cidade pequena como Mucugê consegue mobilizar tantas pessoas, de várias outras cidade. Isso mobiliza a economia, desloca as pessoas para cá, para conhecer mais a Chamada”, elogia Itamar Vieira Junior.
A conversa literária entre Larissa Luz e sua mãe foi outro momento ímpar da Fligê 2024, que teve também o encontro musical de Mariene de Castro e Roberto Mende com o show Maria da Canção. O evento teve ainda shows gratuitos da Banda Filhos de Jorge, Larissa Luz e de Luna Vitrolira, com “Aquenda – O amor às vezes é isso”.
Programação multilinguagens
As atividades culturais que acontecem na Fligê – todas gratuitas – vão muito além da literatura, abarcam também o campo musical, artes cênicas e visuais. A programação multilinguagens foi pensada para público de todas as idades. Na Fligêzinha, as crianças tiveram espaço para ampliar a imaginação e o acesso aos livros e à leitura, com apresentações de espetáculos e muita contação de histórias. O espaço da Fligê+ foi dedicado ao público jovem. Estudantes de escolas municipais e estaduais da região apresentaram resultados de trabalhos pedagógicos com o tema da Fligê realizados durante todo ano letivo. “A Fligê é um evento literário que impacta neste fluxo de conhecimento da literatura no campo nacional, é tratada como uma política do livro e da literatura com formação do público leitor, integrando diferentes públicos, crianças, jovens, pessoas idosas”, destaca a curadora.
A Tenda Literária, que abrigou 12 editoras baianas, foi outra novidade que agradou o mercado literário ao reafirmar o compromisso da Fligê com a promoção da literatura, a valorização de autores nacionais e regionais e o incentivo à cadeia do livro. “Este espaço foi maravilho. Além da programação própria, ficamos nesta edição em um local mais amplo, seguro e com o diferencial de acesso à internet, o que facilitou muito as vendas através de PIX e cartão de crédito”, avaliou Rita Virginia Argolo, vice-presidente da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU).
O impacto econômico imediato da Fligê é de R$ 5 milhões de reais. A longo prazo, a estimativa é que o movimento dos escritores e de amantes da leitura na região pode injetar até R$ 20 milhões na economia local, contando os ganhos que a visibilidade do evento trazem para o município. “A Fligê hoje já tem uma projeção nacional que começa a despertar interesse de visitantes de outros países”, comemora Ester Figueiredo.
O turista italiano Raffaele Mascetra, 56 anos, que está viajando vários países com o objetivo de volta ao mundo, já estevem em viagens na Ásia, América do Sul e aportou na Chapada Diamantina. Ficou sabendo da Fligê por indicação de amigos. “Fico emocionado de ver tanta diversidade cultural aqui e toda história da ancestralidade local que é contada com muita força. Fiquei muito contente de ver a potência da literatura das mulheres na literatura. Estou muito feliz de estar aqui. Me senti em casa”, falou com encantamento pela acolhida.
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A Feira Literária de Mucugê 2014 possui patrocínio do Governo do Estado da Bahia e do Ministério da Cultura através de emendas parlamentares. Para acessar a Programação Completa da Feira Literária de Mucugê 2024, visite o nosso site.
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