O sofrimento de um corpo feminino marcado pelo encontro com a morte
Em tom confessional, artista plástica Paula Klien leva a potência da sua arte para a literatura e apaga a fronteira entre a vida e a ficção
Dispa-se de julgamentos, de conceitos, de valores pré-concebidos, de expectativas. A leitura de Todas as minhas mortes assim pede. Brilhante e original como já conhecida no mundo artístico, Paula Klien transforma a dor em arte e poesia para abordar os momentos que nos ultrapassam em vida.
Surpreendente desde a primeira linha, este romance emerge na história da ainda menina Laví, nome que presta homenagem à vida – la vie, em francês. Primeiro ato, a autora descreve de forma meticulosa o encontro da personagem, então aos cinco anos, com o gozo sexual. O leitor poderá ficar atônito, excitado, confuso, mas certamente instigado a devorar as páginas seguintes.
Da menina curiosa, a história se sucede com uma Laví já adolescente a experimentar sua primeira relação sexual. Novamente, e de forma irretocável, a autora apresenta uma cena tal qual um filme em que tudo se vê, e se sente. O cerne da obra, no entanto, reside em algo muito maior: nas experiências de uma mulher em todas as perdas que enfrenta e ressignificam a própria vida.
Por meio de analogias, metáforas e simbologias, você adentrará em profundas raízes da psique humana – e o gavetoeiro, uma espécie de árvore de gavetas imaginárias onde Laví guarda memórias e só as tira de lá quando bem quer. Liberdade, maternidade, prazer, amor, autopunição, feminilidade, morte e luto se entrelaçam nessa narrativa visceral que também reavalia estruturas e imposições sociais.
⚠️ Alerta de gatilho: aborto, morte infantil e depressão
Você vai refletir sobre tudo isso, emocionar-se e rir. Sim, nesta autoficção Paula Klien traz seu lado divertido com tiradas geniais de extrair gargalhadas em meio às lágrimas que se sucedem. E por onde começar? Pela inscrição para esta Leitura Coletiva que super promete! As inscrições já estão abertas e você pode registrar a sua aqui: https://forms.gle/KfRBYXbRRxLV1CzY7.
À oportunidade de saborear esta autobiografia ficcional e receber um press kit especial, você poderá ainda conhecer e se encantar com uma das artistas plásticas mais celebradas da atual geração no encontro final desta Leitura Coletiva – por videochamada.
Conheça mais sobre a autora e sua carreira: Paula Klien é carioca e artista plástica contemporânea. Foi pioneira em Cripto Arte e NFT (token não fungível); é uma artista multidisciplinar e diretora criativa de vanguarda. Também trabalha com performance e vídeo, servindo-se de recursos como dança e música. Foi fotógrafa por dez anos e muitas de suas obras visuais integram acervos de museus e importantes coleções. Embora tenha estudado Direito, Paula desistiu da carreira jurídica. A escrita é uma paixão antiga, e o romance Todas as minhas mortes marca a estreia na literatura.
Instagram: @paulaklien