No Dia do Trabalhador, o Selo Sesc apresenta próximo single do TRAGO:
“Sou eu que vou trabalhar”
Canção revela a dura poesia do cotidiano urbano através dos olhos atentos de uma trabalhadora
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Disponível a partir de 30 de abril nas plataformas de streaming, “Sou eu que vou trabalhar” é o segundo lançamento do TRAGO, um projeto musical composto por Tulipa Ruiz, Alexandre Orion, Rica Amabis e Gustavo Ruiz.
O mote e o título da música surgiram a partir de um desenho de Tulipa, intitulado ‘Sou eu que vou trabalhar’, inspirado na música “Bonde de São Januário”, de Wilson Batista, consagrada na voz de Ataulfo Alves.
“Na música, acompanhamos o dia de uma trabalhadora urbana durante seu deslocamento para o trabalho, embarcando em suas reflexões dentro de um transporte público. É nesse cenário que a maior parte das pessoas trabalhadoras dos grandes centros passam muito tempo de suas vidas, transformando-o em um espaço importante de construção de pensamento crítico”, comenta a banda.
“Essa gente apertada na catraca / Quanta história precisa ser contada / Quanto tempo te pareceu perdido / Quantas horas passadas no metrô”.
Com voz e samples de Tulipa, pianos elétricos de Marcelo Maita, programações de Rica, percussão do Orion e baixo de Gustavo, a música também traz uma visão de esperança e possibilidade. O chamado para “abrir alas para o trabalhador” ressoa como um apelo à valorização daqueles que estão na linha de frente da sociedade.
“Sou eu que vou trabalhar” segue o sucesso do primeiro single do grupo, “Porvir”, lançado em 23 de fevereiro. A faixa ganhou um videoclipe e está disponível no canal do YouTube do TRAGO.
Os singles antecipam o álbum completo da banda, previsto para lançamento em junho. O disco promete oito faixas inéditas, além de recursos de realidade aumentada na versão física em CD, juntamente com apresentações de lançamento transmidiáticas.
Cada faixa do álbum tem como matriz dois loops de vídeos do Instagram de Tulipa que foram processados por Rica Amabis e transformados em samples e programações.
A partir das bases do Rica, Alexandre Orion criou beats e percussões. Gustavo Ruiz gravou piano, baixos e guitarras. Com as bases produzidas, Tulipa compôs as melodias e letras e Orion desenvolveu uma série de intervenções visuais com animações sobre os vídeos-samples que deram origem às músicas.
Letra “Sou eu que vou trabalhar”
Autores: Tulipa Ruiz, Rica Amabis, Alexandre Orion, Gustavo Ruiz
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Na parada só vejo quem trabalha
Não tem uma pessoa relaxada
Espremidas balançam na avenida
Balanço tb é condução
Na balança cê pesa e não compensa
Não tem uma mistura estocada
E as comidas já não são mais comidas
Só come quem tem mais condição
Serviço, emprego, ofício, expediente, exercício
Produça, lida, luta, função, tarefa, labuta
Porque saco vazio não pára em pé
Devagar a galinha enche o papo
Esse cão que aqui ladra também morde
Hoje a caça comeu o caçador
E o dinheiro sumiu no vendaval
Desses juros somados aos tributos
Pindaíbas, calotes, bagatelas
E os guris trabalhando como adultos
E a paisagem passando na janela
E o janela funciona como tela
Enquanto revela os viadutos
Serviço, emprego, ofício, expediente, exercício
Produça, lida, luta, função, tarefa, labuta
Essa gente apertada na catraca
Quanta história precisa ser contada
Quanto tempo te pareceu perdido
Quantas horas passadas no metrô
E o trajeto bem que pode variar
Circular num contexto diferente
Várias pausas quando chegar no ponto
E as pessoas ficando mais contentes
E um futuro bonito pela frente
Um futuro que seja coerente
Abram alas para o trabalhador
FICHA TÉCNICA
Voz e Samples Tulipa Ruiz
Programações Rica Amabis
Percussão Alexandre Orion
Baixo Gustavo Ruiz
Piano Elétrico Marcelo Maita
SOBRE INTEGRANTES TRAGO
Alexandre Orion
Um dos mais relevantes nomes da arte contemporânea brasileira e um dos pioneiros da streetart mundial, com murais e exposições em todos os continentes e obras nas coleções de instituições como Pinacoteca, MAD Museum, Centrum Beeldende Kunst de Rotterdam, Foundation Cartier, Fundação Padre Anchieta, Itaú Cultural, Deutsche Bank, Spencer Museum of Art e muitas outras. Sua atividade artística teve início em 1992, sob influência da cultura urbana, o artista combinava seu trabalho visual à carreira como percussionista. Desde então, seu trabalho flerta com a música, sendo como diretor artísitico do show Ainda Há Tempo do artista Criolo ou nas diversas parcerias com o Selo Instituto em que se destaca o vídeo Ossário com mais de 1,5 milhões de visualizações. Seu trabalho figura em livros de arte das principais editoras internacionais e está presente também em livros didáticos aprovados pelo MEC e utilizados em salas de aula do ensino público e privado por todo o país.
Gustavo Ruiz
Grammy Latino por duas vezes, responsável pela produção de “Dancê” de Tulipa Ruiz (2015) e “Índigo Borboleta Anil” de Liniker (2022), começou sua carreira musical no final dos anos 90 tocando com Itamar Assumpção. Como instrumentista, colaborou com DonaZica, Trash Pour 4, Mariana Aydar, Pochete Set, Junio Barreto, Banda Glória, Vanessa da Mata, entre outros. Recentemente, produziu discos de Maurício Pereira, Igor de Carvalho, Porcas Borboletas, além de outros artistas. Assina a produção de Habilidades Extraordinárias, mais recente trabalho de Tulipa Ruiz indicado ao Grammy Latino (2023) na categoria melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.
Rica Amabis
Compositor e produtor musical. Lançou seu primeiro disco, “Sambadelic” em 1998, integrou o coletivo “Instituto” e fez parte dos projetos “3 na massa” e “Sonantes”. Produziu faixas para Nação Zumbi, Otto, Sabotage, Tulipa Ruiz, Karol com K, Ana Canãs, Céu entre outros. Compositor de mais de 30 trilhas sonoras de longas-metragens e 20 séries para HBO, Netflix e Globo.
Tulipa Ruiz
Vencedora do Grammy Latino, Tulipa Ruiz é cantautora e ilustradora. A artista tem músicas incluídas em filmes, novelas e games e costuma se apresentar em teatros e festivais do mundo todo, como Rock in Rio e Montreux Jazz Festival. Seu trabalho, além de receber o acolhimento do público, é respeitado pela crítica especializada e se destaca em publicações importantes, como os jornais britânicos The Guardian e Independent. Uma de suas primeiras músicas, “Efêmera”, foi trilha sonora do game FIFA e uma das mais recentes, “Banho”, foi gravada por Elza Soares. Como artista gráfica colaborou com o jornal Le Monde Diplomatique Brasil, ilustra livros infantis e com sua marca Brocal faz parte do time de estilistas que integra a Casa de Criadores, maior evento de moda autoral da América Latina. Atualmente a artista está em turnê com seu recém-lançado álbum, Habilidades Extraordinárias, indicado ao Grammy Latino em 2023 na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.
SOBRE O SELO SESC
Desde 2004 o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc. Saiba mais em: Link
SOBRE O SESC SÃO PAULO
Com 77 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 42 unidades operacionais com atendimento presencial e 4 unidades operacionais com atendimento não presencial no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui.