ATRIZ CAROL CASTRO, DIRETORA JULIA REZENDE E PROFESSOR WANDERLEY CAMARGO SERÃO HOMENAGEADAS NO 10º SANTOS FILM FEST: FESTIVAL DE CINEMA DE SANTOS
O evento, que tem programação gratuita de 18 a 26 de junho, terá ainda presenças de Paulo Betti, do diretor Sérgio Rezende, que apresentará seu novo filme, da cineasta Julia Katharine, da produtora Dandara Ferreira, entre vários outros artistas. São previstas mais de 60 exibições, distribuídas em cerca de 13 espaços de Santos, além de exibições em Cubatão e São Vicente.
O Santos Film Fest: Festival de Cinema de Santos, agora em sua 10ª edição, tem o prazer de anunciar que a atriz Carol Castro e a diretora Julia Rezende serão as homenageadas deste ano. Já o homenageado será o professor, cineasta e coordenador do curso de cinema da Unisantos, Wanderley Camargo. O evento acontecerá de 18 a 26 de junho, oferecendo uma programação diversificada e gratuita para os amantes do cinema em toda a região. O festival é organizado pelo Instituto Cinezen Cultural, que completa 15 anos de atuação em 2024 e é dirigido pelos produtores André e Paula Azenha.
Este ano, o festival traz uma lista impressionante de personalidades do mundo do cinema nacional, incluindo as presenças confirmadas dos atores Paulo Betti, Luciano Quirino e Ondina Clais (estes dois, padrinhos do festival) e do diretor Sérgio Rezende, da cineasta Julia Katharine, da produtora Dandara Ferreira, do diretor Fábio Rodrigo e de muitos outros artistas que contribuem para a riqueza e diversidade do cenário cinematográfico brasileiro.
Com mais de 70 exibições planejadas, distribuídas em cerca de 13 locais em Santos, além de exibições em Cubatão e São Vicente, o 10º Santos Film Fest promete oferecer uma experiência cinematográfica inesquecível para todos os participantes. O tema deste ano, “10 anos de dedicação e amor ao cinema”, reflete o compromisso contínuo do festival em promover e celebrar a arte cinematográfica.
Abertura
A abertura oficial está marcada para 18 de junho e contará com homenagens especiais a Carol Castro e Júlia Rezende, cujas contribuições para o cinema brasileiro são incomparáveis. Além disso, a noite de abertura incluirá uma sessão especial do filme Ainda Somos os Mesmos, estrelado por Carol Castro e dirigido por Paulo Nascimento.
Ainda Somos os Mesmos é um filme de drama baseado em fatos reais que relata a realidade de sobreviventes da ditadura chilena. Quando o General Augusto Pinochet assume o comando do país em 1973 e instaura o regime militar, militantes políticos e imigrantes são presos e torturados no Estádio Nacional de Santiago. É neste cenário que Fernando (Edson Celulari) se encontra desesperado para localizar seu filho Gabriel (Lucas Zaffari), que foi para o Chile tentar resgatar sua namorada Helena (Gabrielle Fleck), raptada e isolada na ditadura. Durante essa jornada, outros rostos de imigrantes são lembrados enquanto tentam buscar ajuda, entre eles está Clara (Carol Castro), uma sobrevivente que se encontra sozinha e mentalmente abalada na Embaixada da Argentina após perder sua família para o conflito.
Sobre as homenageadas
Carolina Osório de Castro, conhecida como Carol Castro, é uma atriz brasileira nascida em 10 de março de 1984, no Rio de Janeiro. É filha do diretor e ator de teatro Lucca de Castro com a terapeuta Cecília Castello Branco.
Começou a carreira, incentivada pelo pai, no projeto Terror na Praia. Em 2000, fez e produziu a peça Terror em Copacabana, uma releitura da peça Terror na Praia, e chamou a atenção do produtor da Globo, Luiz Antônio Rocha, que a apresentou a Ricardo Waddington.
O primeiro papel na televisão foi Gracinha, de Mulheres Apaixonadas. Em 2004, foi Angélica, filha postiça de Maria do Carmo (Susana Vieira). Em O Profeta interpretou Ruth e em Morde e Assopra atuou como Natália.
Possui cerca de vinte trabalhos no cinema, incluindo o sucesso recente Ninguém é de Ninguém (Wagner de Assis), baseado na obra de Zíbia Gasparetto.
Além dos trabalhos que acumula nas novelas da TV Globo, Carol também se destacou na competição Dança dos Famosos, quadro exibido pelo programa Domingão do Faustão. A atriz foi a vencedora da temporada que foi ao ar em 2013.
Julia Rezende nasceu no Rio de Janeiro em 1986, é filha do também diretor Sérgio Rezende e da Produtora Mariza Leão, e irmã da montadora Maria Rezende. Formou-se em História pela PUC-Rio e estudou Roteiro na escola Darcy Ribeiro.
Começou sua carreira no cinema como assistente de direção em programas de TV e filmes como Zuzu Angel (2006) e De Pernas Para o Ar 1 e 2(2010- 2012) de Roberto Santucci. Logo no início de sua carreira, teve seu curta-metragem Nesta Data Querida eleito como o melhor no Festival de Paulínia de Cinema em 2009.
Estreou como diretora de longa-metragem com o filme Meu Passado Me Condena, comédia que teve a terceira melhor bilheteria de filmes brasileiros no ano de 2013, com 3,2 milhões de espectadores. Em 2015 lançou Ponte Aérea, romance com Caio Blat e Letícia Colin e Meu Passado Me Condena 2. Em 2016 estreou o filme Um Namorado Para Minha Mulher, adaptação do filme argentino com o mesmo nome, estrelado por Ingrid Guimarães, em 2019 estreou a sequência De Pernas Pro Ar 3, e neste ano prepara-se para lançar Depois A Louca Sou Eu, comédia dramática estrelada por Débora Falabella, baseada no livro de Tati Bernardi. Ela assina a direção geral da série Todo Dia a Mesma Noite, sobre a boate Kiss, no Netflix.
Julia é uma das mais bem sucedidas e importantes cineastas brasileiras da atualidade. No total, seus filmes já levaram mais de 8 milhões de espectadores aos cinemas. Confira uma breve sinopse de sua obra:
Sobre o homenageado
Wanderley Augusto Camargo, militante na área acadêmica como professor-coordenador do curso de Audiovisual da Universidade Católica de Santos, Wanderley Camargo iniciou como freelancer em fotografia para a Editora Abril, depois migrou para a publicidade. Já dirigiu conteúdos audiovisuais publicitários e institucionais, além de programas de televisão para emissoras como Manchete e Rede Record. Hoje é diretor da produtora Flip Filmes.
Atrações
O festival também apresentará o novo documentário do consagrado diretor brasileiro Sérgio Rezende (Guerra de Canudos, Lamarca, Salve Geral, O Paciente, Em Nome da Lei). Narrado pelo cineasta, que assina roteiro e direção, o longa-metragem Sertão Sertões se propõe a tecer uma reflexão não apenas sobre o Brasil profundo como também sobre o abismo social e as realidades antagônicas de um país dividido. E questiona a profecia de Antônio Conselheiro: “o sertão vai virar mar, e o mar vai virar sertão”. Filmando entre 2011 e 2021 nos sertões de Canudos (Bahia), Jalapão (Tocantins), Vereda e Salinas (Minas Gerais), agreste de Pernambuco, Marabá (Pará) e nas comunidades do Morro Dona Marta e Rocinha (Rio de Janeiro), Rondônia, Xangai (China), Miami (Estados Unidos), o documentário parte do fascínio de Sérgio Rezende pelo sertão brasileiro, a partir de duas grandes obras da literatura brasileira: Sertões, de Euclides da Cunha, e Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. A sessão será seguida de bate-papo com o diretor.
Como parte da tradição do festival, os participantes também poderão desfrutar de uma virada cinematográfica, palestras inspiradoras, exposições, lançamentos de livros e sessões itinerantes em locais emblemáticos da cidade, como a Praça do BNH e a Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Sintra. Além disso, o festival está comprometido em oferecer atividades inclusivas, como audiodescrição e tradução em libras.
A programação ainda terá pré-estreias, sessões especiais comentadas, projeções de filmes com trilha sonora ao vivo e muito mais. Nas próximas semanas serão divulgados mais detalhes do festival.
O 10º Santos Film Fest: Festival de Cinema de Santos é realizado com o apoio da Lei Paulo Gustavo, do edital do Estado de São Paulo e de emendas parlamentares de vereadores de Santos, com o suporte da Secretaria Municipal de Cultura de Santos. A produção é do Instituto Cinezen Cultural, em parceria com diversos patrocinadores, incluindo Padaria Nova Princesa, Restaurantes Beduíno e Cantina Di Lucca, Rizzieri Eventos, Paris Filmes e Maurício de Sousa Produções. A direção fica a cargo dos produtores André Azenha e Paula Azenha.
Para outras informações sobre o 10º Santos Film Fest: Festival de Cinema de Santos, visite o site.
Das inscrições
As inscrições para o 10º Santos Film Fest seguem até 10 de abril. Para as mostras competitivas nacional de curtas e longas-metragens e regional de curtas podem se inscrever obras finalizadas a partir de 1º de janeiro de 2023. Os filmes dessas mostras serão exibidos presencialmente. Já na Mostra Humanidades, de caráter educativo, não há exigência de data e os filmes serão exibidos presencialmente e de maneira virtual.
Na Mostra Nacional, os curtas são divididos em categorias de ficção, animação e documentário. Já para os longas-metragens a competição engloba todos os gêneros numa categoria só. Na mostra regional, também.
A inscrição é gratuita e pode ser feita até 10 de abril de 2024 pelo link: Link.
Mostra de cartazes
Repetindo os dois últimos anos, o Santos Film Fest também abre inscrições gratuitas para uma mostra de cartazes Cinema 10 x 10: 10 Filmes em 10 Anos de Dedicação e Amor ao Cinema, com curadoria da designer gráfica Marcia Okida. Os cartazes deverão conter elementos de 10 filmes que marcaram o festival. Para saber mais, basta acessar o link: Link.
Identidade visual
A identidade visual desta edição foi feita pela designer gráfico Márcia Okida. O logotipo do festival é assinado por Audrey Duarte.
Itinerância
Como parte das celebrações de primeira década do festival, o Santos Film Fest fará uma itinerância no segundo semestre com sessões de filmes que se destacaram nessa trajetória do evento e produções infantis, em vários pontos de Santos.
Sobre o Santos Film Fest
“Santos… ganha agora um evento cinematográfico de grandes dimensões, o Santos Film Festival, de alcance nacional e internacional, que ocupará, ao longo de nove dias (desta terça-feira, 28 de agosto, até 5 de setembro), 15 cinemas e salas especiais”, escreveu a crítica de cinema Maria do Rosário Caetano na Revista de Cinema, no primeiro parágrafo sobre a terceira edição do Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos, em 2018. À época, o festival ofereceria mais de 100 filmes – a primeira vez que uma programação tão ampla e diversificada neste segmento acontecia no litoral paulista.
Mais seis edições se passaram e o Santos Film Fest chega à décima edição com orgulho de sua trajetória. Oferecendo ao público um espelho intenso da produção audiovisual brasileira e valorizando os realizadores da região. A cada edição o festival cresceu: melhorou e aumentou a oferta de filmes, palestras, exposições e apresentações artísticas; ultrapassou limites e fronteiras na repercussão midiática; viu suas plateias aumentarem.
Em 2023, figurou entre os cinco finalistas do Prêmio Governador do Estado: uma premiação que não tem inscrição. A comissão avaliadora simplesmente observa o que há de importante, diferente e abraçado pelo povo no estado. Sem lobby, sem politicagem. Ser um dos indicados entre projetos que admiramos foi motivo de orgulho e reconhecimento a um trabalho árduo e de formiguinha. No mesmo ano, foi o único festival/mostra santista contemplado pela Lei Paulo Gustavo Estadual.
E tudo começou de maneira (quase) despretensiosa. O Santos Film Fest nasceu da ideia de seus produtores, moradores de Santos desde sempre. de proporcionar à cidade, que tinha certa tradição em cinema com a Cinelândia no século XX, com um grande número de cinemas de rua que depois foram fechados, e com a tradição do público frequentador destes cinemas, oferecer um festival que apresentasse curtas sim, mas também longas-metragens. Pois até então só existiam festivais de curtas-metragens no município.
Com o objetivo justamente de transformar Santos numa cidade de referência neste segmento, contribuir para o intercâmbio entre realizadores locais e de fora e, ao mesmo tempo, espalhar o cinema por diversos bairros, surgiu o festival.
Primeiramente, com outro nome – realizada com sucesso em 2014 e 2015, a Mostra Cine Brasil Cidadania reuniu filmes de longa-metragem brasileiros contemporâneos inéditos na Baixada Santista, no Sesc. A partir de 2016, com a inclusão de produções estrangeiras e a necessidade de atender à demanda e aumentar a programação, passou a se chamar Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos. Na primeira edição do SFF, não houve patrocínio, nem verbas públicas. Somente parcerias e, ao estilo “Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”, André Azenha tinha um sonho na cabeça e um banner que carregava “pra lá e pra cá”.
Desde então o festival alcançou mais de 500 mil pessoas, mais de 1500 profissionais das artes, foi notícia nos principais órgãos de imprensa tradicional, tanto no meio mainstream quanto no independente, ganhou respeito e reconhecimento dos principais agentes do setor: cineastas, produtores, distribuidores, estúdios, redes de cinema, atores, plateias.
Saiba mais de nossa história e celebre conosco, pois sonhamos já com mais 10, 20, 30 edições.