No mês da Consciência Negra, Alexandra Loras lança documentário “Inconscientes Revelados”
Filme retrata contrastes, desafios e superações enfrentados pela população negra no Brasil
A ex-consulesa da França em São Paulo e consultora em treinamentos em Diversidade e Inclusão, Alexandra Loras, acaba de lançar, o documentário “Inconscientes Revelados”. Idealizado e concebido por Loras, o filme é uma das poucas produções audiovisuais brasileiras em que boa parte dos profissionais envolvidos é composta por pessoas negras.
O documentário conta com as participações de Luislinda de Valois, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e do professor e historiador, Leandro Karnal. A obra é dirigida por Bruno Zanetti e produzida por Daniel Picolo e Guilherme Picolo.
Em 70 minutos de duração, o doc retrata a formação do povo brasileiro, liderança de mulheres negras no empreendedorismo e padrões comportamentais que moldam a nossa sociedade. Com abordagem moderna, a obra também destaca de maneira as características e cicatrizes do racismo no Brasil.
O momento escolhido para o lançamento ao público não poderia ser mais emblemático. Com forte atuação na área de transformação pessoal e empresarial nas questões de diversidade étnico-racial de diversas organizações, Loras orgulha-se pelo resultado: “Retratamos uma questão econômica e social. O povo negro sempre foi colocado em posições que desfavoreceram nossa imagem e a proposta desse documentário é justamente quebrar esse estereótipo e engrandecer toda a contribuição que demos ao Brasil para a formação de seu povo”, destaca.
O filme estará disponível no canal do YouTube de Alexandra Loras (Link) , além de ser exibido no novo canal Afro Brasil e emissoras de TV aberta e fechada.
Com incentivo da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, a produção foi financiada pela farmacêutica Sanofi e também contou com o apoio do Movimento Observador Criativo (MOOC). A Dream Box Film é a responsável pela produção audiovisual.
/// Em 2020, durante a pandemia, o documentário teve uma pré-estreia de apenas um dia para apoiadores do filme. ///
Genocídio do Povo Negro
Segundo dados divulgados no Atlas da Violência, em 2018, 75,7% das vítimas de homicídio no Brasil eram negras. Entre 2008 e 2018, o número de homicídios de pessoas negras cresceu 11,5%, já entre pessoas não negras caiu 12,9%. “O racismo ainda é muito presente em nossa sociedade e mata. Temos a obrigação, enquanto cidadãos, de discutir e formular iniciativas públicas para que as futuras gerações tenham condições de desfrutar uma vida digna no Brasil”, finaliza Alexandra Loras.