“A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, é o grande vencedor do Festival do Rio
Filme sobre episódio na ditadura militar recebeu o prêmio de melhor filme de ficção
“A Batalha da Rua Maria Antônia”, filme dirigido por Vera Egito com produção da Paranoid e Globo Filmes, venceu o prêmio de melhor filme de ficção na 25ª edição do Festival do Rio. O longa, que retrata em 21 planos sequências o emblemático episódio de resistência estudantil ao regime militar, levou o troféu no circuito Première Brasil, dedicado a produções nacionais.
“É muito importante o filme ganhar esse destaque em seu lançamento no Festival do Rio. ‘A Batalha da Rua Maria Antônia’ é uma história que precisa reverberar pelo Brasil. Precisamos manter a memória da ditadura viva, especialmente em um momento em que a sanha autoritária está à espreita”, comenta a diretora Vera Egito.
Confira aqui o trailer
A obra traz momentos da noite de outubro de 1968 que ficaram conhecidos como “Batalha da Rua Maria Antônia”. 21 planos sequências trazem a tensão e os conflitos vividos por professores e estudantes do Movimento Estudantil de Esquerda, no prédio da Faculdade de Filosofia da USP, que montaram uma vigília para garantir a votação no pleito do movimento estudantil em plena repressão da ditadura militar. Eles enfrentam os ataques do Comando de Caça aos Comunistas vindos do outro lado da rua, da Universidade Mackenzie. Quando o confronto explode, gritos, molotovs, pedras, paus e bombas caseiras são atiradas, e as 24 horas vividas com a paixão da juventude dos anos 60, em defesa de um ideal, se misturam com a iminência da invasão dos militares ao prédio da USP.
O filme também está confirmado na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro. Internacionalmente, a produção foi selecionada para o 30º Festival de Cinema de Austin, 59º Festival Internacional de Cinema de Chicago, 68º SEMINCI – Semana Internacional de Cine de Valladolid e Festival Jio MAMI Mumbai 2023
Ficha Técnica
Roteiro: Vera Egito
Direção: Vera Egito
Produtores: Egisto Betti | Heitor Dhalia | Manoel Rangel
Produção Executiva: Diana Almeida | Luciano Salim
Produção Associada: Diana Almeida | José Alvarenga Jr.
Direção de Fotografia: William Etchebehere
Direção de Arte: Valéria Costa
Produção de Elenco: Anna Luiza Paes
Montagem: Julia Zakia
Técnico de Som: Juliano Zoppi
Desenho de Som e Mixagem: Martín Grignaschi (MPSE) (A3pS) | María Florencia Gonzalez Rogani
Trilha: Antonio Pinto
Elenco:
Pâmela Germano (Lilian)
Isamara Castilho (Angela)
Caio Horowicz (Benjamin)
Julianna Gerais (Maria Elena)
Philipp Lavra (Antônio)
Gabriela Carneiro da Cunha (Leda)
Apoios e Parcerias:
Coprodução: Paranoid e Globo Filmes
Distribuição: Imagem Filmes
Realização: BRDE, FSA e ANCINE
Apoio: Secretaria de Justiça e Cidadania, Governo do Estado de São Paulo, SPCine, São Paulo Film Commission
Sinopse
Outubro de 1968. Durante a ditadura brasileira, estudantes e professores do Movimento Estudantil de Esquerda enfrentam ataques do Comando de Caça Comunista vindos do outro lado da rua, numa noite crucial conhecida como A Batalha dos Estudantes.
Sobre Vera Egito
Vera Egito graduou-se na Escola de Cinema da Universidade de São Paulo e estudou roteiro na EICTV. Entre seus vários trabalhos, incluindo a série de TV, Todxs Nós (HBO) e 2Times (Disney Star+), ela dirigiu os curtas-metragens Espalhadas Pelo Ar e Elo, ambos selecionados pela Semana da Crítica de Cannes, e o longa Amores Urbanos (première no 33º Festival de Miami).
Sobre Paranoid
A Paranoïd é uma produtora audiovisual independente brasileira conhecida por audaciosos projetos de cinema, TV, streaming e publicidade. A Paranoïd se dedica à entrega de conteúdo criativo e de alta qualidade de imagem, atuando em todas as etapas, desde a criação ao lançamento, de séries e longas, ficcionais e não ficcionais, com as principais plataformas, programadores, canais, distribuidoras e colaboradores do mercado audiovisual.
Entre as obras, constam o épico SERRA PELADA (2013), de Heitor Dhalia, AMORES URBANOS (2016) de Vera Egito, o documentário YOGA: ARQUITETURA DA PAZ (2017) de Heitor Dhalia, TODAS AS RAZÕES PARA ESQUECER (2018), de Pedro Coutinho, TUNGSTÊNIO (2018), adaptação da premiada história em quadrinhos de Marcello Quintanilha, e ANNA (2020), ambos Heitor Dhalia, o longa DR. GAMA (2021), dirigido por Jeferson De, a série ARCANJO RENEGADO 2º temporada (2022), e QUANDO FALTA O AR (2023), de Ana Petta & Helena Petta, vencedor do 27º Festival É Tudo Verdade. Hoje, a Paranoid se prepara para lançar os longas GRANDE SERTÃO, de Guel Arraes, e A BATALHA DA RUA MARIA ANTÔNIA, com direção de Vera Egito, e as séries O JOGO QUE MUDOU A HISTÓRIA, para a Globoplay, e DNA DO CRIME, de Heitor Dhalia, para Netflix.
Sobre Globo Filmes
Construir parcerias que viabilizam e impulsionam o audiovisual nacional para entreter, encantar e inspirar com grandes histórias brasileiras – do cinema à casa de cada um de nós. É assim que a Globo Filmes atua desde 1998. Com mais de 450 filmes no portfólio, como produtora e co-produtora, o foco é na qualidade artística e na diversidade de conteúdo, levando ao público o que há de melhor no nosso cinema: comédias, romances, infantis, dramas, aventuras e documentários. A filmografia vai de recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ – ambos com mais de 11 milhões de espectadores – a sucessos de crítica e público como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, passando por longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar – e ‘Bacurau’, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Títulos mais recentes como ‘Marighella’, ‘Turma da Mônica: Lições’ e ‘Medida Provisória’ fizeram o público voltar às salas pós-pandemia para prestigiar um cinema que fala a nossa língua.