CINEMATECA BRASILEIRA apresenta a 2ª edição da Mostra ESPETÁCULO POLÊMICA CULTURA
Sessão ao ar livre de Os Incompreendidos (1959), de François Truffaut, abre a mostra no dia 28, quinta feira; filmes brasileiros e internacionais e homenagem a Djalma Limonji estão na programação do evento
De 28 de setembro a 8 de outubro, a Cinemateca Brasileira realiza a II Mostra SAC: Espetáculo Polêmica Cultura, celebrando o gosto pela cinefilia, bem como a histórica e bem-sucedida parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC). A mostra, que teve sua 1ª edição em 2022, por ocasião dos 60 anos da SAC, reúne 25 filmes de importância histórica e estética.
A continuidade da Mostra SAC é uma oportunidade de celebrar não apenas filmes importantes para a formação da cultura cinematográfica, mas também reafirmar a relação simbiótica entre a Cinemateca e a SAC. Essa associação permitiu ao longo de décadas a consecução de importantes projetos de mediação entre as atividades de preservação e difusão do nosso cinema e audiovisual, além do desenvolvimento técnico e material da Cinemateca Brasileira.
Os cinemas e auditórios programados pela SAC, desde 1962, sempre foram reconhecidos como singulares centros de formação cultural. Gerações de artistas, intelectuais e cinéfilos frequentaram esses espaços e puderam conhecer e tomar gosto pelos filmes de arte e, ao mesmo tempo, reconhecer a importância da Cinemateca Brasileira e seu acervo-repertório na formação de uma sólida cultura cinematográfica.
A Mostra SAC recupera essa tradição, exibindo filmes que marcaram as programações das salas de cinema da SAC-Cinemateca em diferentes décadas. Nesta edição, a mostra se divide em três programas com títulos nacionais e internacionais e mesas de debate, incluindo uma homenagem ao cineasta Djalma Limongi Batista, falecido em fevereiro de 2023.
A mostra abre com uma sessão ao ar livre do longa Os incompreendidos (1959), de François Truffaut, no dia 28 de setembro, às 20h. Mais cedo, a partir das 18h, haverá um brinde abertura para o público. Durante toda a mostra, também haverá a distribuição gratuita de um catálogo.
A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.
FILMES NACIONAIS
A seleção conta com filmes brasileiros exibidos pela SAC em suas diversas salas, todos atualmente preservados pela Cinemateca Brasileira. Serão exibidas cópias em 35mm, DCP e HDCAM de algumas obras restauradas pela instituição. A programação dos títulos é possível graças aos esforços da Cinemateca Brasileira em preservar as matrizes e confeccionar cópias de acesso e difusão, além das atividades de pesquisa e catalogação audiovisual e preservação de uma gama variada de documentos relacionados à filmografia brasileira.
Destaque para o programa nacional com os filmes ABC da greve (1979-1990), O caso dos irmãos Naves (1967), Os fuzis (1963), e os curtas-metragens de Joaquim Pedro de Andrade, que serão exibidos em versões restauradas pela Cinemateca Brasileira, em projetos apoiados pela SAC. O programa recupera a importância da SAC no apoio à difusão do audiovisual no Brasil.
FILMES INTERNACIONAIS
O programa internacional contou com a parceria de arquivos de cinema internacionais: Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca (Národní filmový archiv); Fundação Japão em São Paulo; Arquivo de Cinema da China (中国电影资料馆); Filmoteca Nacional da Polônia – Instituto Audiovisual (Filmoteka Narodowa – Instytut Audiowizualny); Belas Artes Grupo; Instituto Nacional de Cinema Húngaro (Nemzeti Filmintézet); Adhemar Oliveira e Renata de Almeida.
Entre os recortes da produção internacional, estão: o primeiro filme chinês distribuído no Brasil – Sacrifício do ano novo (1956), e a estreia nacional de um filme polonês de 1946 (The Great Way), além do checo Um dia, um gato (1963) e do húngaro Vermelhos e brancos (1967).
HOMENAGEM A DJALMA LIMONGI BATISTA
Haverá uma homenagem ao cineasta Djalma Limongi Batista (1947-2023), falecido em fevereiro deste ano. O programa exibe seu primeiro curta-metragem, Um clássico, dois em casa, nenhum jogo fora (1968), e os três longas que realizou em sua carreira, com destaque para Bocage, o triunfo do amor, cuja pré-estreia foi promovida pela SAC no Cine Bristol, em 1997.
Além das sessões, a programação contará também com duas mesas: “Pesquisa e crítica no cinema”, com Eduardo Morettin e Luiz Zanin, e “O cinema de Djalma Limongi Batista”, com Ismail Xavier.
Djalma, além de um artista inovador, foi membro do conselho consultivo da Cinemateca Brasileira por mais de vinte anos.
A SOCIEDADE AMIGOS DA CINEMATECA
A Sociedade Amigos da Cinemateca foi fundada em 1962 com o objetivo de articular o apoio dos poderes públicos e da iniciativa privada para obter os recursos materiais necessários para o desenvolvimento dos trabalhos da Cinemateca Brasileira. No núcleo dessa empreitada estavam Dante Ancona Lopez, Florentino Llorente e Paulo Sá Pinto – empresários do ramo de exibição cinematográfica de São Paulo –, e Rudá de Andrade, Conservador-Adjunto da Fundação Cinemateca Brasileira.
“Foi criada a Sociedade Amigos da Cinemateca (sede: Rua 7 de Abril nº 381, tel.: 33-1466) cujo objetivo é dar maior expansão e organicidade à difusão do cinema artístico e cultural na cidade de São Paulo. Isso por um lado. Ao mesmo tempo, a SAC pretende auxiliar os trabalhos de preservação de filmes e documentos empreendidos pela Fundação Cinemateca Brasileira. A iniciativa de criar a SAC deve-se a Dante Ancona Lopez e Florentino Llorente, aos quais logo se vinculou Paulo Sá Pinto, sendo este núcleo o trio exponencial do comércio cinematográfico paulista. A ideia recebeu logo o apoio de figuras dos mais diversos setores como os deputados Abreu Sodré e Cunha Bueno, Rui Nogueira Martins, as Senhoras Ligia Freitas Valle Jordan e Maria Serafina Vilela de Andrade, o diretor teatral Flavio Rangel e muitas outras figuras de primeiro plano dos meios literários, científicos, políticos e artísticos da cidade.” (Carta de Paulo Emílio Sales Gomes enviada para o jornalista Jean Mellé, em julho de 1962)
A proposta de Dante Ancona Lopez era oferecer filmes de arte “que geram polêmica, que possuem um valor estético e apresentam um testemunho político-social”. Daí, o slogan “Espetáculo Polêmica Cultura” que reforçava o perfil da sala como um espaço de estímulo mais amplo à cultura cinematográfica.
CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana
Horário de funcionamento
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação.
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
Quinta-feira, 28 de setembro
20h – área externa – OS INCOMPREENDIDOS (Les quatre cents coups)
França, 1959, p&b, 99min, 12 anos
Direção: François Truffaut
Elenco: Jean-Pierre Léaud, Albert Rémy, Claire Maurier
Sinopse: A história de Antoine, um garoto de 14 anos que se rebela contra o autoritarismo da escola e o desprezo dos pais. Rejeitado, ele passa a faltar nas aulas para frequentar cinemas ou brincar com os amigos. Em busca de atenção, comete pequenos delitos, até ser aprisionado em um reformatório pelos próprios pais.
Sexta-feira, 29 de setembro
18h – Sala Grande Otelo – SACRIFÍCIO DO ANO NOVO (Zhu fu)
China, 1956, cor, 100min, 14 anos
Direção: Sang Hu
Elenco: Bai Yang, Wei Heling, Li Jingbo, Che Xiaotong, Ding Weimin, An Ran
Sinopse: Em uma aldeia montanhosa no leste da China, uma mulher pobre enfrenta diversos infortúnios. Vendida para o casamento ainda criança, ela se torna uma jovem viúva e é escravizada pela sogra, que a vende a um camponês. Seu segundo casamento acaba sendo feliz até que o destino leva embora seu marido e filho. Agora vista como portadora de má sorte, ela se torna uma pária.
18h – Sala Oscarito – BRASA ADORMECIDA
Brasil, 1986, cor, 105min, 10 anos
Direção: Djalma Limongi Batista
Produção: Assunção Hernandes
Elenco: Maitê Proença, Edson Celulari, Paulo César Grande, Anselmo Duarte, Ilka Soares, Sérgio Mamberti, Mírian Pires, Zeni Pereira, Mira Haar
Sinopse: Bebel vai se casar por conveniência com Toni, seu primo, e a família se reúne na fazenda do poderoso chefão da família, o Almirante. Enciumado, Ticão, primo do casal, faz de tudo para boicotar o casamento, inclusive colocando alucinógeno na comida, o que desencadeia situações caóticas. Entre o sonho e a realidade, os três primos estabelecem um pacto, e permanecerão apaixonados uns pelos outros, para sempre.
20h – Sala Grande Otelo – VERMELHOS E BRANCOS (Csillagosok, katonák)
Hungria/União Soviética, 1967, p&b, 90min, 16 anos
Direção: Miklós Jancsó
Elenco: József Madaras, Tibor Molnár, András Kozák, Jácint Juhász, Anatoli Yabbarov, Sergei Nikonenko, Mikhail Kozakov
Sinopse: Durante a Guerra Civil Russa, o Exército Vermelho – auxiliado pelos comunistas húngaros – e o Exército Branco lutam pelo controle da área ao redor do rio Volga.
20h – Sala Oscarito – JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE: CURTA-METRAGISTA
O mestre de Apipucos
Brasil, 1959, p&b, 8min, livre
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produção: Sergio Montagna
Elenco: Gilberto Freyre
Sinopse: Com roteiro estruturado sobre textos de Gilberto Freyre, o filme documenta a vida diária e o método de trabalho do escritor e sociólogo, em sua casa de Apipucos: seus prazeres gastronômicos, a beleza da moradia, o exercício da intelectualidade e o prazer sem divisões específicas.
O poeta do castelo
Brasil, 1959, p&b, 12min, livre
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produção: Sergio Montagna
Elenco: Manuel Bandeira
Sinopse: Versos de Manuel Bandeira, lidos pelo próprio poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais da rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio. A modéstia de seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas do bairro.
Couro de gato
Brasil, 1961, p&b, 12min, livre
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produtor: Marcos Farias
Elenco: Aylton, Damião, Paulinho, Sebastião, Milton Gonçalves, Glauce Rocha, Riva Nimitz, Henrique César, Napoleão Muniz Freire, Cosme dos Santos, Cláudio Corrêa e Castro, Paulo Manhães
Sinopse: Na época do carnaval, garotos da favela roubam gatos para vender o couro para a confecção de tamborins. Um dos meninos vive um dilema com um gato com quem brinca e divide a sua comida. Se encontra entre a fome e o amor e hesita em vendê-lo.
Cinema Novo
Alemanha, 1967, p&p, 31min, 12 anos
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produtor: K. M. Eckstein
Elenco: Vinícius de Moraes, Maria Bethânia, Paulo César Saraceni, Leon Hirszman, Glauber Rocha, Arnaldo Jabor, Domingos de Oliveira, Paulo José, Zelito Viana, Luiza Maranhão, Antonio Pitanga, Ana Maria Magalhães, Joana Fomm, Isabel Ribeiro
Vereda tropical
Brasil, 1977, cor, 24min, 16 anos
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produção: Jeremias M. Silva, Yara Nesti, Antonio Cristiano, Sérgio Mesquita
Elenco: Cláudio Cavalcanti, Cristina Aché, Carlos Galhardo
Sinopse: Na ilha de Paquetá, um homem tem como objeto de prazer uma melancia. Com a fruta, ele atinge a plenitude de seus desejos.
Sábado, 30 de setembro
14h – Sala Grande Otelo – Palestra de Ismail Xavier sobre o cinema de Djalma Limongi Batista
15h30 – Sala Grande Otelo – UM CLÁSSICO, DOIS EM CASA, NENHUM JOGO FORA
Brasil, 1968, p&b, 25min, 12 anos
Direção: Djalma Limongi Batista
Produção: Djalma Limongi Batista, Vera Roquette Pinto
Elenco: Eduardo Nogueira, Carlos Alberto, Gualter Limongi Batista, Ismail Xavier, Marília Aires
Sinopse: Antônio perambula por São Paulo. À noite, encontra um parceiro na Galeria Metrópole, Isaías, para se relacionar sexualmente. Apesar da intensa relação que acontece entre os dois, Isaías pede que Antônio o mate.
BOCAGE, O TRIUNFO DO AMOR
Brasil, 1997, cor, 85min, 16 anos
Direção: Djalma Limongi Batista
Produção: Edith Limongi Batista
Elenco: Victor Wagner, Viétia Rocha, Majô de Castro, Francisco Farinelli, Gabriela Previdello, Ana Maria Nascimento e Silva, Malú Pessin, Denis Victorazo
Sinopse: Um filme-poema que se divide em prólogo, três cantos e epílogo. Uma visão moderna e fiel da poesia eterna do escritor português Manoel Maria Du Bocage (1765-1805) e de sua legendária e transgressora vida, que desafiou o moralismo da época ao pregar a liberdade irrestrita. Bocage conheceu o Brasil, África, Índia, China e também o amor impossível, a cadeia e a morte marginal.
18h – Sala Grande Otelo – UM DIA, UM GATO (Az prijde kocour)
Tchecoslováquia, 1963, cor, 104min, 12 anos
Direção: Vojtěch Jasný
Elenco: Jan Werich, Emília Vásáryová, Vlastimil Brodský, Jirí Sovák, Vladimír Mensík, Jirina Bohdalová
Sinopse: Os moradores de um vilarejo assistem ao espetáculo de um mágico e seu gato, que usa óculos e, quando os tira, tem o poder de mudar a cor das pessoas à sua volta de acordo com o caráter delas. O fato assusta os adultos do lugar, que veem o animal como uma ameaça, mas, ao mesmo tempo, atrai todas as crianças da vila.
19h – Sala Oscarito – BARRAVENTO
Brasil, 1961, p&b, 80min, 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Produção: Roberto Pires
Elenco: Antonio Pitanga, Aldo Teixeira, Luiza Maranhão, Lucy Carvalho, Lidio Silva
Sinopse: Numa aldeia de pescadores formada por descendentes de africanos outrora escravizados, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. A chegada de Firmino, antigo morador que se mudou para Salvador fugindo da pobreza, cria tensões quando ele tenta livrar os pescadores do domínio da religião.
Domingo, 01 de outubro
14h – Sala Grande Otelo – OS FUZIS
Brasil, 1963, p&b, 80min, 12 anos
Direção: Ruy Guerra
Produção: Raimundo Higino, Jarbas Barbosa, J. P. de Carvalho
Elenco: Átila Iório, Nelson Xavier, Maria Gladys, Leonides Bayer, Ivan Cândido, Paulo César Pereio, Hugo Carvana, Maurício Loyola
Sinopse: Um grupo de soldados armados é enviado ao Nordeste do Brasil na tentativa de impedir que a população faminta da seca no sertão invada e saqueie um depósito de alimentos. Enquanto a alienação e a loucura de um povo em delírio pela fome latente são conduzidas pelas previsões de um religioso, um motorista de caminhão observa a situação e fica dividido entre sua amizade com os soldados e sua revolta contra a falta de ação do governo para sanar a miséria que assola a região.
15h – Sala Oscarito – ARDIL 22 (Cath-22)
EUA, 1970, cor, 122min, 16 anos
Direção: Mike Nichols
Elenco: Alan Arkin, Martin Balsam, Richard Benjamin, Arthur Garfunkel, Jack Gilford, Buck Henry, Bob Newhart, Anthony Perkins, Paula Prentiss, Martin Sheen, Jon Voight, Orson Welles
Sinopse: O piloto Yossarian tem um plano para sair do front de batalha do Mediterrâneo, na Segunda Guerra Mundial: com um atestado de insanidade, a Força Aérea o mandará para casa. Mas um pequeno truque na burocracia militar impede que sua artimanha se realize tão facilmente.
15h45 – Sala Grande Otelo – THE GREAT WAY (Wielka droga)
Polônia/Itália, 1946, p&b, 87min, 14 anos
Direção: Michał Waszyński
Elenco: Jadwiga Andrzejewska, Renata Bogdańska, Albin Ossowski, Józef Winawer, Wiesława Buczerowa, Mieczysław Malicz, Bolesław Orlicz
Sinopse: Em Lviv, na Polônia, um casal apaixonado – Adam e Irena – é dividido pela guerra. Ambos são deportados pelos soviéticos para a Sibéria, onde Adam se alista no recém-criado exército polonês, lutando na linha de frente italiana.
17h30 – Sala Oscarito – ASA BRANCA: UM SONHO BRASILEIRO
Brasil, 1981, cor, 120min, 14 anos
Direção: Djalma Limongi Batista
Produção: Carlos Roberto de Souza
Elenco: Edson Celulari, Eva Wilma, Walmor Chagas, Gianfrancesco Guarnieri, Rita Cadilac, Regina Wilke, Ruth Rachou, Vivien Buckup
Sinopse: O jogador de futebol Asa Branca mora com a família no interior de São Paulo até que seu talento desperta o interesse de um grande clube da capital. O jovem precisa, então, adaptar-se à vida na metrópole, enquanto luta pelo sonho de jogar no Maracanã e ser convocado para uma Copa do Mundo.
17h30 – Sala Grande Otelo – O HOMEM DO PREGO (The Pawnbroker)
EUA, 1964, p&b, 116min, 16 anos
Direção: Sidney Lumet
Elenco: Rod Steiger, Geraldine Fitzgerald, Brock Peters, Jaime Sánchez, Thelma Oliver, Marketa Kimbrell, Baruch Lumet, Juano Hernandez
Sinopse: Sol Nazerman, único sobrevivente de uma família judia enviada para um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial, emigra para os Estados Unidos e refaz sua vida. Um quarto de século depois, após uma série de eventos, as memórias traumáticas do período começam a ressurgir.
Quinta-feira, 05 de outubro
19h – Sala Oscarito – O GRANDE MOMENTO
Brasil, 1958, 80min, p&b, 10 anos
Direção: Roberto Santos
Produção: Nelson Pereira dos Santos
Elenco: Gianfrancesco Guarnieri, Myriam Pércia, Vera Gertel, Jaime Barcellos,Paulo Goulart, Turíbio Ruiz, Angelito Mello, Norah Fontes, Geraldo Ferraz, Cavagnoli Neto, Milton Gonçalves
Sinopse: No dia de seu casamento, as dificuldades financeiras de um jovem da baixa classe média paulista atrapalham a realização da festa. Ele então se vê forçado a vender o que possuía de mais valioso – uma bicicleta – para poder arcar com as despesas da festa, do alfaiate e da viagem de núpcias.
Sexta-feira, 06 de outubro
19h – Sala Oscarito – ABC DA GREVE
Brasil, 1979-1990, 64min, cor, livre
Direção: Leon Hiszman
Produção: Claudio Khans, Ivan Novais
Sinopse: O documentário acompanha a efervescência do movimento sindical no ABC paulista no final dos anos setenta, que se mobilizou para realizar as primeiras greves no Brasil desde 1968. Filmado em 16mm, o filme traz registros dos operários metalúrgicos das grandes fábricas automobilísticas e multinacionais na luta por melhores salários e melhores condições de vida, tornando-se um registro essencial daquele movimento popular que precedeu a anistia política e a redemocratização do país.
20h45 – Sala Oscarito – SATYRICON DE FELLINI (Fellini – Satyricon)
Itália/França, 1969, cor, 16 anos
Direção: Federico Fellini
Elenco: Martin Potter, Hiram Keller, Max Born, Salvo Randone, Mario Romagnoli, Magali Noël, Capucine, Alain Cuny, Fanfulla
Sinopse: Depois que seu jovem amante, Gitone, o deixa por outro homem, Encolpio decide se matar, mas um terremoto repentino destrói sua casa antes que ele tenha a chance de concretizar seu plano. Agora vagando por Roma na época de Nero, Encolpio encontra uma cena bizarra e surreal após a outra.
Sábado, 07 de outubro
15h – Sala Oscarito – Pesquisa e Crítica no Cinema com Luiz Zanin e Eduardo Morettin
17h – Sala Oscarito – O CASO DOS IRMÃOS NAVES
Brasil, 1967, p&b, 92min, 14 anos
Direção: Luiz Sergio Person
Produção: Sérgio Ricci, Glauco Mirko Laurelli, Luiz Sérgio Person
Elenco: Anselmo Duarte, Raul Cortez, Juca de Oliveira, Sérgio Hingst, John Herbet, Lélia Abramo, Cacilda Lanuza, Julia Miranda
Sinopse: Na pacata cidade de Araguari (MG), os irmãos Sebastião e Joaquim Naves denunciam à polícia o desaparecimento de seu sócio, com o dinheiro da venda de uma grande safra de arroz. De denunciantes passam a réus, depois que o tenente que investiga o caso chega à conclusão de que os dois mataram o sócio para ficar com o dinheiro. Barbaramente torturados, os irmãos confessam o crime que não cometeram e são condenados. O filme é baseado em um caso real, ocorrido em 1937 durante o Estado Novo, e considerado um dos piores erros jurídicos da história do Brasil.
19h – Sala Oscarito – PAI E FILHA (Banshun)
Japão, 1949, p&b, 108min, livre
Direção: Yasujirō Ozu
Elenco: Chishū Ryū, Setsuko Hara, Yumeji Tsukioka, Haruko Sugimura, Hohi Aoki, Jun Usami, Kuniko Miyake, Masao Mishima
Sinopse: Noriko mora com seu pai viúvo, Shukichi, e não tem planos de se casar para continuar cuidando dele. No entanto, a irmã de Shukichi o convence de que, se ele não casar sua filha de 27 anos em breve, ela provavelmente permanecerá sozinha pelo resto da vida. Quando Noriko resiste à ideia, Shukichi é forçado a enganar sua filha e sacrificar sua própria felicidade para fazer o que acredita ser certo.
Domingo, 08 de outubro
17h30 – Sala Oscarito – CONTOS DA LUA VAGA (Ugetsu monogatari)
Japão, 1953, p&b, 96min, 14 anos
Direção: Kenji Mizoguchi
Elenco: Masayuki Mori, Machiko Kyô, Kinuyo Tanaka, Mitsuko Mito, Eitarô Ozawa, Sugisaku Aoyama, Mitsusaburô Ramon, Ryôsuke Kagawa
Sinopse: No século XVI, em plena guerra civil, dois irmãos fazendeiros vão à capital local para tentar vender peças de cerâmica. Eles vendem todas, e depois o destino dos dois se separa quando Tobei decide se tornar samurai, e Genjuro quer enriquecer através do comércio. Entre as surpresas que os esperam, Genjuro descobre que a rica mulher que o recebeu em seu palácio, é, na verdade, um fantasma.
20h – Sala Oscarito – PORTO DAS CAIXAS
Brasil, 1962, p&p, 75min, 12 anos
Direção: Paulo César Saraceni
Produção: Elísio de Souza Freitas
Elenco: Irma Álvares, Reginaldo Faria, Paulo Padilha, Joseph Guerreiro, Margarida Rey, Sérgio Sanz, José Henrique Belo
Sinopse: Uma mulher, querendo matar o marido que a oprime, procura ajuda de seu amante, de um soldado e de um barbeiro, mas eles se negam a cometer o crime. A cidade do interior onde moram revela a decadência: uma fábrica parada, um convento em ruínas, o barulho do trem, um vazio parque de diversões, uma feira sem entusiasmo, um comício sem força reivindicatória. Disposta a libertar-se do meio, a mulher decide colocar seu plano em prática sozinha.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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