Instituto NICHO 54 atua no desenvolvimento de carreira de profissionais negros no setor audiovisual dentro e fora do Brasil
Organização atua por meio de iniciativas de formação, treinamento e partilha de conhecimento; curadoria, pesquisa, preservação e promoção de desapagamento de produções negras; e de interface com o mercado e os agentes da indústria brasileira e internacional
Fundado há 4 anos em São Paulo e liderado por profissionais negros, o Instituto NICHO 54 trabalha, dentro e fora do Brasil, pela promoção e valorização da equidade racial na indústria audiovisual apoiando a carreira de pessoas negras em posições de liderança criativa, intelectual e econômica. Esse trabalho é feito por meio de iniciativas de formação, treinamento e partilha de conhecimento; curadoria, pesquisa, preservação e promoção de desapagamento de pessoas negras; e de interface com o mercado e os agentes da indústria.
“Desejamos com esse trabalho forjar futuros de visibilidade e intelectualidade ativa de pessoas negras, fomentando uma comunidade com forte senso de pertencimento, construindo um projeto de garantia de vida, oportunidades econômicas, criativas e políticas para transformar a história do Brasil”, diz Fernanda Lomba, cofundadora e diretora executiva do NICHO 54.
Sua atuação conta com a realização de mostras e festivais de cinema, como o Festival NICHO Novembro, que em 2023 chega a sua 5ª edição e já exibiu quase 150 filmes com enfoque em imagens negras em espaços como o Vão Livre do Masp, em 2021, e a Sala Lima Barreto, no Centro Cultural São Paulo em 2022. Também cria e executa cursos livres de curta duração e programas de mentoria de longa duração, como o NICHO Executiva, que está em sua segunda edição e é dedicado à formação prática em Produção Executiva de mulheres em ambientes de mercado audiovisual, nacionais e internacionais.
Outro eixo de atuação é o de pesquisa, promoção de desapagamento do trabalho e preservação do patrimônio material e imaterial de pessoas negras, por meio dos programas Cinemateca Negra, que mapeou de forma inédita todos os longas, médias e curtas-metragens dirigidos por pessoas negras no Brasil na história e terá publicação em 2023, e do programa Memória NICHO, que garante a conservação física e digital de documentos textuais, audiovisuais, iconográficos e sonoros do instituto.
“Um dos pilares da nossa atuação prevê a preservação do patrimônio político-cultural das instituições em prol do direito à memória da população negra, que sofre com o desapagamento de suas conquistas. Acreditamos que tornar acessível os feitos de uma organização fortalece sua identidade e possibilita que outras iniciativas se inspirem nessa trajetória”, explica Heitor Augusto, cofundador e programador-chefe. É possível conhecer mais por meio do canal de Youtube do NICHO 54.