Em mês de aniversário, Theatro Municipal de São Paulo comemora 112 anos com a apresentação de três óperas e programação repleta de diversidade musical
Celebração será marcada por títulos que leem o passado e apontam para o futuro, obras como: a inédita e criado por encomenda Isolda/Tristão, da brasileira Clarice Assad; Ainadamar, do argentino Osvaldo Golijov, que traz bailarinos flamencos para o palco do teatro; e “De Hoje para Amanhã”, do austríaco Arnold Schoenberg, que questiona a tradição em espetáculo que inclui um DJ Set.
O mês de setembro traz ainda Rima Falada, com a rapper indígena Brisa Flow, trio com violino e piano interpretando Brahms e Piazolla, nova residência do Coletivo Ateliê Vivo de artes têxteis, o Festival Chopin, o retorno do projeto Encontro com Autores e concertos que trazem da história do forró a Shostakovich.
O Theatro Municipal de São Paulo, palco paulistano das principais óperas dos últimos tempos, celebra seus 112 anos de existência com nada menos que três óperas: todas elas consideradas recentes, feitas nos séculos XX e XXI. As récitas contam com a participação de diversos corpos artísticos da casa em espetáculos que mesclam o minimalismo e tecnologia, promovendo o protagonismo feminino em um novo momento para criação dos textos das óperas, mas sem deixar de homenagear a tradição.
A primeira ópera, inédita, é Tristão/Isolda. Com música e libreto escritos por duas brasileiras, Clarice Assad (música) e Márcia Zanelatto (libreto), será encenada nos dias 15/9 (sexta-feira), 17/9 (domingo), 19/9 (terça-feira), 20/9 (quarta-feira), 22/9 (sexta-feira) e 23/9 (sábado), com direção musical de Alessandro Sangiorgi, que rege a Orquestra Sinfônica Municipal, e direção cênica de Guilherme Leme. Participa ainda o Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira.
Nesta versão do mito medieval celta, o cenário é uma região de fronteira dos tempos atuais, na qual um grupo de refugiados estão numa espécie de não-lugar, impossibilitados de cruzar a fronteira para um novo território ou retornarem a seu país de origem. Ali, onde o tempo parece não passar, Isolda chega a um campo de refugiados para resgatar a mãe e acaba se envolvendo no deslocamento de todo um grupo à colônia em que vive seu marido e seu sobrinho Tristão, enfrentando inúmeros desafios.
Nas mesmas noites acontece, em formato double bill, a apresentação de Ainadamar, ópera composta em 2003 pelo argentino Osvaldo Golijov, com libreto do norte-americano David Henry Hwang, que conta a história da atriz catalã Margarita Xirgu (1888-1969), exilada da Espanha pela ditadura franquista e naturalizada uruguaia. No derradeiro dia de sua vida, em Montevidéu, Xirgu relembra a amizade com o dramaturgo e poeta Federico García Lorca, fuzilado durante a Guerra Civil Espanhola. Ainadamar, em árabe, significa fonte de lágrimas e é também o nome do lugar em que ocorreu a execução do poeta, em Granada, na Espanha. A regência da Orquestra Sinfônica Municipal e a direção musical também é de Alessandro Sangiorgi. O espetáculo tem a direção cênica de Ronaldo Zero, a participação do Coro Lírico Municipal, com regência de Mário Zaccaro. A classificação indicativa é 12 anos.
Já a terceira ópera integra o projeto Ópera Fora da Caixa, que leva montagens para fora dos espaços cênicos habituais. “De Hoje para Amanhã (Von Haute Auf Morgen)”, de autoria do austríaco Arnold Schoenberg e libreto de Max Blonda, pseudônimo de sua então esposa Greta Kolisch, será encenada nos dias 21, 22 e 23 (quinta, sexta e sábado), e 27, 28 e 19 de setembro (quarta, quinta e sexta), sempre às 21h. O espetáculo, que será encenado na cúpula do Theatro Municipal, é antecedido pela apresentação dos DJS Fractal Mood, duo composto pelos produtores Guilherme Picorelli e Henrique D’Marte, que trarão um set de techno house, a partir das 19h. Os ingressos vão de R$ 25 (meia) a R$ 50 (inteira), a classificação indicativa é 16 anos e a duração, 80 minutos sem intervalo.
Com concepção da Associação SÙ de Cultura e Educação, a ópera tem direção musical e a regência dos músicos da Orquestra Experimental de Repertório é de Marcos Arakaki. A direção cênica é do italiano radicado no Brasil Alvise Camozzi. Na história, a quebra constante de paradigmas também no âmbito do comportamento e costumes relacionado a relações conjugais, tabus sexuais e a moralidade vigente acabam sendo discutidas juntamente aos padrões artístico-musicais. Comicidade e crítica convivem na história que conta a volta de uma festa de O Marido e A Esposa. Eles comentam neste itinerário sobre duas pessoas que lá encontraram, O Cantor e A Amiga. Provocativamente, insinuam que flertes cruzados aconteceram durante a noite. O jogo chega ao ápice quando A Amiga e O Cantor aparecem na casa do Marido e da Esposa propondo uma diversão a quatro.
Mais que um aniversário, uma celebração da diversidade artística!
Outras linguagens como projetos de sucesso já reconhecidos da casa também farão parte dessa festa! É o caso do projeto trimestral Rima Falada, que visa democratizar e ampliar o acesso de importantes nomes do hip hop nacional ao Theatro, o Salão Nobre da casa recebe no dia 2 de setembro, às 17h, em sua terceira edição do ano, a artista Brisa de La Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow. Artista transdisciplinar atua como cantora, produtora musical, performer e pesquisadora, misturando o rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo-soul. A mediação é de Kailany Gomes. O espetáculo é gratuito, a entrada é livre. A duração é de 60 minutos.
As cordas de Brahms e Piazzolla também serão destaque na Sala do Conservatório da Praça das Artes, durante o mês de aniversário. O trio Astor se apresenta no domingo, dia 3 de setembro, às 11h. O trio é formado por Edgar Leite, no violino, Alberto Kanji, no violoncelo e Cecília Moita no piano. No repertório, As Quatro Estações Portenhas, de Astor Piazolla e Oblivion. A segunda parte do concerto contrasta com a música europeia de Brahms em “Brahms Trio No.1 OP 8 em SI Maior”. O projeto foi selecionado por meio de Chamamento Artístico Interno do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, os ingressos custam R$ 32 (inteira) e R$ 16. A classificação é livre e a duração total é de 60 minutos.
Retomando uma parceria que foi um grande sucesso, o Coletivo Ateliê Vivo, coletivo artístico transdisciplinar independente de práticas manuais têxteis e vestuário, retorna para residência no Theatro, dessa vez com o projeto Repertório das Mãos, que ocupa o vão da Praça das Artes nas quartas-feiras entre 6/9 e 25/10, sempre às 14h. Nos encontros semanais de 180 minutos de duração, as integrantes do coletivo investigam junto aos participantes, por meio de linhas, retalhos, desenhos e agulhas, nossos mundos interiores. Os ingressos são gratuitos e os encontros são livres para todos os públicos. O projeto é contemplado pelo edital de Residência Artística e Mediação Cultural do Complexo do Theatro Municipal e é coordenado pelo Núcleo de Educação.
No dia 9 de setembro, sábado, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório se apresenta na Sala São Paulo, sob a regência de Richard Kojima, participando da série de concertos matinais da casa. No programa, “Três Movimentos para Orquestra Sinfônica”, do próprio regente, abertura do Festival Acadêmico Op. 80, de Johannes Brahms, e a Sinfonia n.5, de Beethoven. Os ingressos estarão disponíveis no site da Sala São Paulo, a classificação indicativa é livre e o concerto tem duração de 60 minutos.
Para os amantes de piano, no domingo, 10 de setembro, a sala de espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo recebe a segunda edição do Festival Chopin, às 11h, com a participação do espanhol Martin Garcia Garcia, terceiro colocado do Concurso Chopin em 2021. No programa, 4 Mazurkas Op. 33 (10′), Prelúdios Op. 28 (9′) e Sonata Op. 35 in B flat minor (22′), de Chopin, e Sonata No. 3 in F minor Op. 5 (36′), de Johannes Brahms. Os ingressos vão de R$ 42 (meia) a R$ 84 e o concerto, com duração de 97 minutos, é livre para todos os públicos. O Festival tem o patrocínio da Casa Sanguszko da Cultura Polonesa, e parceria com o Theatro Municipal de São Paulo e o Narodowy Instytut Fryderyka Chopina em Varsóvia.
Nos dias 14, 21 e 28 de setembro, sempre às quintas-feiras, às 14h às 17h, a artista da dança Laila Padovan apresenta o projeto Pele: Entre o Corpo, a Rua e o Theatro, no qual convida os participantes a se engajarem em ações performativas pelos espaços internos do Theatro Municipal e pelas ruas de seu entorno, a fim de investigar as relações entre o corpo e as paisagens cotidianas e o dentro e o fora. O projeto conta ainda com a participação de Adriane de Luca, Maju Kaiser e Victor Isidro, e integra o núcleo de educação, foi contemplado pelo Edital de Residência Artística e Mediação Cultural, é gratuito e aberto a interessados em geral, com ou sem experiência artística em dança. A duração é de 180 minutos e há 30 vagas disponíveis.
Ainda como parte das comemorações dos 112 anos do Teatro Municipal, nos dias 14 e 16 de setembro, a gerência de Formação, Acervo e Memória realiza o 1º Encontro Ópera Presente | Futuro, com encontros e rodas de conversa sobre a importância da criação de novas óperas e as relações entre o gênero e a sociedade contemporânea: repensar diálogos possíveis, processos de criação e o papel dos profissionais neles envolvidos. O projeto conta com a coordenação do jornalista João Luiz Sampaio e da dramaturgista Ligiana Costa.
O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo também reserva concertos especiais para esse mês de aniversário. Um dos corpos artísticos da casa criado por Mário de Andrade, então chamado de Quarteto Haydn, eles se apresentam no dia 14 de setembro, quinta-feira, com o concerto “Moderna Tradição”, com as obras de Beethoven “Quarteto Op. 18, nº 5” e “Quarteto Op. 59, “Razumovsky”, nº 1″. O programa tem duração total de 70 minutos, a classificação é livre e os ingressos custam R$ 32.
Os ritmos brasileiros mais ligados ao universo popular também não ficaram de fora da programação musical. O projeto Samba de Sexta volta no dia 15 de setembro, sexta-feira, às 19h, na Praça das Artes, entrada pelo Boulevard São João. Dessa vez, com o Samba da Revoada, um coletivo composto por oito músicos do Bixiga, que trazem em seu repertório estilos como partido alto; ijexá; maxixe e samba enredo, surpreendendo o público com uma seleção que vai de clássicos, passa por lados B e chega a composições autorais. O Samba da Revoada já recebeu artistas como Noca da Portela e Liniker. A entrada é gratuita, a classificação etária é livre e o show tem 90 minutos de duração.
Sucesso no ano de 2022, a parceria entre Theatro Municipal e Câmara Brasileira do Livro volta com o projeto Encontro com Autores, que aproxima público e escritores em um espaço voltado ao intercâmbio de ideias e que acontece sempre às quintas-feiras, às 19h, no Salão Nobre. O primeiro encontro acontece no dia 21 de setembro e trará a atriz, poeta e pesquisadora Luiza Romão. Autora do livro vencedor do Jabuti do Ano passado nas categorias Melhor Livro e Melhor Livro de Poesia e semifinalista do Prêmio Oceanos, “Também Guardamos Pedras Aqui” (Editora Nós, 2021). Os encontros são gratuitos, por ordem de chegada, e a duração é de 90 minutos.
Padovan também será responsável pela segunda residência artística, Da Rua ao Theatro, uma performance itinerante que acontece nos dias 24 e 25 de setembro, entre 11h30 e 14h30, como consequência de seu trabalho nas quintas-feiras. Nela, o espectador é convidado a realizar uma trajetória que se inicia nas ruas e que irá adentrar os espaços internos do Theatro Municipal. A participação é livre, sem necessidade de retirada de ingressos e o início é no andar térreo do Sesc 24 de maio.
Ainda na seara dos ritmos brasileiros, a residência artística Sala de Reboco, com o Bando de Régia, será realizada no Saguão do Theatro Municipal com uma série de concertos didáticos que acontecem sempre às terças-feiras de setembro, às 14h30, contando a história do forró, ritmo associado à diáspora da população nordestina para o sudeste. Nela, serão apresentados resultados de pesquisas no acervo, nas quais a presença da música nordestina no Theatro Municipal foi investigada. Já no dia 26/9, De onde vem o baião? investiga o panorama dos ritmos e histórias do início do século XX até Luiz Gonzaga. O evento é gratuito, os ingressos são distribuídos por ordem de chegada até o limite de 100 participantes, a duração é de 120 minutos e a classificação, livre.
No final do mês, a dança toma conta do palco do Theatro com o espetáculo “Abayomi – Uma Agricultora!“, dia 26 de setembro, terça-feira, às 20h. Trabalho da Ayodele Cia. de Dança em dois ato, ele apresenta a história de uma mãe e uma filha (Djene-ba e Abayomi) na África do Oeste que, abaladas e inconformadas por uma morte ocorrida em família, são obrigadas a deixar a aldeia onde vivem, partindo para o exílio. A Cia Ayodele, por meio do trabalho do professor de balé Milton Kennedy, que assina direção, concepção e dramaturgia, busca em sua trajetória trazer corpos negros para o centro do palco, como protagonistas. O espetáculo tem 160 minutos, a faixa etária é livre e os ingressos são gratuitos.
Dia 28 de setembro, às 20h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, o Quarteto de Cordas da Cidade, composto por Betina Stegmann e Nelson Rios no violino, Marcelo Jaffé na viola e Rafael Cesário no violoncelo, apresentam O que Se Falava na Câmara, programa que apresenta as obras Quinteto em Lá Maior (10′), de Johann Christian Bach, Introdução e Polonesa, de Franz Clement e La Pellegrina, de Tarquinio Merula. O programa tem um total de 60 minutos, é livre e o preço do ingresso é R$ 32 (inteira).
Para os amantes dos mestres pianistas russos Stravinsky e Shostakovich, o mês se encerra com dois concertos imperdíveis, sob a regência de um dos mais importantes maestros gregos da atualidade: Myron Michailidis, com a participação da Orquestra Sinfônica Municipal, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. Na sexta-feira, 29 de setembro, às 20h e no sábado, 30 de setembro, às 17h, Michailidis rege um concerto com a suíte Pulcinella, de Ígor Stravinsky, e Sinfonia nº5 em ré menor, op. 47, de Dmitri Shostakovich. Os ingressos vão de R$12 a R$ 64 e a classificação é livre para todos os públicos. A duração do concerto, com intervalo, é de 95 minutos.
Assessoria de imprensa
Laila Mahmoud
laila.mahmoud@theatromunicipal.org.br
André Santa Rosa
andre.lima@theatromunicipal.org.br
SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.
Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Patrocinadores do Complexo Theatro Municipal de São Paulo – Sustenidos: Nubank e Bradesco.
SOBRE A SUSTENIDOS
A Sustenidos é a organização responsável pela gestão do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e do Theatro Municipal de São Paulo, dos programas Musicou, Som na Estrada, e MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange); e pelos festivais Ethno Brazil e Imagine. Foi responsável pela gestão do Projeto Guri, programa de ensino musical, no litoral e no interior do Estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA, de 2004 a 2021. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos, eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.
Quem apoia nossos projetos: Nubank, Visa, Bradesco, CTG Brasil, CCR, Sabesp, Grupo Maringá, SulAmérica, Microsoft, Bayer, CSN, Novelis, Blau, Cipatex, Eixo SP, Rodovias do Tietê, Faber-Castell, WestRock, SKY, BTP, CNH Industrial, Supermercados Tauste e Castelo Alimentos.
Patrocinador do projeto Municipal Circula: Nubank