Marcelo Soido Paz 
Neste sábado ocorre a 12ª Lavagem do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro
Neste sábado, 29 de julho, às 10h, acontece a 12ª Lavagem do Cais do Valongo, uma cerimônia realizada anualmente para celebrar a ancestralidade dos povos de origem africana.
Neste ano, a lavagem será realizada pela Iyalorixá Mãe Edelzuita de Oxalá, com produção do Instituto Ilê Odara.
Localizado na Região da Pequena África, no Centro do Rio de Janeiro, o local foi o principal porto de entrada de africanas e africanos escravizados no Brasil e nas Américas. Em 2017, foi declarado patrimônio mundial pela Unesco.
Ao longo de sua existência, o Cais do Valongo passou por sucessivas tentativas de apagamento da memória e das narrativas dos mais de um milhão de africanos escravizados que passaram por ali.
Na contramão deste processo, a lavagem tem se consolidado como uma expressão de resistência e preservação da memória ancestral.
Ainda como parte desta resistência, o Cais tem passado por obras de valorização, que incluem adequação física, sinalização do sítio arqueológico e instalação de módulos expositivos.
Sob responsabilidade do IDG- Instituto de Desenvolvimento e Gestão, o projeto de requalificação teve início neste mês de julho e deve ser concluído até novembro.
Durante o período, serão investidos mais de R＄ 2 milhões pela transmissora de energia elétrica State Grid Brazil Holding, por meio de financiamento pela linha de Investimento Social para Empresas – ISE, do BNDES
