Estudo aponta o que estão falando nas redes sociais sobre o Campeonato Mundial de Futebol Feminino
Com mais de 2,5 mil menções no período que antecede o evento, torcedores aprovam convocação da Seleção Brasileira, mas sentem falta de Cristiane
O Campeonato Mundial de Futebol Feminino começou nesta quinta-feira (20) e segue até 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia. As atletas brasileiras estão treinando a todo vapor para entrar em campo na próxima segunda-feira, dia 24 de julho, contra o Panamá. E por aqui, no Brasil, o assunto já está tomando conta das redes sociais.
Um estudo, realizado pela STILINGUE, plataforma de monitoramento e interação de conversas em canais digitais, e pela NWB, content tech focada em esportes do Grupo SBF, traz insights sobre o que foi falado a respeito do evento esportivo, de 16 de maio até 16 de julho. Neste período, foram registradas 21 mil conversas nas redes sociais sobre o Campeonato Mundial de Futebol Feminino, envolvendo mais de 10 mil usuários. O primeiro grande pico de menções aconteceu em 27 de junho, data da convocação oficial da técnica da Seleção Brasileira, Pia Sundhage, para o mundial. O assunto teve 783 publicações. Antes disso, a média diária de menções não passava de 200 ocorrências.
“Eventos como o Campeonato Mundial de Futebol Feminino são perfeitos para gerar diversas análises e insights em tempo real, e ainda, analisar o comportamento do público torcedor, aplicando todo o potencial da Inteligência Artificial para que as marcas possam participar das conversas com os usuários de forma estratégica”, ressalta Menedjan Morgado, Head de Insights da STILINGUE.
Amistoso entre Brasil e Chile aqueceu o debate
No dia 2 de julho, quando ocorreu o amistoso entre Brasil e Chile que terminou com o placar de 4×0, houve um discreto aumento na repercussão do evento nas redes sociais. A disputa entre as seleções sul-americanas totalizou 827 publicações sobre o assunto. As jogadoras Gabi Nunes, Geyse, Duda Sampaio e Luana, que marcaram os quatro gols contra o Chile, compuseram o top 5 das atletas mais citadas na data, ao lado da craque Marta, que sempre é lembrada pela torcida.
Outro pico de menções sobre o mundial foi em 15 de julho, quando o foco principal do debate online foi sobre como deve ser a jornada de trabalho durante os dias dos jogos na Austrália e Nova Zelândia. Mais de 1.100 posts falavam sobre isso no dia.
No dia da convocação oficial da Seleção Brasileira, na data de 27 de junho, também foi registrado um grande número de conversas nas redes sociais sobre o Campeonato Mundial de Futebol Feminino, totalizando 2 mil publicações. O gráfico abaixo ilustra a volumetria de ocorrências monitoradas sobre cada uma das jogadoras que entraram na lista da técnica Pia Sundhage. A sentimentalização mostra que, em geral, o anúncio foi bem aceito pelo público.
A insatisfação da torcida veio com a não convocação de Cristiane, veterana atacante que joga pelo Santos. Termos como “sacanagem”, “não me conformo”, “indignação” e “fim da linha”, se destacaram entre essas conversas.
Patrocinadores promovem a valorização da modalidade
Promovida pela Visa, em parceria com o banco Sicredi, a campanha “Vem com elas!” pela visibilidade do futebol feminino mobilizou cerca de 2,5 mil mensagens que abordaram a importância da valorização e popularização do futebol praticado por mulheres.
Outra ação que gerou grande repercussão entre os internautas foi o vídeo produzido pela Orange, emissora que patrocina a seleção francesa, e que substituiu o rosto de jogadoras pelo de estrelas masculinas, para mostrar como o preconceito ainda está presente em campo. O vídeo extrapolou as fronteiras regionais e movimentou as redes sociais. “Sensacional”, “genial”, “impactante”, “pesadíssimo”, “inteligentíssimo”, “incrível” e “fantástico” foram alguns dos adjetivos identificados entre as conversas que citaram o conteúdo.
Nomes como Manuela D’Ávila, Ricardo Amorim, Isabela Pagliari e Filipe Frossard foram alguns dos que inflaram as narrativas sobre o Campeonato Mundial de Futebol Feminino no Brasil, além dos portais de notícia, que representaram 66% do total de conversas monitoradas.
Já o McDonald’s, patrocinador da transmissão dos jogos pela CazéTV, trouxe para o cardápio um novo hambúrguer, o “Brabo”, que remete aos sabores brasileiros e com Galvão Bueno narrando a escalação dos ingredientes na campanha de lançamento do novo sanduíche. Segundo o relatório da STILINGUE, na última quinzena, os posts que mais se destacaram em engajamento no Twitter e Instagram da marca foram sobre o “Brabo”.
Memes já movimentam criadores de conteúdo
Nas redes sociais, o Desimpedidos, canal com mais de 9,5 milhões de inscritos no YouTube e 7,2 milhões de seguidores no Instagram, agenciado pela NWB, fez uma publicação sobre o Campeonato Mundial de Futebol Feminino, trazendo em um carrossel alguns memes que também demonstram um pouco da expectativa do público brasileiro para o evento.
O post recebeu mais de 100 mil interações, performando na média esperada para o perfil, mesmo em comparação com outras publicações sobre temas como Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e assuntos relacionados aos grandes clubes do futebol masculino brasileiro.
“Esse é o momento de resgatar a torcida para incentivar a seleção do Brasil, e isso será possível pela visibilidade e conversas que a internet pode gerar para o Campeonato Mundial de Futebol Feminino. As redes sociais do Desimpedidos, Passa a Bola, Camisa 21 e André Hernan, por exemplo, têm esse papel de informar e entreter a comunidade sobre o mundial. Eles farão a cobertura com conteúdos entre jogos de maneira leve e divertida nas diferentes plataformas como Instagram, YouTube e Twitter”, finaliza Danielli Franco, Senior Content Insights Analyst da NWB.