CLARICE NISKIER REESTREIA “A ALMA IMORAL” EM SÃO PAULO, AGORA NO TEATRO DA UNIBES CULTURAL
Peça de Clarice Niskier com supervisão de Amir Haddad, criada a partir do livro homônimo de Nilton Bonder, retoma o sucesso já visto por mais de 600 mil pessoas em mais de 24 cidades brasileiras, depois de 17 anos consecutivos em cartaz, pausados somente devido à pandemia
“Sempre que me perguntam, como é que uma atriz de teatro consegue toda a noite falar a mesma coisa, respondo, é que na verdade, não há repetição. É assim”.
Clarice Niskier
Em 2023, A Alma Imoral comemora 17 anos consecutivos em cartaz. A história da peça começou em junho de 2006 no Rio de Janeiro, quando estreou numa pequena sala de 50 lugares. De lá, seguiu para um teatro de 400 lugares, onde chegou a ficar em cartaz de terça a domingo. Ganhou o Brasil, em teatros de Norte a Sul, sendo assistida até hoje em mais de 24 cidades.
“No teatro é sempre a primeira vez. Quando me perguntam como é possível fazer uma peça tanto tempo sem se cansar eu respondo: assim como é possível amar tanto tempo a mesma pessoa sem se cansar. Nesse caso o tempo é muito subjetivo. Se a relação está viva, está viva. Dá trabalho, mas não cansa”, afirma Clarice Niskier.
A peça fechou seu primeiro ano com três indicações ao Prêmio Eletrobrás de Teatro (melhor atriz, melhor peça e melhor figurino) e chegou ao segundo com duas indicações ao Prêmio Shell (melhor atriz e melhor figurino), tendo vencido na categoria de Melhor Atriz. Foi ainda contemplada em 2007 pelos Prêmios Caixa Cultural e Caravana Funarte de Circulação Nacional de Teatro, e em 2008 pelo Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz.
Sinopse: A Alma Importal desconstrói e reconstrói conceitos milenares da história da civilização – corpo e alma, certo e errado, traidor e traído, obediência e desobediência.
Sozinha no palco, Clarice Niskier conta histórias e parábolas da tradição judaica, valendo-se somente de uma cadeira e um grande pano preto que, concebido pela figurinista Kika Lopes, transforma-se em oito diferentes vestes – mantos, vestidos, burcas. O espaço cênico concebido por Luis Martins é limpo e remete a um longo corredor em perspectiva.
A ALMA IMORTAL
Reestreia: 30/06, sexta-feira, às 20h
Temporada: até 15 de julho – curta temporada
Teatro da Unibes Cultural
Rua Oscar Freire, 2500 – SP (Ao lado da Estação Sumaré do metrô – Linha 2 – Verde)
Capacidade: 296 lugares
Classificação indicativa: 18 anos
Gênero: drama
Duração: 90 min
Horários: Sextas às 20h; Sábados às 17h e 20h
Ingressos: R$100,00 e R$50,00 (meia entrada)
Sympla: Link
Informações complementares
Prêmios e números
Vencedora do Prêmio Shell RJ 2007 de Melhor Atriz
Mais de 500.000 espectadores
Apresentações em mais de 24 cidades brasileiras
3 indicações ao Prêmio Eletrobrás de Teatro 2006
2 indicações ao Prêmio Shell RJ 2007 (melhor atriz e melhor figurino)
Prêmio Caixa Cultural 2007
Prêmio Caravana Funarte de Circulação Nacional de Teatro 2007
Prêmio Qualidade Brasil SP 2008 de Melhor Atriz
Projeto selecionado pelo FATE 2012 para Circulação no Município do Rio de Janeiro
Projeto selecionado pelo Edital Petrobras Circulação Nacional 2014 Teresina / Maceió
A Alma Imoral fora do Brasil
A adaptação de Clarice Niskier para A Alma Imoral já recebeu várias propostas de montagem no exterior. Teve seus direitos cedidos para a Espanha em 2007 e uma montagem foi autorizada na Argentina, onde esteve em cartaz em 2010, no Teatro Payró, em San Martin, Buenos Aires.
Ficha Técnica
Autor do livro A Alma Imoral: Nilton Bonder
Adaptação, Concepção Cênica e Interpretação: Clarice Niskier
Supervisão de Direção: Amir Haddad
Cenário: Luis Martins
Figurino: Kika Lopes
Iluminação: Aurélio de Simoni
Música Original: José Maria Braga
Preparação Vocal: Rose Gonçalves
Direção de Movimento: Márcia Feijó
Preparação Corporal: Mary Kunha
Cenotécnico, Operador de Luz e Som: Carlos Henrique Pereira
Fotos: Dalton Valério, Elenize Dezgeniski e Letícia Vinhas
Programação Visual: Studio C
Direção de Produção e Coordenação do Projeto: José Maria Braga
Realização: Niska Produções Culturais
Assessoria de Imprensa RJ: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Assessoria de imprensa Unibes Cultural/SP: Vicente Negrão Assesoria
Sobre Clarice Niskier
Clarice Niskier estreou no Teatro Tablado em 1981, na peça Tambores na Noite, de Bertold Brecht, sob a direção de Dina Moscovici, no Rio de Janeiro. Em seguida, foi convidada a participar da peça Porcos Com Asas, de Mauro Rádice e Lidia Ravera, sob a direção de Mario Sérgio Medeiros, interpretando a sua primeira protagonista, em 1982, no Teatro Cacilda Becker.
Trabalhou na Companhia Tem Folga na Direção, sob a direção de Antônio Pedro nas peças Cabra Marcado Pra Correr, (Judas em Sábado de Aleluia), de Martins Pena, e Tá Ruço no Açougue (Santa Joana dos Matadouros), de Brecht. Ainda nos anos 80, trabalhou com o Grupo Pessoal do Despertar, no Parque Lage, atuando na peça O Círculo de Giz Caucasiano, também de Brecht, sob a direção de Paulo Reis; com a premiada diretora do Grupo Navegando, Lucia Coelho, trabalhou em divrsas peças infantis; com Bia Lessa, trabalhou na peça Os Possessos, de Dostoievski, e com Amir Haddad, em Faces, o Musical.
Nos anos 90 atuou na peça Bonitinha, Mas Ordinária, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Eduardo Wotzik e em seguida na peça Confissões das Mulheres de Trinta, texto coletivo, sob a direção de Domingos Oliveira. Com estes dois diretores desenvolveu uma longa parceria. No Centro de Investigação Teatral, dirigido por Eduardo Wotzik fez o papel título de Yerma, de Federico Garcia Lorca, Tróia, de Eurípedes, que lhe valeu as indicações para os Prêmios Shell e Mambembe de Melhor Atriz em 1993. E atuou em seu primeiro monólogo: Um Ato Para Clarice, coletânea de textos de Clarice Lispector, roteiro de Eduardo e Bianca Ramodena, além de atuar também na peça Equilíbrio Delicado, de Edward Albee. Com Domingos Oliveira, encenou seu segundo monologo, Buda, de autoria própria, e nas peças Confissões das Mulheres de Quarenta, texto idealizado e escrito pela atriz sob a orientação dramatúrgica de Domingos Oliveira e colaboração das atrizes Priscilla Rozenbaum, Dedina Bernardelli e Cacá Mourthé; com Domingos fez também a peça Isabel, de Aderbal Freire-Filho, com Maitê Proença e Aderbal como atores, e nas peças Amores e Primeira Valsa, ambas de autoria do próprio Domingos Oliveira. Clarice participou de vários filmes dirigidos por Domingos, entre eles, Amores e Feminices.
A partir do ano 2000 trabalhou nas seguintes peças: A Memória da Água, de Shelagh Stephenson, sob a direção de Felipe Hirsh; O Caso da Rua ao Lado, de Eugène Labiche, sob a direção de Alberto Renault; Antônio e Cleópatra, de Shakespeare, sob a direção de Paulo José; Tudo Sobre Mulheres, de Miro Gavran, sob a direção de Ticiana Studart, que lhe rendeu a sua segunda indicação para o Prêmio Shell de Melhor Atriz, em 2006; na peça A Alma Imoral, adaptação da propria atriz do livro A Alma Imoral, de Nilton Bonder, sob a supervisão de Amir Haddad, que estreou no Espaço Sesc-Copacabana, em junho de 2006. A Alma Imoral está há 17 anos em cartaz, já foi vista por mais de 600 mil espectadores, Clarice recebeu indicação para vários prêmios, entre eles os Prêmios Eletrobrás de Melhor Espetáculo, Melhor Atriz e Melhor Figurino; recebeu sua terceira indicação para o Prêmio Shell de Melhor Atriz, sendo a ganhadora deste prêmio em 2007. Clarice ganhou também o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz – Drama SP em 2008, por sua atuação em A Alma Imoral, que cumpre temporada na capital paulista.
Sem interromper o espetáculo A Alma Imoral, Clarice Niskier atuou em 2009 na peça Maria Stuart, no CCBB de Brasília e do Rio de Janeiro, sob a direção de Antonio Gilberto, ao lado de Julia Lemmertz. O que lhe rendeu uma bonita matéria na Folha de S. Paulo sob o título: “Sem Folga, Atriz alterna Trono e Nudez”. Atuou também, em 2012 e 2014, na peça O Lugar Escuro, de Heloisa Seixas, ao lado de Camila Amado; em 2015 estreou seu quarto monologo A Lista, de Jenniffer Tremblay, que lhe valeu nova indicação para o Prêmio Shell de Melhor Atriz de SP.
Clarice tem ainda em seu currículo vários trabalhos na TV – o mais recente foi na novela Carinha de Anjo (SBT). Esteve em Ciranda de Pedra, de Alcides Nogueira, na TV Globo, sob a direção de Denise Saraceni, em 2009; e em 2011 uma participação especial na novela Araguaia, de Walther Negrão, também na TV Globo, interpretando a divertida Irmã Dulce. Clarice fez ainda uma participação especial num dos episódios da série Macho Man, na TV Globo, interpretando uma terapeuta corporal alternativa ao lado de Marisa Orth e Jorge Fernando; e também na série As Brasileiras, de Daniel Filho, ao lado do casal Malvino Salvador e Sophie Charlotte. Protagonizou o filme A Viagem de Volta, direção de Emiliano Ribeiro.
Clarice Niskier ministra cursos de teatro, tendo em seu currículo aulas para executivos da IBM (RJ e SP) e IBGE (RJ). A atriz é frequentemente convidada para falar em eventos empresariais sobre sua experiência como atriz e como autora da adaptação da peça A Alma Imoral. Clarice escreve roteiros teatrais para eventos corporativos. E realiza leituras de roteiros adaptados para o teatro de livros de vários autores, em eventos corporativos em SP. Foi colaboradora da revista Lola Magazine, da Ed. Abril e tem vários artigos publicados na Revista IDE, publicação da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Clarice Niskier tem formação em Jornalismo, na PUC do Rio de Janeiro. Trabalhou no Jornal do Brasil por dois anos e no Jornal Repórter, também por dois anos, enquanto cursava a Faculdade de Jornalismo.
Em publicidade, Clarice realizou a bem sucedida campanha “Dinorah da TVA”, campanha publicitária de grande sucesso nos anos 90, que permaneceu dois anos no ar em todos os canais de televisão, principalmente no Rio, e que recebeu vários prêmios em sua categoria.
Em 2011, Clarice Niskier dirigiu a peça Aquela Outra, de Licia Manzo; em 2013, codirigiu com Maitê Proença e Amir Haddad a peça À Beira do Abismo Me Cresceram Asas, e mantém em repertório as peças A Alma Imoral, A Lista e A Esperança na Caixa de Chicletes Ping Pong. Este ano estreou no CCBB RJ a peça Coração de Campanha, de sua autoria, com supervisão de Amir Haddad, fazendo circulação pelas unidades de Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. A atriz se manteve em atividade mesmo durante a pandemia realizando espetáculos on line. Retornou a São Paulo em 2021, 22 e 23, nos teatros MorumbiShopping, Eva Herz e, agora, o Teatro da Unibes Cultural.