MAURÍCIO DE SOUSA É ENTREVISTADO POR MARCELO TAS NO PROVOCA DESTA TERÇA (27/6)
EDIÇÃO INÉDITA COM O CARTUNISTA VAI AO AR NA TV CULTURA, A PARTIR DAS 22H
Nesta terça-feira (27/6), Marcelo Tas entrevista, no Provoca, Maurício de Sousa, um dos mais famosos cartunistas do Brasil, criador da Turma da Mônica e membro da Academia Paulista de Letras. Ele fala no bate-papo sobre a infância, início de carreira, os ‘nãos’ que recebeu, canta um trechinho da canção Granada, e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
O cartunista conta que, com sete anos, sua mãe o levava para cantar nos programas de calouros que tinham nas rádios. “Eu tinha a voz parecida com a do artista espanhol Agustin Lara e cantava, por exemplo, a música Granada, em espanhol. E em todos os programas que eu ia, eu ganhava em primeiro lugar (…) tinha um rapaz que animava a plateia e quando eu cantei, todo mundo aplaudiu e eu ganhei. Ele me pôs no ombro, e esse mocinho magro que me colocou no ombro, pra andar pra lá e pra cá, era o Adoniran Barbosa”, revela o cartunista.
Em outro momento do programa, Tas pergunta se Maurício recebeu muito não. “Recebi alguns nãos sonoros, para não dizer gritantes. O primeiro foi na Folha de S.Paulo. Vim de Mogi das Cruzes, com uma pasta cheia de desenhos que minha mãe tinha visto e achado bonito (…) mostrei meus desenhos para o diretor de arte, ele deu uma olhada, fechou e falou: “menino, faz outra coisa na vida, esquece de desenho que não dá dinheiro pra ninguém”. A pessoa que me disse isso era um dos dois, três maiores ilustradores do Brasil”, conta.
Ao sair da redação, o cartunista conta para Tas que encontrou um jornalista que falou que ele havia mostrado seus desenhos para uma pessoa que não o conhecia e sugeriu para Maurício começar a trabalhar lá em qualquer coisa, fazer amizades e depois mostrar os desenhos para amigos, colegas. “Eu segui o que ele falou, ele me deu um trabalho de copidesque (…) virei repórter policial depois de um tempo; meu texto era muito sofisticado para reportagem policial, (…) fui pro coloquial, que me ensinou a caber o texto no balãozinho de história em quadrinhos. Então estava tudo aberto para eu criar a primeira historinha, mostrei para os amigos da redação, eles publicaram e pagaram (…) eu quero ser desenhista de história em quadrinhos”, disse na época.