No inicio de 2021, foram iniciadas as comemorações dos 40 anos do hit musical “OLHOS COLORIDOS” e dos 70 anos de seu autor MACAU, com o projeto “Olhos Coloridos, Um Hino?” que se propôs a contar a história da música, do autor, do público, das várias gravações e dos porquês de ter se tornado o “Hino do orgulho negro”.
Novembro de 2022, mês onde é comemorado o dia da consciência negra, será celebrado em grande estilo.
O pontapé inicial será dado com o projeto “Macau e Olhos Coloridos ao Vivo” – aprovado no edital “Retomada Cultural 2 da SECEC-RJ”, onde será transposta para o formato presencial a live “Olhos Coloridos, Um Hino?”.
A ideia original foi mesclar encenação e música. Macau recebeu numa live, realizada na sala de sua casa, os artistas convidados: Alice Barros, Nanda Fellyx e o grupo Filhos de Sá (Murilo Santos, Nayana Duarte e Cosme Motta) – para juntos contarem sua história e a de “Olhos Coloridos”.
Em 2022, serão realizados três espetáculos musicais:dois aconteceram no Colégio Pedro II de Realengo, no dia 09 de novembro, o primeiro de 16h30m às 18h e o outro de 18h30m às 20hs e uma apresentação vai rolar no Colégio Pedro II, de Caxias, no dia 17 de novembro, às 17h20m.
.O Colégio Pedro II já há alguns anos vem realizando projetos importantes no mês da Consciência Negra e em todas as edições a música “Olhos Coloridos” e o autor Macau são convidados especiais. Será retribuído aos estudantes e professores, o trabalho de conscientização antirracista, que há anos vem sendo desenvolvido com o tema da música.A organização e divulgação das apresentações serão feitas em parceria com os professores das escolas para que o trabalho tenha a abordagem correta e esteja bem adaptado à agenda escolar e à linguagem dos trabalhos ministrados na grade escolar das escolas.
O projeto “Olhos Coloridos, uma pintura livre”, aprovado no edital “Rua Cultural” da SECEC-RJ, dará continuidade às comemorações. Está sendo transposta para os muros das ruas do Rio de Janeiro, mais particularmente para o muro do Colégio Municipal Monsenhor Rocha, localizado na Av. Nossa Senhora da Penha, 589, na Penha, a ideia de três artistas de pintura grafite, que se encantaram com a história de Macau e se propuseram a levar para os muros, transformando em pintura, em arte, a história desse artista e da música “Olhos Coloridos”, o “hino do orgulho negro”.
No dia 20/11, data em que se comemora a “Consciência Negra”, será entregue à comunidade da Vila Cruzeiro, ávida por cultura, a arte urbana, em grande formato, contando a história de “Olhos Coloridos” através da vida de seu autor Macau.
As ações propostas:
· A pintura em grande formato nos muros do Colégio Municipal Monsenhor Rocha em parceria com a ONG “Liga do Bem”, que seguindo a tradição, com os professores e dirigentes, vem realizando há mais de nove anos um bonito trabalho de conscientização antirracista, onde a música “Olhos Coloridos” e seu autor são sempre celebrados. Inauguração: dia 20/11.
· As oficinas: os três artistas vão levar a arte, seus dons e conhecimentos para o coração da Vila Cruzeiro, ampliando as fronteiras e penetrando fundo no coração das crianças dessa comunidade. Complementando a parceria, o Colégio Municipal Monsenhor Rocha e a ONG “Liga do Bem” se juntam ao grupo de artistas e em uma ativação sócio cultural, no formato de oficinas, vão promover um lindo encontro entre os artistas e os alunos.O trabalho se encerra no dia 16/11, com a materialização nas paredes da escola de uma grande pintura, um grande mural, que será realizado pelos alunos e artistas.
Os artistas:
Fabio Cesário (BINHO BANAL), é um artista urbano, que como todo grafiteiro tem o sonho de um dia viver do grafite; enquanto isso não acontece elesegue nas batalhas diárias da vida. Binho participa de muitos projetos sociais que tem o grafite como ferramenta de informação e comunicação, sempre buscandoconscientizar a população para questões sociais. Alguns desses projetossão voltados para populações carentes do Rio de Janeiro e são oficinas de grafite,oficinas de penteados afros,cortes de cabelo e doações de cestas básicas, que levam muito colorido para as comunidades do nosso estado.Binho participou do “Projeto Cores e Valores”, que tem o objetivo delevarpara a cidade de São Gonçalo o colorido especial e a valorização da cultura hip hop,oferecendo muita música, dança e muito grafite. Participou também do “MeetingofFavela” da Vila Operária de Duque de Caxias.
Cynthia Dias (CYNTHIA AITH) é arte educadora, curadora independente e grafiteira. Cynthia Dias é formada em licenciatura em Belas Artes pela UFRRJ (2017), com período sanduíche em História daArte, pela Universidade de Coimbra (2010-2012). É idealizadora e produtora dos projetos “Suburbanidades – O Lugar da Periferia na Arte Contemporânea” e da “Mostra Sala Preta”.Faz parte do grupo de pesquisa CNPQ/IBRAM “Artistas Negros e Representações doNegro no acervo do MNBA” e da “BrabasCrew”, um grupo de grafiteiras mulheres.Ganhadora do Prêmio Cultura + Diversidade (2017) e do Prêmio Arte Escola (2020),ambos da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
Marlon Fernandes (MARLON CHAPELEIRO) vem através da arte de rua disseminar a cultura afro-brasileira. É criador do projeto “Espalha N´Goma”, quecomeçou com a produção de Fanzines(livretos produzidos de formaautônoma). Contam e ilustram histórias do povo negro e suas manifestaçõesculturais, religiosas e artísticas.N’goma é uma palavra de origem africana da nação BANTU e representa a energiaancestral que perpassa por nós e continua. A necessidade de espalhar essa energia levou as ilustrações do papel para as paredes: de pequenas intervenções urbanas aos painéis e oficinas de pintura para crianças e adultos, retratando a identidade afro-indígena, seus costumes e religiosidade. Comunidades tradicionais, quilombolas, favelados, povos originários, caiçaras, aldeões e suas divindades são temas desse projeto. No trabalho de Arte-Educação passa fundamentos da Cultura Popular afro-brasileira através de vivências e oficinas de Jongo, Cacuriá, Capoeira Angola, Samba de Coco e de Roda, Bumba meu Boi, Contação de Histórias, inspirando e influenciando diretamente as artes plásticas Espalha N’goma.