Sucesso de público e crítica, o espetáculo “Bisa Bia, Bisa Bel” comemora o oitavo ano de carreira, desde a sua estreia, e os sete prêmios recebidos, incluindo o de “melhor espetáculo do ano”, nas duas principais premiações da cidade em sua temporada inicial. A peça infantil faz curta temporada no teatro da Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, nas tardes de sábado e domingo, entre os dias 8 e 30 de outubro, sempre às 16h. Serão temporadas populares dentro do Festival “Arte por toda parte”, idealizado pela produtora Constelar, da empresária Tatianna Trinxet, com patrocínio da PRIO, companhia independente de óleo e gás no Brasil.
O premiado livro infanto-juvenil de Ana Maria Machado ganhou os palcos em 2014, como um musical acústico, sob a direção e adaptação de Joana Lebreiro; e recebeu sete prêmios de teatro infantil. Escrito em 1981, o livro Bisa Bia, Bisa Bel é considerado um dos dez livros infantis mais importantes do país, com mais de 500.000 exemplares vendidos. A autora recebeu muitos prêmios, entre eles o “Hans Christian Andersen”, considerado o Nobel da Literatura Infantil e Juvenil.
O espetáculo tem como ponto de partida um grupo de cinco crianças, que juntas, lêem o clássico de Ana Maria Machado. A partir daí, o livro ganha vida no palco através de canções e jogos, onde os amigos brincam e interpretam os personagens. Em “Bisa Bia, Bisa Bel”, a autora nos conduz pela história da menina Isabel que, no convívio imaginário com sua bisavó e sua bisneta, vai aprendendo a conviver consigo mesma, em sua travessia para a puberdade. Ela encontra o retrato de sua bisavó, Beatriz, e começa a ouvir a voz de Bisa Bia que a acompanha sempre dando conselhos, com suas opiniões sobre as atitudes de uma mocinha bonita e “bem-comportada”, além de aguçar sua curiosidade pelas coisas de antigamente.
Em contraponto, surge a voz de sua futura bisneta Beta, ainda não nascida, com a visão de uma mulher do futuro e independente. Na fantasia de Isabel, essas vozes se confrontam e a menina mergulha na memória de sua família, buscando sua identidade, e acaba descobrindo por si mesma que as três – Isabel, Bisa Bia e Neta Beta – juntas são invencíveis. Misturando o real e o imaginário, a narrativa aborda questões como memória e identidade, revelando diferentes concepções sobre o papel da mulher ao longo da História.
“Esse livro marcou a minha infância. Ele conta uma história emocionante com humor, poesia e lirismo. Quando pensei em adaptá-lo para o teatro, não queria que a montagem fosse uma tradução literal do livro, mas uma verdadeira brincadeira em cima do palco. Meu objetivo é despertar nas crianças e nos pais o desejo de ler o livro depois de sair do teatro”, explica a diretora Joana Lebreiro. “Quando escrevi Bisa Bia, Bisa Bel estava com muita saudade das minhas avós. Vontade de falar sobre elas com meus dois filhos. Não imaginava que pouco depois ia ter uma filha e essa linhagem feminina ainda ia ficar mais significativa para mim e que este livro fosse ganhar tantos prêmios e tocar tanto os leitores”, conclui a autora Ana Maria Machado.
Histórico:
O musical fez cinco temporadas bem-sucedidas na cidade Rio: nos Teatros Gláucio Gill (Copacabana) e Cândido Mendes (Ipanema) em 2014, no Teatro Sesc Ginástico (centro) em 2015, e na Cidade das Artes (Barra) em 2016, além de ter percorrido as arenas culturais da cidade do Rio, e várias cidades do estado do Rio. Em 2017 fez curta temporada no Espaço Furnas Cultural, em outubro, com lotação esgotada em todas as sessões. Em 2018 apresentou-se na Caixa Cultural Curitiba. Em 2019, fez duas sessões especiais no teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea. A equipe responsável por esta empreitada acumula realizações de peso no teatro infanto-juvenil carioca. A diretora Joana Lebreiro, indicada ao prêmio Zilka Salaberry 2012 por “Coisas que a Gente não Vê”, desta vez foi responsável também pela adaptação da montagem.
Prêmios:
•Prêmio CBTIJ:
Melhor Espetáculo de 2014,
Melhor direção (Joana Lebreiro),
Melhor texto adaptado (Joana Lebreiro),
Melhor Coletivo de Atores e Atrizes.
•Prêmio Zilka Sallaberry:
Melhor Espetáculo de 2014,
Melhor texto/adaptação (Joana Lebreiro),
Melhor direção musical e arranjos (Marcelo Rezende)
Ficha Técnica:
Texto: Ana Maria Machado
Direção e adaptação: Joana Lebreiro
Elenco: Viviana Rocha / Raquel Penner / Laura Becker / Vicente Coelho / João Lucas Romero / Ana Moura
Cenário: Carlos Alberto Nunes
Figurino: Mauro Leite
Iluminação: Aurélio de Simoni
Direção musical e Preparação Vocal: Marcelo Rezende
Músicas: Marcelo Rezende e Joana Lebreiro
Direção de Movimento: Nathalia Mello
Programação Visual: Miguel Carvalho
Produção: Alexandre Mofati e Maria Alice Silvério
Realização: Ofício Produções LTDA.
Serviço:
Espetáculo “Bisa Bia, Bisa Bel”
De 8 a 30 de outubro de 2022
Sábados e Domingos, às 16h
Teatro da Casa de Cultura Laura Alvim – Avenida Vieira Souto, 176 – Ipanema, RJ
Valor do ingresso: R$ 40,00 (INTEIRA) R$20,00 (MEIA)
Site para vendas de ingressos: funarj.eleventickets.com
Duração: 65 minutos
Classificação indicativa: Livre
Capacidade: 200 espectadores
Acessibilidade: 5 espaços para cadeirantes, 3 assentos com dimensões especiais, e banheiro adaptado
Todas as sessões contam com intérprete de libras e audiodescrição.
Sobre o Festival Arte por Toda Parte: Com o objetivo de dar oportunidade e visibilidade aos talentos musicais que nascem das ruas, o Festival Arte Por Toda Parte se consolidou como um evento onde artistas têm a grande chance de mostrar seus trabalhos. Em 2019, o evento levou 150 músicos independentes e foi sucesso de público e crítica. Idealizado pela produtora Constelar, da empresária Tatianna Trinxet, com patrocínio da PRIO, empresa brasileira independente de óleo e gás, o festival encerra o ciclo de eventos com a produção de quatro espetáculos teatrais na Casa de Cultura Laura Alvim: as peças “A Alma Imoral” e “A Esperança na caixa de chicletes Ping-Pong”, ambas com a atriz Clarice Niskier, e os infantis “Bisa Bia, Bisa Bel”, adaptação do livro de Ana Maria Machado, e “Sambinha”, de Ana Velloso.
Sobre a Casa de Cultura Laura Alvim: Gerida pela Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), vinculada à Secretaria do Estado de Cultura, do Rio de Janeiro, a casa foi inaugurada em 12 de maio de 1986, cumprindo as determinações de Laura Alvim, que doou a casa para o Governo do Estado do Rio. O espaço, localizado em Ipanema, também tem como objetivo preservar a memória de Álvaro Alvim, pai de Laura e importante médico radiologista e no tratamento de câncer, e de Ângelo Agostini, avô materno da doadora, precursor da caricatura nacional, com papel de destaque na abolição da escravidão e no advento da República, através de suas sátiras e críticas políticas.