Repertório traz também poesias de Drummond, Neruda e ícones latino-americanos
O grupo Raíces de América, um dos nomes mais longevos e importantes da música latino-americana, se apresenta gratuitamente neste domingo (31/07), no CCSP – Centro Cultural São Paulo, na capital paulista.
O show traz canções que exaltam a poesia e a cultura latina, elementos que consagraram o grupo ao longo de seus 42 anos de estrada, completados em 2022.
Vale avisar que a performance também contará com o acompanhamento de um intérprete de libras.
O show batizado de “Raíces de América: Drummond, Neruda, Cortázar, Meireles y Galeano” celebra e recorda o antológico primeiro espetáculo do grupo, que ocorreu há mais de quatro décadas.
Durante a apresentação, haverá inserções pontuais da atriz Elizete Gomes com poemas e textos do time de escritores que representa, cada qual, um pedaço peculiar da América Latina e que mostra a diversidade e pluralidade cultural do continente e sua amálgama de identidades: os brasileiros Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles, o chileno Pablo Neruda, o argentino Júlio Cortázar e o uruguaio Eduardo Galeano.
Raíces de América volta aos palcos para propor um resgate da música latino-americana que teve um papel extremamente importante, principalmente nos anos 1980, e que vem gradualmente perdendo espaço no contexto da cena musical atual brasileira. O show no Centro Cultural também marca a estreia de Nicole Bueno, que assume os vocais do Raíces de América em substituição à cantora Miriam Miràh, que faleceu em 2022. A atual formação do Raíces de América conta com oito músicos/cantores multi-instrumentistas e cerca de 30 instrumentos em cena: percussões diversas, unindo em seus ritmos a sonoridade brasileira e andina, além de vários instrumentos de corda e sopros, mesclando o acústico com o elétrico.
No repertório, clássicos da música latina como “Volver a Los 17”, de Milton Nascimento com Mercedes Sosa; Los Hermanos, “Solo le Pido a Dios”, sucesso de Mercedes Sosa que chegou a ser regravado por Beth Carvalho; além de sucessos do Raíces de América, como “Fruto do Suor”, música que o grupo conquistou o segundo lugar no “Festival MPB Shell”, em 1982.
O show “Raíces de América: Drummond, Neruda, Cortázar, Meireles y Galeano” tem entrada gratuita e os ingressos serão distribuídos uma hora antes do show. Serão garantidos todos os cuidados e recomendações vigentes referentes ao coronavírus, como máscaras e distanciamento.
Serviço
Raíces de América: Drummond, Neruda, Cortázar, Meireles e Galeano
Data: 31 de julho de 2022 (domingo)
Horário: 18h
Entrada gratuita — ingressos serão distribuídos uma hora antes do show
Intérprete de Libras
Local: Centro Cultural São Paulo
Endereço: Rua Vergueiro, nº 1000 – Paraíso – São Paulo (SP)
Mais em www.instagram.com/raicesdeamericaoficial
Sobre Raíces de América
Raíces de América, um dos principais grupos de música latina do Brasil, completou 42 anos no início de 2022. São quatro décadas marcando a cena da música latino-americana. O forte sentimento de uma história comum inspirou sua criação e a apresentação de espetáculos intensos para grandes plateias. Assim, no final de 1979, o empresário Enrique Bergen, argentino radicado no Brasil, reuniu um time formado por músicos argentinos, brasileiros e chilenos.
No início de 1980, tendo a lendária Mercedes Sosa como madrinha, o Raíces de América estreou em São Paulo com um espetáculo antológico que unia música latino-americana e poesia, declamada pela atriz Isabel Ribeiro. O show, que foi dirigido pelo consagrado diretor Flávio Rangel, deu origem ao primeiro disco do grupo, lançado pelo selo Eldorado.
Em 1982, o grupo emplacou um dos seus principais sucessos: “Fruto do Suor”. A canção, composta por seus integrantes, foi a segunda colocada no Festival MPB Shell, promovido pela Rede Globo. Desde então, tornou-se o hino dos imigrantes latinos que vivem no país e passou a ser obrigatória nos shows realizados em todo o Brasil e no Exterior.
Nos anos seguintes, vieram produções assinadas por Myrian Muniz e Cláudio Lucchesi. O Raíces de América conquistou imediatamente a simpatia do público brasileiro, especialmente dos estudantes, na época engajados nos movimentos de Abertura Política e Diretas.
Além de shows pelo Brasil, o grupo realizou duas turnês pela Europa (Espanha, Holanda e Bélgica), tendo participação marcante no Festival Íbero Americano de Teatro de Cádiz (Espanha). Em sua história, colecionou inúmeras parcerias com artistas consagrados internacionalmente como Mercedes Sosa, Pablo Milanês, Chico Buarque, Milton Nascimento, Renato Teixeira e Dominguinhos.
No repertório, registrado em 13 discos, há alguns clássicos do cancioneiro latino-americano e brasileiro como “Soy Loco Por Ti América”, “Fruto do Suor” e “Guantanamera”, além de obras dos compositores Atahualpa Yupanqui, Daniel Viglietti, Violeta Parra, Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Geraldo Vandré, entre outros, além de composições próprias.
Em seus mais de quarenta anos de existência, o grupo continua olhando para o interior da América do Sul. Cantando, como sempre cantou e cantará, a “esperanza” da América, que emana de todos seus povos e suas tribos.
A formação atual do Raíces de América é Willy Verdaguer (direção musical, baixo e voz), Fabian Famin (primeira voz masculina), Nicole Bueno (primeira voz feminina), Jara Arrais (violão, charango e voz), Chico Pedro (quena, zampoña, tarka, ocarina, flauta transversal e voz), André Perine (guitarra e voz), Jica Thomé (percussão e voz) e Abner Paul (bateria e voz).