Salve salve minhas queridas capivaras.
De volta ao Brasil depois de um mês e meio na Europa viajando com Milton Nascimento e Bala Desejo, Zé Ibarra chega ao Rio de Janeiro com seu show solo nesse dia 21 de julho, às 20h, no Teatro Prudential
Se no Bala Desejo Zé experimenta as possibilidades do desbunde e da atitude expansiva, e com Milton sua faceta como cantor e intérprete, nesse show ele pretende mostrar outras das suas facetas como músico, compositor e diretor musical.
Escrito e dirigido por ele próprio o show tem como fio condutor o passeio pelo seu repertório antigo e inédito, mas se propõe também a abranger canções de vários artistas da nova cena nacional que representam um todo coeso e potente.
Acompanhado por músicos excepcionais como Alberto Continentino, Biel Basile e André Siqueira o show se pretende a algo livre, espontâneo e surpreendente.
Algo que aconteça no agora e que justamente dai surja sua grande beleza, para os que estiverem no palco e para os que estiverem na platéia.
Sobre Zé Ibarra, por Luiz Felipe Carneiro
Zé Ibarra, acima de tudo, é um artesão da música pop, se utilizando da linguagem em tudo o que compõe com o intuito de comunicar, de atingir o outro, mas ele também não deixa de prestar homenagem aos seus ídolos da música clássica, em especial, Maurice Ravel e Claude Debussy. Do primeiro, quando escutou o balé “Daphnis et Chloé”, a sua vida mudou através de uma experiência transcendental. “Eu saí daqui e fui para outro lugar. Entendi o que a música pode ser. Alguns compositores conseguem traduzir tudo no som, e o Ravel entrega o mundo inteiro dentro do som. Eu senti e foi um divisor de águas na minha vida. A música pode encarnar o mundo todo dentro dela. A partir daí, fazer música vira uma responsabilidade muito grande.”
E Ibarra continua trazendo a responsabilidade para si com o seu mais recente projeto — no qual atua como compositor, produtor musical e arranjador —, o coletivo Bala Desejo, que surgiu através de uma “live” despretensiosa em tempos pandêmicos. De início, a ideia era fazer uma espécie de radiografia do mundo e, a partir daí, sugerir uma resposta possível; o desejo de entregar algo que servisse de alento, que tocasse no sublime. Mas o tempo mostrou que talvez não fosse por aí. Aquelas canções deveriam estar ligadas ao corpo, à dança, ao contato físico. “Um disco para pular, dançar e dar beijo na boca”, como bem resume o músico. “Esses projetos são meus amores, eu sou essas bandas”, diz.
Para 2022, Zé Ibarra já tem estúdio agendado para gravar o seu primeiro disco solo, que será lançado até dezembro.Um dia, Ibarra me falou: “meu medo é morrer e não fazer nada interessante”. Posso garantir que esse risco ele não corre. Talvez ele nem tenha noção de tantas coisas interessantes que já fez para a Música Popular Brasileira.
SERVIÇO:
Zé Ibarra
Teatro Prudential – Rua do Russel, 804 – Glória, Rio de Janeiro
Data: 21 de julho
Horário: 20h
Preço:
Plateia – R$ 60 (inteira)
Duração: 90 min
Classificação: Livre
Abertura da casa: 60 minutos antes
Lotação presencial: 359 lugares
Ingressos Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/73121/d/137474