Salve, salve minhas queridas capivaras.
Quinhentos mil americanos não têm onde passar a noite.
Onde Eu Moro é um documentário curta-metragem de Jon Shenk e Pedro Kos que captura a experiência de diversas perspectivas.
Este filme imersivo personaliza o avassalador problema contando as histórias reais das pessoas que passam por ele, como um primeiro passo para contestar atitudes desinformadas e políticas obsoletas e para dar ao público uma visão rara e aprofundada da escala, escopo e diversidade das pessoas em situação de rua hoje nos Estados Unidos.
Em Onde Eu Moro, vemos barracas se tornarem quartos; caminhões se transformarem em banheiros e parques serem usados como cozinhas. As pessoas fazem suas casas onde quer que estejam e seguem suas vidas sujeitas ao amor, às brigas e também às violências.
Os diretores Pedro Kos e Jon Shenk tinham apenas um objetivo quando se propuseram a abordar a questão da falta de moradia: humanizar essa experiência, independentemente da forma que ela assumisse.
A dupla passou a retratar as histórias de moradores de rua que também poderiam estar vivendo confortavelmente, igual às pessoas a apenas alguns quarteirões ou andares de distância, se não fosse por um vasto conjunto de circunstâncias infelizes, como vícios, doenças mentais, abuso sexual, homofobia, custos com saúde e deficiências.
À sombra do desenvolvimento imobiliário sem limites que se prolifera em grandes cidades, como Los Angeles, São Francisco e Seattle, Kos e Shenk filmaram a vida cotidiana de mais de 24 indivíduos, ao longo de três anos, fornecendo um retrato parcial sobre a vivência da falta de moradia nos Estados Unidos hoje.
Concebido como uma sinfonia visual de duas partes e gravado em períodos de produção distintos, o filme abre uma janela para um mundo paralelo, escondido da vista de todos, e desafia o público a sentir a escala, o escopo e a diversidade dos desabrigados.
Onde Eu Moro marca o primeiro trabalho que os vencedores do Emmy Kos e Shenk codirigiram juntos, contando ainda com a coprodução da Netflix e Actual Films, e também a produção de Bonni Cohen, Serin Marshall e Richard Berge.