Salve, salve minhas queridas capivaras.
Aclamado pelo público e pela crítica em festivais, o filme cearense ‘Cabeça de Nêgo’ traz em sua narrativa um manifesto contra o racismo e a precariedade do sistema educacional no Brasil.
Dirigido e roteirizado por Déo Cardoso, o longa chega hoje, dia 20 de novembro exclusivamente no Globoplay e foi inspirado no movimento de ocupação de escolas ocorrido em São Paulo, em 2015.
‘Cabeça de Nêgo’ conta a história de Saulo, um jovem engajado em impor mudanças em sua escola e que tem como principal referência os Panteras Negras – partido político dos EUA que tinha como foco principal a defesa da comunidade afro-americana.
Após ser alvo de racismo e reagir ao insulto, ele é expulso, mas se recusa a deixar as dependências do colégio até que a justiça seja feita.
O ato dá início a uma grande mobilização coletiva.
Rodado inteiramente na cidade de Fortaleza, o projeto marca a estreia de Déo Cardoso como diretor e roteirista de um longa-metragem e apresenta pautas urgentes, como a luta contra o racismo, mobilização estudantil, ação popular direta, consciência coletiva, precarização do sistema de educação e contextos de opressão socioeconômica.
“Meus filmes buscam expressar inquietações, questionamentos e sentimentos que determinados contextos sociais me despertam. Faço filmes para refletir os temas abordados e para compartilhar sensações em relação a eles”, declara Déo Cardoso.
O diretor complementa: “Através dos filmes não busco dar respostas, mas sugerir questionamentos e convidar as pessoas para se divertirem e refletirem comigo. Foi nesse espírito que concebi o projeto Cabeça de Nêgo”.
Além de Lucas Limeira, que vive o protagonista Saulo, o elenco conta com as atrizes cearenses Nicoly Mota e Larissa Góes, o ator baiano Val Perré e a participação especial de Jéssica Ellen no papel de professora.