Lançada durante o Setembro Azul, faixa ganha vídeo em Libras
Enquanto revela canções que integrarão seu primeiro disco de estúdio, a banda Taboo convida a refletir sobre a vulnerabilidade social e a cegueira opcional de muitos diante da miséria alheia. Em “Meia-vida”, seu novo clipe e single, o grupo mineiro propõe um diálogo entre privilegiado e sem-privilégios sobre o que nos torna iguais e, ao mesmo tempo, tão diferentes. O vídeo já está disponível em seu canal de YouTube e a faixa, nas principais plataformas de música.
Após abordar a insegurança diante das incertezas do mundo em “Manhã” – faixa onde recebe o convidado Doca Rolim (Skank) – e celebrar o congado norte-mineiro em “Agosto”, Taboo expande o escopo de sua lírica em “Meia-vida”. Mesclando a poética já característica de suas composições com o tema áspero da desigualdade social, a canção traz um tom político e crítico a um trabalho já ancorado nas mais profundas questões humanas.
“‘Meia-vida’ é um dos momentos críticos do nosso álbum. Ela apresenta o olhar de um indivíduo privilegiado sobre um outro não privilegiado, no momento em que o primeiro descobre as suas semelhanças e diferenças. A música é uma crítica a nós mesmos, à nossa indiferença em relação à sociedade e como ela trata diferentes grupos de pessoas. A capa do single, criada pelo artista Igor José, é quase um tapa na nossa cara. Ela representa como vivemos nossas vidas ao passo que evitamos olhar ao nosso redor e enxergar a realidade de quem não tem as nossas oportunidades”, reflete o baterista Matheus Leite. Além dele, a Taboo conta com Lucas Nobre (vocal e guitarra); Michelle Marques (guitarra) e Max Dias (baixo). Matheus é responsável pela concepção e produção do clipe, além da co-direção ao lado de Tomás Gomes.
Decididos a não fechar os olhos diante das demandas sociais, os músicos fizeram de “Meia-vida” seu primeiro clipe em duas versões – uma delas com acessibilidade em Libras e participação de seis pessoas, metade delas surdas. O lançamento coincide com o Dia Nacional do Surdo e com toda a campanha do Setembro Azul, que visa a maior visibilidade para esta questão.
Baseada em Montes Claros, Taboo faz um rock alternativo com influências de diversas vertentes da música brasileira. O quarteto traz na discografia o single “A sua cor”, com o qual foi finalista do Troféu Imprensa do Norte de Minas, e o EP “Valência”, produzido por Leonardo Marques (Maglore, Moons, Young Lights).
Agora, os músicos se preparam para iniciar a jornada de seu primeiro álbum, viabilizado por uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo. Enquanto isso, é possível ouvir “Meia-vida” nas principais plataformas de streaming e conferir o clipe no YouTube.
Assista a “Meia-vida”: https://youtu.be/pjkKj9Df5Dw
Veja versão em libras: https://youtu.be/koXOZeyXXBg
Ouça “Meia-vida”: https://smarturl.it/
Assista ao clipe “Agosto”: https://youtu.be/0CaCbBNMYhw
Assista ao clipe “Manhã”: https://youtu.be/4BAgK-M2gkM
Ficha técnica
Produção e concepção: Matheus Leite
Filmagem e edição: Tomás Gomes
Direção: Matheus Leite e Tomás Gomes
Casting: Lucas Nobre, Michelle Marques, Max Dias, Matheus Leite, Tomás Gomes, Gabriel Brant, Hilky Nascimento, Maria Carolina Vieira, Veronícia Leite, Beatriz Cardoso, Fabiano Oliveira, Pedro Emanuel (Beedo), Maria Clara Leite, Ísis da Mata, Andressa Munizo, Pedro Tommaso, Marina Soares Mendes, Laura Mendes, Francisco Rocha, Erika Noah, Caril Caril, Aninha, Igor José, Denise Pinheiro Soares, Natália Heyden Neves, Lara Albuquerque, Thelly Vieira, Geovana Magalhães, Mariana Ati Caetano, Daniel Toronto, Elaine Oliveira, Daniel Risada, Anna Luiza Oliveira.
Casting (Libras): Veronícia Leite, Pedro Lucas Monteiro de Azevedo, Daniel Neto R. Queiroz, Rubens Xavier, Laura Mota, Maria Carolina Vieira.
Capa: Igor José
Composição: Lucas Nobre
Gravação, mixagem e masterização: Leonardo Marques | Ilha do Corvo
Voz principal: Lucas Nobre
Backing vocal: Matheus Leite e John Longuinhos
Guitarras: Lucas Nobre, Michelle Marques e Leonardo Marques
Baixo: John Longuinhos
Bateria: Matheus Leite
Percussões: Daniel Martins
Letra
Meia-vida
Vi a tua face aparecer
Somos tão iguais em existir
Mas não foi capaz de se encontrar
Sei que fui um tanto distraído
Foi cruel demais não perceber
Tanta gente não te encontrou
Sua cama não pertence a você
Passa todo tempo aí deitado
Pois não compreende o porquê
De estar ali
Não sei mais o que fazer, só o medo
Me afasta de você, só o medo
Sem ninguém pra me envolver, só o medo