Salve,salve minhas queridas capivaras.
A coluna Os livros de cabeceira da Capivara vai falar hoje sobre “O Conto de Aia”.
Escrito em 1985, o romance distópico da canadense Margaret Atwood, tornou-se um dos livros mais comentados em todo o mundo nos últimos meses, voltando a ocupar posição de destaque nas listas do mais vendidos em diversos países.
Além de ter inspirado a série homônima (The Handmaid’s Tale, no original), o a ficção futurista de Atwood, ambientada num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo, e o fundamentalismo se fortalece como força política, ganhou status de oráculo dos EUA da era Trump.
O livro se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes.
As universidades foram extintas.
Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa.
Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos.
Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”.
Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes, as poucas mulheres que ainda são férteis servem de barrigas de aluguel para as famílias ricas do sistema.
O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América.
A autora já anunciou que está escrevendo uma continuação para O Conto de Aia, chamada “The Testaments”, cuja história se passa quinze anos depois dos eventos do primeiro livro e será narrada por três personagens femininas diferentes.
A previsão de lançamento é para setembro de 2019.
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