Canções do Rio – A cidade em letra e música

Salve, salve minhas queridas capivaras.

Tenho lido muitas posts pelas redes sociais detonando duas coisas que eu gosto muito, o meu querido Rio de Janeiro e a música brasileira e isso me deixa muito triste

Não nego que estamos passando por um momento bem difícil aqui na cidade maravilhosa (nem sei se ainda podemos chamar a cidade por esse apelido) e que a música brasileira, na minha modesta opinião, perdeu um pouco do brilho de outrora.

Por favor, não estou criticando os nossos ritmos musicais, longe disso, mas infelizmente parece que não tem espaço para o novo, para alguma coisa que venha desafiar e nos fazer sair da rotina.

Engraçado que, mesmo com toda a tecnologia, o mercado musical parece ter afunilado, mas isso é assunto para uma outra coluna, não vou me aprofundar.

Tentando amansar um pouco esse meu pobre e combalido coração, venho trazer um excelente livro que trata desses dois assuntos.

Vamos falar sobre o livro “Canções do Rio – a cidade em letra e música” da editora Casa da Palavra.

A obra, de organização do escritor Marcelo Moutinho, é dividida em seis capítulos, cada um representando uma época da presença do Rio de Janeiro na música do Brasil e escrita por grandes figuras da nossa literatura.

Meus amigos, o Marcelo montou uma verdadeira seleção brasileira, prestem bastante atenção nessa escalação:

• João Máximo
• Sérgio Cabral
• Nei Lopes
• Ruy Castro
• Hugo Sukman
• Silvio Essinger

São abordados temas como samba, bossa nova, marchinhas e outros gêneros musicais que levam o Rio de Janeiro no seu DNA.

Vou ser bem sincero, o capítulo sobre o samba, escrito pelo Nei Lopes, é o meu favorito.

Outra coisa que me chamou muita atenção nessa obra é a lindíssima parte gráfica, cuja produção gráfica é da Luciane Corrêa e o projeto gráfico é da Retina 78,  Gostei muito da capa, das fotos e da solução gráfica utilizada para a separação dos capítulos.

Fiquei tão tocado por esse tema que cheguei até a fazer um esboço de argumento para ser usado como sugestão de enredo para as escolas de samba utilizarem no carnaval, a musicalidade carioca na avenida, pode ser apenas um delírio meu mas acho que dá samba.

Segue o texto de apresentação do livro “Cancões do Rio – a cidade em letra e música”, que traduz com perfeição a ideia da obra.

Para Tim Maia, “do Leme ao Pontal, não há nada igual”. Já para Fernanda Abreu, o Rio de Janeiro é o “purgatório da beleza e do caos”. Mas, para ambos — e tantos outros compositores —, o Rio é uma inequívoca fonte de inspiração musical, seja de odes ou de antiodes. Baseado nesse espírito, chega às livrarias, pela editora Casa da Palavra, o livro Canções do Rio — A cidade em letra e música.

“O objetivo do livro é justamente demonstrar como nossos compositores cantaram o Rio de Janeiro em diferente épocas e gêneros. Do samba ao rock, da bossa nova ao funk, da marcha ao rap”, revela o escritor e organizador do volume, Marcelo Moutinho. Para tanto, foi reunido um time de seis especialistas e pesquisadores do assunto: João Máximo (“Dos primórdios à Era de Ouro”), Sérgio Cabral (“As marchinhas”), Nei Lopes (“O Samba”), Ruy Castro (“A Bossa Nova”), Hugo Sukman (“A canção moderna”) e Silvio Essinger (“Rock, rap e funk”).

A obra analisa a formação da identidade carioca através das marchinhas de Chiquinha Gonzaga, os sambas de Billy Blanco e dona Ivone Lara, da bossa nova de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e do rock, rap e funk de Cazuza, MV Bill e Claudinho e Bochecha. Esses são apenas alguns exemplos de artistas presentes aqui.

Canções do Rio é, portanto, o Rio na música, a música do Rio, a sonoridade da alma carioca. Ou, nas palavras de Marcelo Moutinho, “do Rio idílico, cuja exuberante paisagem é capaz de arrebentar as retinas. Do Rio de valas negras e favelas no coração. Do Rio que foi, sempre, a cidade-musa”.

Minhas queridas capivaras, recomendo a leitura desse livro para todos que curtem, assim como eu, a música e o Rio de Janeiro.

Site do escritor Marcelo Moutinho – http://www.marcelomoutinho.com.br/livros/cancoes-do-rio-a-cidade-em-letra-e-musica/

Pessoal, eu vou ficando por aqui.

Até o próximo “Livros de Cabeceira da Capivara”

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