Olá lindas e carismáticas capivaras seguidoras!
Estou aqui de volta para contar um pouco mais dos filmes e séries que invadem a telona e a telinha, o circuito de cinemas e o seu streaming favorito, a poltrona e o sofá!
Hoje é dia do escolhido Aniquilação, um filme lançado há pouco mais de um mês na Netflix, e que deixou muitas capivaras*¹ realmente confusas com o enredo e toda a temática envolvida neste grande suspense de ficção da plataforma online.
Seguindo o (des)conselho de um grande amigo, dado logo depois do lançamento, resolvi encarar o desafio após as primeiras críticas aqui no blog, de falar de um filme recomendado por ser ‘ruim’, ‘confuso’, ‘maluco’, enfim…esqueçam isso, porque achei em geral um belo trabalho e uma bela escolha da própria Netflix de comprar a obra da Paramount.
Vamos ao que interessa VOCÊS!
Bem, é importante falar de quem conduz essa trama.
Estamos falando de Alex Garland, que chegou “de mansinho” em Hollywood (roteirizou alguns filmes antes de assumir a batuta mestre), e acabou conhecido pelo seu primeiro trabalho de direção em ‘Ex-Machina’, que se tornou rapidamente um “cult” dos filmes de sci-fi, vencedor de uma estatueta Oscar em 2016, e que de certa forma se comunica com Aniquilação por inserir temas humanos e orgânicos, conduzidos por trilhos científico-tecnológicos.
Começamos a ser apresentados ao casal Lena (Natalie Portman) e Kane (Oscar Isaac), logo no princípio, e reparamos que um deles (Lena) sente profundamente a perda do outro – vale dizer de um recurso enxuto de montagem, que te situa nessa relação de ida e vinda dos dois, através do jogo de cenas ora alegres, ora depressivas – e que nenhuma situação posterior tende a curar a ferida emocional do personagem que sofre.
Mas eis que o clichê é logo quebrado: quem está morto supostamente retorna, e parece jogar a protagonista feminina numa outra trama mais complexa – a de uma dimensão paralela que se desenvolve num território ocupado sigilosamente pelo governo americano, o chamado ‘shimmering’, onde quem entra não costuma voltar, e quem volta, meu amigo e minha amiga….sai bem diferente.
A personagem então resolve investigar o que de fato acontece lá, e se vê cada vez mais inserida em uma realidade antinatural, que desvirtua as regras biológicas/genéticas, e parece aproximar não só ela como suas companheiras de viagem (sim, as aventureiras são todas mulheres, no maior estilo Caça Fantasmas nova versão), do lado mais sombrio de suas personalidades e do que de fato é produzido naquele local; mais ou menos como diz uma delas em uma cena decisiva: ou isso existe ou perdemos a sanidade.
E pode crer que você, capivara, vai questionar a própria sanidade diante do que vem pela frente, porque vemos a protagonista encarar mais profundamente os mistérios do local e os seus próprios medos, tensões, destrinchados pouco a pouco até o enigmático desfecho da história.
Da parte técnica, digo que a qualidade dos efeitos especiais criados para o filme surpreendeu em muito não pela sua abundância e ostentação, mas pela escolha e uso certeiros na trama; assim como em Ex Machina, eles estão ali para fazer com que o roteiro se encaixe visualmente para o espectador, e acredito que excessos estragariam o encanto e mistério das cores, das formas e das aberrações mostradas. Isso contribui muito para a nota final capivarística, podem acreditar.
A direção uniforme e sem sobressaltos de Garland e a atuação equilibrada de Natalie Portman contribuem para o andamento esperado do roteiro, inclusive inspirado em uma obra literária, esqueci de comentar.
O elenco coadjuvante sustenta bem junto com Portman a trama, e o ator Oscar Isaac – não sei se pela falta de oportunidade ou de capacidade – parece reagir com expressões muito fáceis e manjadas, isso é: não influencia em quase nada em momentos decisivos e pouco conduz para o resultado final.
Fotografia e direção de arte também executadas de forma impecável e – observando bem as texturas e criaturas criadas por essa equipe – vejo traços comparáveis aos do famoso jogo The Last Of Us…(por mais que nenhuma relação entre as duas obras tenha sido confirmada, espero os comentários de vocês pra isso virar uma teoria nerd besta).
Lá vai: 4,5 CAPIVARAS STARS e pronto!
Espero vocês aí embaixo nas discussões, e nos likes do Insta e Facebook!
Estaremos juntos na próxima!
*¹ – vocês, as pessoas que gostam do nosso blog, as verdadeiras capivaras desse mundo e desse Brasil. As criaturas animais chamadas de capivaras infelizmente não reagem às nossas postagens e matérias como queríamos, e isso é uma grande lástima!
Por Rodrigo do Bem
Genial! Para mim foi a melhor do gênero. Adoro os filmes de ficção cientifica, são muito emocionantes! Li que iam lançar o filme Fahrenheit 451, e o tema não me interessou, mas um dia vi um trailer e fiquei intrigada. Além, ouvi dizer que o filme é baseado em um livro, nunca tinha escutado dele, mas li uma resenha e me chamou a atenção. Também tem um ótimo elenco, como Michael Shannon e Michael B. Jordan. Acho que será um dos melhores filmes de ficção cientifica espero muito do filme, espero que seja umas das melhores adaptações para ver, não posso esperar para vê-la. Acho que é uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas.