Finalmente conferimos a tão aguardada série O Justiceiro na Netflix. Os trailers criaram uma expectativa muito grande em relação ao que viria e na minha opinião eles conseguiram mais uma vez produzir uma excelente serie.
Frank Castle está muito bem representado pelo ator Jon Bernthal, já presente em Demolidor, apresentando perfeitamente a personalidade sombria e perturbada do Justiceiro em conjunto com a garra e determinação inerente ao ex-Marine.
A origem é recontada, não da forma cronológica tradicional, mas com a devida intensidade para pontuar aqueles que não acompanham as HQs e que não tenham visto a boa adaptação no filme O Justiceiro de 2004. Não dá para chamar de spoiler o fato da sua família ter sido assassinada na sua frente e que ele busca vingança matando todos os responsáveis.
A dinâmica dos episódios é bem interessante e temos realmente uma máquina de matar como O Justiceiro tem que ser, com cenas bem exageradas nas cenas de violência, muito sangue, ferimentos expostos e muita porrada.
A retratação do estado psicológico completamente perturbado de alguém que perdeu toda sua família é muito bem desenvolvido, sendo movido essencialmente por tristeza e raiva. Não há prazer no que ele faz, há um senso de cumprimento de dever.
Com várias referências aos quadrinhos e até a série O Demolidor, a série se desenvolve em uma crescente atingido seu ápice nos três episódios finais, não só com violência, mas com bastante inteligência na arquitetura de algo bem interessante para a conclusão desta primeira temporada.
Os personagens que acompanham a trajetória de Castle complementam muito bem a história com tramas interessantes que são sempre ligadas ao personagem título.
Acredito que uma segunda temporada pode se desenvolver melhor, ficando mais livre da exclusiva motivação de vingança de sua família. Esperamos que seja mantida a pegada do personagem com a violência recorrente dos quadrinhos aliada a inteligência e perseverança.
Por Fábio Araújo