Salve salve queridas capivaras!
A capivara deu cria e já que o Popbola completou dois anos na Rádio Globo hoje recebemos a visita ilustre de um deles, o Vascaíno da mesa, sim ele mesmo Alex Calheiros. Quebrando a quarta parede, ele assistiu o filme “It, a coisa” e nos conta a sua experiência cinematográfica.
“O cinemão americano não faz a minha cabeça. Nunca fez, embora, claro, tenhamos bons títulos. Fujo sempre do circuito Shopping Center, casa habitual para este mercado. Mas caí na tentação de sair um pouco da minha rotina “purista” e fui assistir: “IT, A COISA”. Confesso que fui seduzido por um convite especial e segui entusiasmado pela boa experiência proporcionada anteriormente por Bingo. No entanto, ao fim do thriller estadunidense, eu sai com cara de bobo e me senti o próprio palhaço. Absolutamente não há nenhuma relação com a obra de Daniel Rezende. “IRK” (Ops!) “IT”, dirigido por Andrés Muschietti, que escreveu o roteiro junto com Gary Dauberman, Chase Palmer, Cary Fukunag, e David Kajganich, é ruim que dói.
O terrorzinho bocó do longa metragem é uma readaptação do livro homônimo escrito por Stephen King e traz um punhado de recortes dos anos 80. É possível, sem muito esforço, lembrar do clássico “Os Goonies” e da “A Hora do Pesadelo” de Freddy Krueger, o imitador de Jason Voorhees de Sexta-feira 13. Isto para começar. “IT” abusa dos clichês: tem monstrinho em porão, corredores escuros, piadinhas seguidas de sustinhos, crianças destemidas e enquadramentos contra-plongée. Recurso mais do que batido para apavorar. Pior. Não consegue!
A trama segue na conta da relação dos personagens com os seus próprios medos. Destaque para Pennywise (Não é a banda – antes fosse), acreditem, ele traz a alcunha de “o palhaço dançarino”. Pennywise é uma mistura de Bozo cabeção com Alien. E é ele quem desencadeia, munido de um balão vermelho de gás, uma série de sumiços infantis aleatórios. Aff…
De razoável, “IT” apresenta sutilmente a triste realidade da violência infantil com doses de protecionismo e abuso. Tem ainda o universo escolar maniqueísta com os donos do pedaço e os nerds (clichezão) fracos oprimidos, além da escolha pontual de representantes de quase todos os segmentos sociais (faltou o oriental e o índio para fechar politicamente correto). Toma-lhe clichê! O filme termina com… Ok. Não contarei! Nem é preciso. O desfecho é tão previsível como todo o restante. Perdi tempo e dinheiro! Vá lá… Desconte-se um pouquinho da minha cisma com o gênero e a implicância com cinemão americano. Ainda assim… Não indico nem para o meu pior inimigo! Nem tenho…”
por Alex Calheiros
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